- Introdução
O eletrocardiograma (ECG) e o eletroencefalograma (EEG) são ferramentas utilizadas há muitos anos. Esses exames são essenciais no atendimento a crianças com alterações cardíacas ou neurológicas e, embora existam novas tecnologias diagnósticas para tais comprometimentos, são muito usados, dependendo da situação clínica.
O ECG é um instrumento importante na sala de emergência para avaliar o ritmo cardíaco, detectar isquemia miocárdica e alterações do sistema de condução, além de alguns distúrbios metabólicos. O EEG é o mais antigo dos exames neurográficos e o único capaz de revelar a excitabilidade anormal do cérebro. Além disso, fornece suporte para o diagnóstico de epilepsia e estado de mal epiléptico não convulsivo (EMNCestado de mal epiléptico não convulsivo) e auxilia o diagnóstico diferencial de algumas encefalites e demências, bem como síndrome epiléptica.
Saber quando solicitar o ECG e o EEG na sala de emergência é um diferencial ao emergencista pediátrico. Muitos profissionais consideram a interpretação desses exames uma tarefa complicada, mas avaliá-los por meio de uma abordagem sistemática facilita sua interpretação e evita que se negligencie qualquer comprometimento.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer as indicações de ECG e EEG na sala de emergência pediátrica;
- discutir a interpretação do ECG de forma sistemática;
- identificar os principais padrões do ECG na emergência pediátrica;
- identificar as principais alterações do EEG.
- Esquema conceitual