- Introdução
Dentre as arritmias supraventriculares sustentadas, a fibrilação atrial (FAfibrilação atrial) é a mais frequente, sendo a mais comum no Departamento de Emergência e a principal causa de internação por causas arrítmicas. Sua prevalência está diretamente relacionada ao envelhecimento da população e às doenças cardiovasculares.
A FAfibrilação atrial é fator de risco independente para aumento da mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca (ICinsuficiência cardíaca) e está associada a um aumento de 5 vezes do risco de acidente vascular encefálico (AVEacidente vascular encefálico). É responsável por aproximadamente 30% das internações por causas arrítmicas, causando grande impacto econômico nos gastos relacionados à saúde pública ou privada.
Apesar de ser facilmente identificada em eletrocardiograma (ECGeletrocardiograma) de 12 derivações pela ausência de onda P, tremor da linha de base e irregularidade do QRS, o tratamento da FAfibrilação atrial continua sendo um desafio na prática clínica, e o médico deve estar atento aos sintomas do paciente, tratamento das doenças concomitantes como hipertensão arterial sistêmica (HAShipertensão arterial sistêmica) e diabetes mellitus e, principalmente, a prevenção de eventos tromboembólicos.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- conhecer as principais etiologias da FAfibrilação atrial;
- classificar corretamente a FAfibrilação atrial;
- identificar os principais riscos e complicações da FAfibrilação atrial;
- identificar quais pacientes devem ser submetidos à anticoagulação oral;
- identificar características clínicas do paciente que auxiliam na estratégia de controle de ritmo ou de frequência cardíaca (FCfrequência cardíaca);
- identificar o momento ideal, método, riscos e complicações da cardioversão.
- Esquema conceitual