Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- enumerar as classificações manométrica e radiológica da acalásia, bem como os escores de avaliação nesses casos;
- discutir as diferentes formas de tratamento da acalásia, bem como sua seleção, baseadas nas classificações radiológicas e manométricas disponíveis;
- discutir o tratamento cirúrgico da acalásia em suas diferentes formas de apresentação;
- comparar os tratamentos endoscópico e cirúrgico para acalásia.
Esquema conceitual
Introdução
A acalásia é a doença motora do esôfago mais comum e consiste em ausência de peristalse esofagiana e déficit de relaxamento do esfíncter esofágico inferior (EEIesfíncter esofágico inferior).
A acalásia pode ser do tipo idiopática, quando não se identifica um agente causador, ou chagásica, quando causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Em geral, manifesta-se por disfagia, regurgitação, pirose, emagrecimento, dor retroesternal.
O tempo médio de diagnóstico da acalásia é em torno de dois anos, e a esofagomanometria é o método de escolha para um diagnóstico de certeza. A esofagomanometria, além de diagnóstica, é importante na subclassificação do tipo de acalásia, o que pode implicar na escolha da terapêutica.
Outros métodos importantes para o diagnóstico de acalásia são a esofagografia, que, além de imagem típica, pode classificar o estágio de doença, e a endoscopia digestiva alta (EDAendoscopia digestiva alta), fundamental para o diagnóstico de neoplasia sincrônica ou candidíase esofagiana. Todas essas informações podem implicar em mudança terapêutica e por isso devem ser exploradas no pré-operatório.