Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer os sinais e sintomas clássicos da pneumonite de hipersensibilidade (PH);
- identificar o diagnóstico diferencial da PH com quadros respiratórios agudos alérgicos ou infecciosos;
- encaminhar corretamente o paciente diante da suspeita de PH para a confirmação diagnóstica;
- discutir o tratamento da PH.
Esquema conceitual
Introdução
A PH, ou alveolite alérgica extrínseca, atinge indivíduos em todas as idades, particularmente entre 50 e 60 anos de vida, e é um diagnóstico relativamente raro na criança. Apesar disso, nesse grupo, corresponde a 50% entre as doenças intersticiais pulmonares.1
De acordo com o relato de Danish, a prevalência de PH é de aproximadamente 4 casos a cada 1 milhão de crianças, e a incidência é de cerca de 2 casos ao ano. O diagnóstico na faixa etária pediátrica ocorre, em geral, em torno dos 10 anos de idade, e 25% das situações têm história familiar da doença.2,3
A PH é uma doença de curso clínico variado, que envolve hipersensibilidade à imunoglobulina E (IgE) independente a vários fatores ambientais que levam à inflamação linfocítica e granulomatosa de vias aéreas periféricas, alvéolos e tecido intersticial.4
Os agentes causadores da reação de hipersensibilidade são vários e divididos em seis grupos, que consistem em4
- bactérias;
- fungos;
- proteínas derivadas de animais;
- proteínas derivadas de plantas;
- metais;
- materiais químicos de baixo peso molecular.