- Introdução
A insuficiência cardíaca (ICinsuficiência cardíaca) é considerada a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração. Por essa razão, consiste em um dos mais importantes desafios clínicos na área da saúde.
A ICinsuficiência cardíaca caracteriza-se por uma ativação neuro-hormonal sustentada que promove um benefício compensatório inicial, mas torna-se deletéria em longo prazo, e apesar dos avanços observados nas últimas décadas, ainda está associada a altas taxas de mortalidade e readmissões hospitalares.
O tratamento atual da ICinsuficiência cardíaca combina o bloqueio medicamentoso neuro-hormonal com medidas de alívio sintomático, em uma abordagem multiprofissional voltada ao controle dos principais fatores que levam à descompensação do quadro clínico do paciente.1 Pacientes com doença refratária ao tratamento clínico otimizado podem ser avaliados com vistas a tratamentos cirúrgicos complementares ou transplante cardíaco. A falta de doadores e a coexistência de múltiplas comorbidades restringem a elegibilidade ao transplante, abrindo espaço para dispositivos de assistência circulatória mecânica (DACMdispositivos de assistência circulatória mecânica).
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- interpretar o algoritmo terapêutico da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFERinsuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida) de acordo com diretrizes atualizadas;
- elaborar uma sequência terapêutica lógica para atingir o bloqueio neuro-hormonal;
- buscar a dose plena das terapias que têm impacto sobre morbimortalidade na ICFERinsuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida;
- explicar de que forma as terapias recentemente aprovadas se encaixam no algoritmo de tratamento da ICFERinsuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida sintomática;
- identificar indicações e contraindicações de terapias cirúrgicas e de estimulação artificial na ICFERinsuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.
- Esquema conceitual