Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar o papel da RTradioterapia de precisão no tratamento com irradiação externa;
- identificar os principais cenários para uso da RTradioterapia;
- avaliar quando a cirurgia não é possível em caso de tumor;
- utilizar as técnicas de RTradioterapia na cirurgia no contexto neoadjuvante, adjuvante ou intraoperatório.
Esquema conceitual
Introdução
Desde os primódios da radioterapia (RTradioterapia), os cálculos de dose e o direcionamento dos campos de radiação eram empíricos e essencialmente baseados na anatomia da região em que estava o tumor, tendo a reação cutânea como referência da tolerância. O raio X de baixa voltagem e os isótopos radioativos eram colocados em contato com tumor. Essa era a época da RTradioterapia de uma dimensão.
Com o advento do raio X e das chamadas curvas de isodose, a apreciação bidimensional da posição dos tumores era estimada, iniciando, assim, a RTradioterapia de duas dimensões (2D). Em 1972, graças à invenção da tomografia computadorizada (TC) por Godfrey Hounsfield e Allan Cormack (prêmio Nobel de 1979), a RTradioterapia entrou na era tridimensional (3D).
Além de a TC, a ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada por emissão de pósitron (PET-CTtomografia computadorizada por emissão de pósitron) terem permitido maior definição dos alvos a serem irradiados e consequentemente trazerem proteção aos tecidos circunvizinhos, foi graças à TC que a grande maioria dos sistemas de planejamento foi inventada e usada até hoje.
Este capítulo irá abordar os papéis da RTradioterapia de precisão, nos cenários dos quais o cirurgião faz parte ativa ou eventualmente quando a cirurgia não é possível. Os estudos são divididos por sítio anatômico e as discussões são baseadas e separadas por área.