■ Introdução
O termo “estresse” está envolto em uma série de questões complexas, desde a sua definição, tendo sido empregado historicamente na física e depois transposto para as ciências médicas e biológicas. Algumas controvérsias incluem o estresse sendo interpretado como causa ou consequência de uma agressão, bem como o efeito benéfico ou prejudicial das respostas adaptativas de estresse, justificando, assim, a relevância para inúmeros estudos atualmente realizados nessa área.
Diferentes estímulos estressores desafiam a homeostase, desencadeando respostas neuroendócrinas que variam em intensidade e tipo de processo alostático, com o objetivo de manter o equilíbrio e a proteção do organismo. Estudos experimentais têm demonstrado as alterações estruturais celulares e moleculares que acompanham as respostas funcionais das glândulas endócrinas, desencadeadas por estímulos estressores variados.
■ Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor possa:
- ■ reconhecer os conceitos de estresse, homeostase e alostase e suas implicações clínicas;
- ■ identificar a fisiopatologia endócrina e seus efeitos adaptativos, bem como as respostas inadequadas ao estímulo causador do estresse e os modelos experimentas utilizados em pesquisa;
- ■ reconhecer as diferentes respostas hipotalâmicas e hipofisárias relacionadas ao estresse agudo e crônico;
- ■ identificar noções de fisiologia do sistema neuroimunoendócrino aplicadas à prática clínica.
■ Esquema conceitual