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INTERPRETAÇÃO DE EVIDÊNCIAS CLÍNICAS

Fernando Fernandez-Llimos

Roberto Pontarolo

Fernanda S. Tonin

Helena H. Borba

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  • Introdução

A literatura científica contribui ativamente com a divulgação de um grande número de informações, redefinindo constantemente o conhecimento e tornando-o disponível de diversas formas. Evidências científicas de boa qualidade constituem uma ferramenta importante para tomadas de decisão em saúde por parte de profissionais de saúde, gestores e políticos. Essas decisões vão desde a definição da melhor abordagem terapêutica junto ao paciente até a elaboração de um parecer sobre a incorporação de uma tecnologia em saúde (como um medicamento, uma vacina, um procedimento médico) em determinado cenário.1

Ainda há muita confusão na área de saúde sobre o que são evidências científicas, como acessá-las na literatura e como interpretar e aplicar os resultados encontrados. Além disso, nas últimas décadas, profissionais de saúde e gestores têm deparado com um grande volume de informações publicadas — muitas vezes discordantes entre si —, cuja velocidade de disseminação inviabiliza a constante atualização do conhecimento.2

Medicina baseada em evidências e, mais recentemente, prática baseada em evidências são termos que se referem ao uso consciente e explícito das melhores e mais atualizadas informações em saúde, as quais podem ser quantificadas, modeladas, prontamente comunicadas e transpostas para a prática clínica.3 A prática baseada em evidências faz uso de ferramentas da epidemiologia clínica, da estatística, da informática e da metodologia científica para reunir e apresentar resultados de determinado tema, auxiliando, também, na interpretação das evidências clínicas.

Este capítulo foi escrito com o objetivo de abordar as evidências científicas como uma ferramenta da prática baseada em evidências e orientar os profissionais da saúde a utilizar essas informações no dia a dia. Seu propósito é capacitar esses profissionais a buscar, acessar e interpretar diferentes estudos epidemiológicos e evidências científicas e clínicas. Isso contribui para a promoção do ensino e a formação dos leitores, com o repasse de conhecimentos sobre a temática.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:

 

  • definir prática baseada em evidências;
  • reconhecer a importância da prática baseada em evidências para tomadas de decisão em saúde;
  • diferenciar os tipos de estudos epidemiológicos;
  • listar as vantagens e desvantagens de cada tipo de estudo epidemiológico;
  • reconhecer as diferentes medidas de efeito;
  • aplicar e interpretar as medidas de efeito;
  • interpretar os resultados de uma revisão sistemática com metanálise;
  • definir conceitos relacionados à força da evidência, como nível de evidência e força da recomendação;
  • distinguir os níveis de evidência científica;
  • reconhecer a importância da força da evidência para recomendações clínicas;
  • explicar como os protocolos/guias terapêuticos são elaborados e como as evidências devem ser interpretadas e usadas na prática.
  • Esquema conceitual
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