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HIPERPARATIREOIDISMO

Autores: Rodrigo Avila de Melo, Grazíelle Christine Pimenta Faria
epub-BR-PROGER-C7V1_Artigo4

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • realizar o diagnóstico de hiperparatireoidismo;
  • classificar as formas de hiperparatireoidismo;
  • descrever as principais etiologias de hiperparatireoidismo dentro de suas respectivas classificações;
  • identificar os pacientes elegíveis para cirurgia e para seguimento clínico;
  • promover o seguimento clínico adequado para minimizar as complicações da doença.

Esquema conceitual

Introdução

O hiperparatireoidismo, que pode ser classificado em primário, secundário ou terciário, é uma doença caracterizada pela secreção excessiva de paratormônio (PTH) pelas glândulas paratireoides (em geral, em número de quatro), situadas posteriormente à glândula tireoide.1

Nos últimos 70 anos, o hiperparatireoidismo era uma doença sintomática com acometimento ósseo, nefrolitíase e acentuada hipercalcemia.2 Hoje em dia, com a dosagem rotineira de cálcio sanguíneo em pacientes ambulatoriais e/ou hospitalizados, a sintomatologia ficou mais leve, e os achados radiológicos clássicos ficaram pouco evidentes.3

O principal efeito do PTH é aumentar a concentração de cálcio sanguíneo por meio da reabsorção de cálcio e fósforo da matriz óssea (pela ativação dos osteoclastos), do aumento da absorção de cálcio4 pelos rins e do aumento da produção renal de 1,25-di-hidroxivitamina D3 (calcitriol) com consequente aumento da absorção intestinal de cálcio. O excesso de PTH também aumenta a excreção de fósforo pelos rins, com consequente redução do fósforo sanguíneo.4

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