■ Introdução
A NDneuropatia diabética representa a complicação crônica mais prevalente, afetando 30 a 50% dos pacientes com DMdiabetes melito.1-4 O acometimento do sistema nervoso periférico pode ser focal ou difuso, sensitivo e/ou motor e também autonômico.1 O sistema nervoso central também pode estar envolvido;5 assim, a NDneuropatia diabética pode ter diversas apresentações clínicas.
A polineuropatia diabética está associada à importante comprometimento da qualidade de vida do paciente, seja pelo quadro de dor crônica, pelo prejuízo na qualidade do sono ou pelos riscos de amputação de extremidades.7 Em torno de 15% dos pacientes com NDneuropatia diabética desenvolvem úlceras nos pés, configurando a principal causa de amputação não traumática de membros inferiores.2,8
A neuropatia autonômica (NAneuropatia autonômica) cardiovascular está associada ao aumento de 2 a 5 vezes na taxa de mortalidade, e quadros iniciais podem ter manifestações clínicas sutis.9,10
O controle glicêmico intensivo e a prevenção do DMdiabetes melito são as principais maneiras de evitar a NDneuropatia diabética.1,2,4,6,10 A NDneuropatia diabética identificada deve ser manejada, objetivando-se o alívio/resolução do quadro álgico, melhora da qualidade de vida do paciente e prevenção de complicações graves.7
■ Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor esteja apto a:
- ■ revisar aspectos da patogênese da neuropatia diabética;
- ■ comparar benefícios, indicações e limitações dos métodos diagnósticos e técnicas de avaliação clínica da neuropatia diabética e da neuropatia autonômica;
- ■ revisar os principais diagnósticos diferenciais de neuropatia diabética;
- ■ selecionar dentre as opções medicamentosas utilizadas no manejo da neuropatia diabética;
- ■ estabelecer o plano de seguimento e tratamento da neuropatia diabética.
■ Esquema conceitual