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SÍNDROME DO CLIMATÉRIO: TRATAMENTO HORMONAL E NÃO HORMONAL

Autores: Dolores Perovano Pardini, Ana Maria Soares Menezes
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Introdução

A terapia de reposição hormonal na menopausa (THMterapia de reposição hormonal na menopausa) tem sido objeto de muita discussão e especulação desde a década de 1960, período no qual se prescrevia estrogenoterapia isolada para todas as mulheres após a menopausa, dando origem a complicações, principalmente em nível endometrial.1 Em 1980, após o efeito protetor das progestinas (compostos que interagem com os receptores da progesterona nos tecidos alvo com efeito similar à progesterona) no endométrio ser estabelecido, a THMterapia de reposição hormonal na menopausa obteve outra ascensão.

Na década de 1990, a THMterapia de reposição hormonal na menopausa atingia seu apogeu, quando os estudos em animais e os estudos observacionais sugeriam que a estrogenoterapia pós-menopausa podia prevenir a doença coronariana e a demência, além de evitar a perda de massa óssea.

Antes de 2002, não se questionavam os benefícios da THMterapia de reposição hormonal na menopausa quanto à melhora dos sintomas da menopausa, associada a uma redução do risco cardiovascular, da osteoporose e do câncer de cólon. Os riscos de câncer de mama e de tromboembolismo eram compensados pelas vantagens observadas principalmente em estudos observacionais.

Por volta do século XXI, aproximadamente 15 milhões de mulheres americanas faziam uso de reposição hormonal na menopausa, o que diminuiu substancialmente após 2002.1 Dados oriundos do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES, 2009-2010) sugerem o uso de THMterapia de reposição hormonal na menopausa de 4,7% em mulheres acima de 40 anos e de 6,7% em mulheres entre 50 e 59 anos de idade, comparado com 38,3% de usuárias entre 1999 e 2000.2

A publicação do estudo Heart and Estrogen/progestin Replacement Study (HERSHeart and Estrogen/progestin Replacement Study),3 em 1998, seguida pelos resultados do Women’s Health Initiative (WHI),4 em 2002, e, posteriormente, em 2004,5 marcou outra fase da THMterapia de reposição hormonal na menopausa, na qual se estabeleceram alguns critérios para tratamento da menopausa, tais como idade da paciente, tempo de menopausa, sintomas, doses, vias de administração, comorbidades, etc. Surgia o conceito individualização. Essas publicações geraram 10 anos de controvérsia na análise detalhada de seus resultados.6

Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor poderá:

 

  • conhecer as atuais controvérsias relativas à THMterapia de reposição hormonal na menopausa;
  • compreender as indicações e os objetivos atualmente estabelecidos na THMterapia de reposição hormonal na menopausa;
  • entender as variáveis envolvidas na prescrição de THMterapia de reposição hormonal na menopausa;
  • conhecer as diferentes formas de THMterapia de reposição hormonal na menopausa e suas implicações.

Esquema conceitual

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