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GESTÃO DE ENFERMAGEM E ORGANIZAÇÕES DE ALTA CONFIABILIDADE NA PROMOÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA

Autores: Joselany Áfio Caetano , Leonardo Alexandrino da Silva, Eucléa Gomes Vale
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  • Introdução

No processo da gestão do cuidado de enfermagem, são utilizadas intervenções de melhoria de qualidade. Entretanto, diante da complexidade do sistema de saúde, dos determinantes sociais, do aumento da expectativa de vida e da diversidade dos processos organizacionais, observam-se demandas ascendentes que elevam o potencial para a ocorrência de riscos e danos. Esses podem, inclusive, ocasionar eventos adversos (EAevento adversos) relacionados à assistência e, consequentemente, comprometimento da qualidade dos serviços e na garantia de segurança do paciente.

A segurança do paciente está entendida como “a prevenção de erros associados com serviços de saúde e a mitigação de seus efeitos. Ela está associada com ambos os processos implementados para reduzir danos e o estado das ações que decorrem das intervenções realizadas para assegurar segurança do paciente frente aos danos”.1

As intervenções utilizadas para a melhoria da qualidade e, consequentemente, para a segurança do paciente nos serviços de saúde têm como objetivos inserir mudanças no comportamento dos profissionais no processo de prestação de cuidados e na organização dos serviços.2

As estratégias dirigidas para a melhoria da qualidade do cuidado e, consequentemente, para a segurança do paciente estão sendo implantadas nas organizações de saúde, com vista para uma cultura de segurança. Assim, para sistematizar este artigo se discutirá:

 

  • a perspectiva histórica da segurança do paciente e a ocorrência de EAevento adverso;
  • a definição de organização de alta confiabilidade (em inglês, high reliable organization [HROorganização de alta confiabilidade]) e as suas principais características;
  • a liderança e sua interface com a segurança do paciente;
  • a cultura de segurança e as estratégias a serem adotadas pelo serviço de saúde para a promoção e sustentação da cultura de segurança;
  • os aspectos éticos e legais para a segurança do paciente.

Assim, para a abordagem de tais temáticas, inicia-se com o convite de Leape e colaboradores, citado por Vincent:3

Junte-se a nós para transformar a cultura da culpa e da acusação, que esconde informação sobre o risco e o erro, em uma cultura da segurança, que divulgue plenamente a informação e nos capacite a evitar ou rapidamente nos recuperar das falhas cometidas antes que elas se transformem em lesão ao paciente.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • apresentar a perspectiva histórica da segurança do paciente;
  • revisar alguns conceitos e intervenções relacionados à assistência de enfermagem segura;
  • discutir o conceito de organização de alta confiabilidade, as suas principais características e o valor que elas atribuem às questões de segurança do paciente;
  • identificar o papel da liderança no contexto da segurança do paciente e da gestão em enfermagem;
  • definir a cultura de segurança, as formas de avaliação e a sua inserção em organizações de alta confiabilidade;
  • discutir os aspectos legais que envolvem a segurança do paciente.

 

  • Esquema conceitual
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