Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as principais indicações de shunts neurocirúrgicos;
- descrever os principais tipos de shunts neurocirúrgicos;
- identificar os principais indicadores clínicos relacionados ao mau funcionamento dos shunts neurocirúrgicos;
- discutir o manejo clínico do mau funcionamento dos shunts neurocirúrgicos.
Esquema conceitual
Introdução
Os shunts neurocirúrgicos são dispositivos inseridos principalmente para controlar a hidrocefalia. Geralmente, são derivados do ventrículo lateral para a cavidade peritoneal.1–3
As crianças com derivações ventriculares têm risco alto de complicações e mau funcionamento dos shunts. Aproximadamente 40% das derivações padrão apresentam mau funcionamento no primeiro ano após a colocação e 5% por ano revelam mau funcionamento nos anos subsequentes.2,3 É um desafio na emergência pediátrica identificar se a alteração é proveniente da derivação ventricular ou de outra condição clínica.
Caso o mau funcionamento do shunt neurocirúrgico não seja identificado e tratado prontamente, a criança pode progredir com piora clínica, em razão do aumento da hipertensão intracraniana (HIC), piora do desenvolvimento neurológico e, inclusive, evoluir com herniação cerebral e lesão cerebral irreversível.