Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- analisar sistematicamente os fatores de risco de sangramento relacionados aos procedimentos propostos;
- reconhecer as principais medidas potencialmente aplicáveis para prevenção dos fatores de risco de sangramentos pré e pós-operatórios;
- identificar medidas efetivas para o controle dos sangramentos pré e pós-operatórios;
- adotar julgamento crítico para executar a melhor estratégia em cada caso.
Esquema conceitual
Introdução
A cirurgia endoscópica dos seios paranasais (em inglês, endoscopic sinus surgery [ESS]) e a cirurgia endoscópica da base do crânio (em inglês, endoscopic endonasal approaches [EEA]) são consideradas cirurgias com risco moderado de sangramento.
Sangramentos são comumente encontrados durante a realização da ESS ou EEA quando a mucosa é cortada, o osso é desnudado ou tumores vasculares são incisados. Tais sangramentos podem ser importantes e graves, o que é justificado pela rica vascularização da cavidade nasal, dos seios paranasais e da base do crânio por ramos das artérias carótidas interna e externa.
A hemostasia adequada da circulação microvascular e macrovascular é necessária para que os objetivos cirúrgicos sejam plenamente alcançados e complicações sérias sejam evitadas.
O campo cirúrgico repleto de sangue pode aumentar o risco de lesões inadvertidas da base do crânio, das órbitas ou de grandes vasos, além de ampliar o tempo cirúrgico. Quando realizada de forma eficaz, a hemostasia também tem o potencial de prevenir náuseas e vômitos, risco de broncoaspiração, necessidade de transfusões sanguíneas e do uso de tamponamentos nasais e a formação de hematomas septais.
Medidas preventivas adotadas no pré-operatório podem reduzir de forma significativa o risco de sangramento durante ou após o procedimento. No entanto, a despeito de todo o cuidado adotado, o sangramento pode acontecer, e o cirurgião deve estar sempre preparado para tratá-lo de forma efetiva.