Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os principais processos fisiopatológicos relacionados às causas mais comuns de insuficiência adrenal (IA);
- realizar a abordagem, de maneira compreensiva, de pacientes idosos diagnosticados com IA;
- indicar os principais exames subsidiários, de acordo com as possíveis causas aventadas na avaliação inicial;
- orientar o tratamento mais adequado para a IA no idoso.
Esquema conceitual
Introdução
A insuficiência adrenal (IA) é uma condição clínica causada por uma falha na síntese de cortisol e na secreção do córtex adrenal. Essa falha pode resultar de perda da função das glândulas adrenais, que é mais frequentemente causada por adrenalite autoimune (doença de Addison).1
A IA é uma doença com risco à vida que pode resultar de insuficiência adrenal primária (IAP) ou secundária (IAS), esta devida ao comprometimento do eixo hipotálamo-hipofisário.2 Thomas Addison descreveu pela primeira vez o fenótipo clínico da IAP em 1855.3 Em 1936, Leonard Simpson usou o acetato de desoxicorticosterona sintética no tratamento, com sucesso.4
O geriatra deve ter um alto índice de suspeita porque a apresentação precoce de IA no idoso pode ser vaga e indefinida. A relevância da identificação precoce dessa condição é prevenir o potencial resultado letal secundário a doenças cardiovasculares graves e insuficiência hemodinâmica.5