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GEMELARIDADE: MANEJO NA INTERRUPÇÃO DAS GESTAÇÕES

Lígia Marques da Rocha de Azevedo

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Objetivos

Após o final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar o melhor momento para interrupção das gestações gemelares;
  • definir a via de parto mais adequada nas gestações gemelares;
  • determinar o melhor manejo nas gestações gemelares de alto risco.

Esquema conceitual

Introdução

Um dos momentos cruciais e de maior dúvida no acompanhamento das gestações gemelares é saber até quando é possível mantê-las com segurança. Partindo do ponto de que todas as gestações gemelares são consideradas de alto risco e que esse risco é diferente dependendo da corionicidade e da amnionicidade, é importante compreender que o melhor momento dessa interrupção e qual a via de parto mais apropriada irão variar conforme esses quesitos.

A gestação de gêmeos representa um cenário complexo e desafiador na medicina fetal, especialmente quando se trata de gêmeos monocoriônicos. Essa configuração, em que os gêmeos compartilham a mesma placenta, aumenta significativamente o risco de complicações, tanto para os fetos quanto para a mãe. Entre essas complicações, destacam-se a Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF), a sequência Anemia-Policitemia (TAPS), a Restrição de Crescimento Intrauterino Seletiva (RCIUS) e a questão do entrelaçamento dos cordões umbilicais.

Esses problemas requerem uma abordagem cuidadosa e frequentemente complexa, envolvendo monitoramento rigoroso e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas intrauterinas. O conhecimento detalhado dessas complicações é fundamental para o manejo adequado das gestações, visando minimizar os riscos e promover o melhor desfecho possível para ambos os fetos.