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IMPACTO NUTRICIONAL NA EVOLUÇÃO INTRA-HOSPITALAR DO PACIENTE COM COVID-19

Autores: Andreza Oliveira Almeida, Alcimary Bispo Santos, Luiz Ricardo Gois Fontes, Sara Lima
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • descrever o impacto da COVID-19 no estado nutricional do paciente;
  • explicar o impacto de uma boa alimentação na evolução da COVID-19;
  • analisar a correlação entre obesidade e prognóstico do paciente hospitalizado com COVID-19;
  • reconhecer a importância do tratamento multi e interdisciplinar do paciente com COVID-19, incluindo o acompanhamento pela equipe de nutrição.

Esquema conceitual

Introdução

Os pacientes com estado clínico grave e/ou com COVID-19 necessitam de acompanhamento constante, uma vez que apresentam condições pró-inflamatórias e estresse respiratório em razão da COVID-19. Essas condições estão diretamente relacionadas com a sua situação nutricional, que afeta seu sistema imune.1–6

Há uma prevalência de pacientes acometidos pela COVID-19 com riscos nutricionais e que precisam de internação. Isso é o resultado de uma falta de mobilidade, que leva a alterações catabólicas, como alterações musculoesqueléticas, aumento da necessidade de nutrientes relacionados a um alto estado catabólico e redução da ingestão de alimentos, o que, por sua vez, leva a uma redução na ingestão diária de calorias essenciais.1–6

Diversas doenças crônicas (como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares) e outras características individuais (como idade avançada) geralmente estão associadas a maior risco e prevalência de desnutrição e mau prognóstico clínico.1–6

Na presença de SARS-CoV-2, o desenvolvimento de inflamação e sepse também pode levar a um aumento dessas alterações. As evidências científicas existentes sobre terapia nutricional para pacientes com SARS-CoV-2 e evidências anteriores sobre risco nutricional na presença de doenças virais sugerem que o estado nutricional do paciente deve ser avaliado no momento da admissão hospitalar, e que os pacientes que estão em risco nutricional necessitam de acompanhamento dentro de um prazo determinado e de auxílio por meio de suplementos nutricionais, visando diminuir as complicações e melhorar o prognóstico do paciente.1–6

Para o acompanhamento nutricional são apresentados alguns pontos:1–6

 

  • identificar o estado do paciente;
  • indicar as carências nutricionais;
  • analisar os sintomas que o paciente apresenta durante o acompanhamento e no momento da avaliação nutricional, sendo que os principais sintomas são
    • febre;
    • tosse;
    • falta de ar;
    • dor muscular;
    • confusão;
    • dor de cabeça;
    • dor de garganta;
    • rinorreia;
    • dor no peito;
    • diarreia;
    • disgeusia;
    • anosmia;
    • náusea;
    • vômito;
  • estabelecer uma programação nutricional adaptada ao quadro clínico do paciente;
  • proceder ao auxílio dietético;
  • analisar a programação nutricional sempre que possível.
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