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FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL EM AMBIENTE HOSPITALAR

Maíra Jaquelinny Maturana

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  • Introdução

As doenças neurológicas apresentam grande relevância epidemiológica. Um exemplo dessas condições é o acidente vascular cerebral (AVCacidente vascular cerebral), que, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), continuará sendo a segunda principal causa de morte até 2030. Os pacientes que sobrevivem à fase aguda do AVCacidente vascular cerebral podem apresentar sequelas permanentes, como déficits de motricidade, de cognição e emocionais, que resultam em algum grau de dependência, restringindo o retorno às atividades laborais e ao convívio social.1

O diagnóstico primário e o início precoce do tratamento influenciam o prognóstico clínico e funcional da população vítima de doenças neurológicas. Muitas condições apresentam características peculiares, são raras, e seu diagnóstico requer a realização de exames de imagem, de sangue, entre outros, o que aumenta o tempo de investigação e, consequentemente, retarda o início do tratamento.2

A fisioterapia neurofuncional é a área de especialidade da fisioterapia que atua de forma preventiva, curativa, adaptativa ou paliativa nas sequelas resultantes de danos ao sistema nervoso central (SNCsistema nervoso central) e periférico (SNPsistema nervoso periférico). O fisioterapeuta tem a responsabilidade de avaliar o paciente, fornecer o diagnóstico cinético-funcional, prescrever e aplicar o tratamento no ambiente hospitalar, clínico e domiciliar.3

Este capítulo apresenta uma revisão da literatura sobre a fisioterapia neurofuncional em ambiente hospitalar, com embasamento na dinâmica cerebral e nos efeitos das lesões no SNCsistema nervoso central. Serão abordados resultados e descrições de artigos sobre condutas fisioterapêuticas realizadas desde a fase aguda até a alta hospitalar, seja na reabilitação motora seja na reabilitação respiratória.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • discutir as bases fisiológicas da dinâmica cerebral;
  • reconhecer os valores de segurança para a monitoração multimodal da dinâmica cerebral;
  • descrever os efeitos dos gases na circulação cerebral;
  • identificar disfunções respiratórias decorrentes da lesão cerebral;
  • reconhecer a importância da mobilização para a reabilitação do paciente neurológico, bem como do uso de terapias adjuvantes no ambiente hospitalar;
  • discutir técnicas de fisioterapia respiratória para higiene brônquica e reexpansão pulmonar.
  • Esquema conceitual
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