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HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL E SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL

Autores: Katerin Martins Demozzi, Samara Damin, Sylvio Gilberto Ávila, Gilberto Pascolat
epub-BR-PROEMPED-C6V2_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os conceitos de hipertensão intra-abdominal (HIA) e síndrome compartimental abdominal (SCA);
  • identificar os fatores de risco e os aspectos fisiopatológicos para ocorrência de HIA;
  • listar os principais métodos diagnósticos para identificação de HIA;
  • discutir o manejo adequado de situações de HIA e SCA;
  • reconhecer as peculiaridades neonatais em situações de HIA.

Esquema conceitual

Introdução

A HIA e sua complicação, a SCA, são cada vez mais estudadas na população adulta, mas ainda tímidas aos olhos de muitos pediatras.1

Em 2004, médicos e cirurgiões de diversos países se uniram para formar a World Society of the Abdominal Compartment Syndrome (WSACS), a fim de traçar estratégias para promover estudo e pesquisa e aprimorar o atendimento a pacientes com essas condições, visando a aumentar a sobrevida.1

O esforço em disseminar conhecimento sobre o assunto gerou redução de mortalidade entre os adultos de 80 para 37%.2 Na população pediátrica, a mortalidade causada por SCA está entre 40 e 60%, o que, de acordo com vários estudos, está relacionado ao subdiagnóstico da doença.3

Kaussen e colaboradores apontam falta de familiarização com o tema, verificada por meio de questionário enviado a 265 departamentos de terapia intensiva pediátrica. Metade daqueles que responderam ao questionário descrevia apenas critérios clínicos para definição de SCA, e 20% dos intensivistas pediátricos faziam aferição da pressão intra-abdominal (PIA) com alguma regularidade.4

Ejike e colaboradores,5 em estudo precursor ao de Kaussen e colaboradores,4 apontaram que os profissionais de saúde têm menor conscientização do quadro de SCA em crianças quando se compara à situação em adultos, à exceção dos intensivistas pediátricos, que se igualaram.

Dos profissionais que conheciam a doença, menos de um quarto já havia aferido a PIA em algum paciente, e quase 22% dos entrevistados diziam monitorá-la por meio do exame físico — a sensibilidade ao exame físico é de aproximadamente 40%. Tais dados tornam ainda mais importantes a discussão e o incentivo ao estudo do tema.

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