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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AVANÇADA — COMO MANEJAR E CONDUZIR

Autores: Eduardo Leal Adam, Fernanda Scussel
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • classificar os pacientes com insuficiência cardíaca;
  • avaliar o prognóstico de pacientes com insuficiência cardíaca no consultório e em ambiente ambulatorial;
  • descrever as terapias farmacológicas e não farmacológicas da jornada de tratamento da insuficiência cardíaca;
  • reconhecer candidatos às terapias avançadas, como transplante cardíaco e dispositivos de assistência circulatória mecânica.

Esquema conceitual

Introdução

O aumento da prevalência da insuficiência cardíaca (IC) e o envelhecimento da população são fenômenos que ocorrem em paralelo. Com os recentes avanços nas terapias disponíveis para as doenças cardiológicas, é esperado que os pacientes vivam mais e que haja um maior número de pacientes com cardiopatias em estágio avançado.

Estimativas de prevalência de IC avançada seguem sendo um desafio, especialmente pela ausência de critérios bem-definidos para a sua definição. Dados do estudo ADHERE estimam que aproximadamente 5% dos pacientes hospitalizados por IC sejam de estágios avançados.1

Apesar de serem minoria, esses pacientes têm elevado risco de mortalidade. Um estudo que avaliou desfechos dos pacientes ambulatoriais de IC avançada mostrou que apenas 47% dos pacientes estão vivos após 1 ano de seguimento. Além disso, a mortalidade foi consideravelmente maior do que seria prevista utilizando-se escores prognósticos tradicionalmente utilizados na IC.2

Dessa forma, reconhecer um paciente em fase mais avançada da IC é crucial para que os tratamentos adequados possam ser oferecidos no momento ideal, com maior chance de sucesso.

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