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FITOTERAPIA E TRANSTORNO DE ANSIEDADE

Sula de Camargo

epub-BR-PRONUTRI-C12V2_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • relacionar os principais transtornos de ansiedade (TAs) e seus sintomas;
  • identificar o tratamento medicamentoso mais indicado para casos de TAs;
  • descrever os mecanismos patogênicos na ansiedade;
  • identificar as plantas medicinais que podem ser úteis como auxiliares no tratamento do distúrbio de ansiedade;
  • identificar as partes indicadas das plantas medicinais e os mecanismos de ação propostos para essa finalidade terapêutica;
  • destacar os possíveis efeitos adversos, os aspectos de segurança, as contraindicações, as interações e as doses propostas para cada planta medicinal.

Esquema conceitual

Introdução

Os TAs são frequentes, apresentam prevalência entre 2,5 e 7% da população mundial e estão associados a transtornos, morbidade relativamente alta e a custos individuais, sociais e ocupacionais elevados.1 Os transtornos têm natureza crônica, e alguns pacientes podem sofrer por período prolongado, até mesmo durante décadas. A terapia medicamentosa atual apresenta limitações na eficácia e pode desencadear efeitos adversos significativos que prejudicam a adesão ao tratamento.1–3

São fatores que envolvidos na patogênese dos TAs:1

 

  • alterações no sistema neuro-humoral;
  • produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e de nitrogênio (ERNs);
  • alterações nos neurotransmissores.

Os pacientes com TAs podem cursar com distúrbios do sono, e a insônia é o mais preocupante e comum nessa população.4

Diversas plantas medicinais podem ser úteis como auxiliares no tratamento dos TAs, com ênfase para o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), visto que as pesquisas em fitoterapia se dedicam principalmente a essa condição. Algumas dessas plantas não apresentam estudos clínicos publicados ou estudos suficientes para embasar sua indicação, mas têm vasta documentação técnico-científica para sustentar evidências do uso tradicional reconhecido.5–7

Neste capítulo, serão abordados a nomenclatura botânica, a parte da planta e os mecanismos de ação propostos para essa finalidade terapêutica. Também serão apresentados os efeitos adversos/aspectos de segurança, as contraindicações, as possíveis interações, quando existentes, e as doses recomendadas ou adotadas nos estudos para ancorar a construção/ampliação dos conhecimentos e a prescrição, quando pertinente.