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Intervenções centradas no esporte em crianças com Transtorno do Espectro Autista

Amanda Cristina Fernandes

Amanda Alves Soares Rodrigues

Arthur Felipe Barroso de Lima

Lidiane Francisca Borges Ferreira

Rafael Coelho Magalhães

Ricardo Rodrigues de Sousa Junior

Hércules Ribeiro Leite

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer o conceito e a definição de intervenções centradas no esporte;
  • identificar a estrutura de intervenções centradas no esporte;
  • definir as principais intervenções centradas no esporte para crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

Esquema conceitual

Introdução

O TEA é uma condição de desenvolvimento caracterizada por deficiências na interação social e na comunicação, além da presença de comportamentos restritos e repetitivos.1 Crianças com TEA apresentam maiores riscos de problemas de saúde como, por exemplo, obesidade e sobrepeso,2,3 em comparação com os seus pares com desenvolvimento típico,2,4,5 devido, principalmente, à inatividade física.

As crianças com deficiência têm maior probabilidade de enfrentarem mais barreiras à participação em atividades físicas,6 em decorrência às deficiências nas suas capacidades físicas, sociais, cognitivas e/ou competência psicológica, que podem representar um grande impasse para sua participação no desporto ou recreação.4

A participação em atividade física, recreativa ou de lazer é componente central da avaliação dos resultados de crianças e adolescentes com deficiência7 e têm sido considerada uma importante ferramenta para proporcionar melhorias no condicionamento físico, aprendizado sensório-motor, comunicação, autoestima, confiança, qualidade de vida, integração social e maior participação.8

Apesar desses benefícios relatados, pouco se sabe sobre as intervenções centradas no esporte e sua efetividade com crianças com TEA. Nesse contexto, cresce a discussão acerca da necessidade de enfatizar a melhoria da qualidade de vida delas ao longo de suas vidas.9,10

Como um possível caminho para promover uma melhor qualidade de vida, destaca-se o desenvolvimento e a identificação de intervenções que aumentem a participação em atividades físicas recreativas e esportivas nessa população, que sejam eficazes e acessíveis.

Neste capítulo, será apresentado as características do TEA, bem como o aprofundamento na discussão sobre a participação em atividades físicas de crianças com TEA e as intervenções centradas no esporte para elas.

Transtorno do espectro autista

O TEA, conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - 5ª edição (DSM-V), é um transtorno do neurodesenvolvimento.1 Ele se manifesta nos primeiros anos de vida caracteriza-se, principalmente, por déficits persistentes na comunicação e na interação social em diversos contextos e pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.1

Os sintomas citados interferem negativamente no desenvolvimento e causam algum grau de prejuízo no funcionamento social, profissional e em outras áreas significativas da vida do indivíduo.1 São caracterizados clinicamente por comprometimento da linguagem, interação social diminuída e diversas alterações cognitivas, além de déficits e comportamentos estereotipados.11–12 Pessoas com TEA podem agir, falar, interagir e aprender de maneira diferente das pessoas típicas.12,13

As habilidades individuais de pessoas com TEA podem variar consideravelmente.12 Algumas podem demonstrar habilidades significativas de comunicação, enquanto outras podem ser não verbais, 11,14 por isso, o grau de apoio necessário para indivíduos com TEA pode variar amplamente, desde a necessidade de assistência diária até a capacidade de trabalhar e viver de forma independente.

O nível de suporte à pessoa com TEA pode ser classificado de acordo com a quantidade de apoio necessária:1

  • nível 1 — aqueles que necessitam de menos auxílio;
  • nível 2 — aqueles que necessitam de apoio moderado;
  • nível 3 — aqueles que necessitam de mais assistência.

O TEA pode ocorrer em conjunto com outras comorbidades, como a presença ou ausência de comprometimento intelectual e/ou comprometimento da linguagem, outras condições clínicas ou genéticas, bem como estar associado a outros transtornos do neurodesenvolvimento.12,13,15

Nas últimas duas décadas, a prevalência do TEA tem apresentado um aumento significativo. Os dados mais recentes, de 2023, indicam que 1 em cada 36 crianças americanas com 8 anos de idade recebeu o diagnóstico de TEA.16 Além disso, a taxa de diagnóstico é 3,8 vezes maior entre meninos do que entre meninas.17

Embora o diagnóstico do TEA seja possível em crianças pequenas, a média de idade para o diagnóstico varia de 3 a 5 anos. Outro dado relevante é que, há alguns anos, a prevalência do TEA em crianças brancas era até 50% maior do que em crianças negras ou hispânicas, porém, atualmente, esse número se equiparou em relação à raça.18 No Brasil, não existem dados oficiais sobre a prevalência do TEA. Apesar de o último Censo Demográfico, conduzido em 2022, ter incluído uma pergunta com esse objetivo, os dados ainda não foram divulgados.

Participação de crianças com transtorno do espectro autista em atividades físicas

Dentre as diferentes limitações funcionais de indivíduos com TEA, a restrição na participação em atividades físicas é uma das principais demandas levantadas por pais e cuidadores desse grupo de crianças e adolescentes.19 A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que crianças com ou sem deficiências devem participar de, no mínimo, 1 hora de atividade física moderada ou vigorosa por dia.20 Entretanto, crianças e adolescentes com TEA apresentam níveis de atividade física menores e maiores níveis de sedentarismo em comparação com indivíduos de desenvolvimento típico.21 Sendo assim, esforços são necessários para promover a participação em atividades físicas de lazer em crianças e adolescentes com TEA.

Define-se por participação a frequência e o envolvimento em situações de vida real, sendo influenciada tanto for fatores extrínsecos (exemplo, ambiente) quanto intrínsecos.

A participação envolve uma família de diferentes constructos, tais como as competências de atividade, preferências pessoais e senso de si. A família de constructos de participação interage com os fatores do ambiente, tais como a acessibilidade, ou disponibilidade de serviços.22 Participar de atividades físicas de lazer significa estar presente (frequência) e estar envolvido em atividades de esportes (p. ex., atividades físicas estruturadas com competições e regras) ou recreação (p. ex., atividades físicas não estruturadas com objetivo de bem-estar e saúde).23

Para que crianças e adolescentes com TEA sejam capazes de frequentar e se manterem envolvidos em atividades físicas de lazer e esportivas, é necessário que eles desenvolvam competências dentro dos domínios da alfabetização física.

Considera-se alfabetização física a integração de quatro diferentes domínios: físico, cognitivo, social e psicológico. Estes domínios são muito importantes para que as pessoas participem de forma sustentada de atividades físicas ao longo da vida (Quadro 1).24 Crianças com TEA necessitam de competências em todos esses domínios para participarem de atividades físicas esportivas ou recreativas.25

A integração entre essas competências é necessária para garantir a participação plena e efetiva desse grupo. Apesar de já haver dados sobre baixos níveis de alfabetização física em crianças com paralisia cerebral, ainda não há dados na população com TEA. Sabe-se que há um grupo de pesquisa investigando sobre esses construtos no Brasil, porém os dados ainda não foram divulgados.25

Quadro 1

ALFABETIZAÇÃO FÍSICA E SEUS DOMÍNIOS E COMPETÊNCIAS

Domínio

Definição

Competências

Físico

As habilidades e componentes que uma pessoa adquire através do movimento.

  • Habilidades de locomoção.
  • Habilidades de controle de objetos.
  • Manuseio de equipamentos.
  • Coordenação.
  • Estabilidade e equilíbrio.
  • Flexibilidade.
  • Agilidade.
  • Força.
  • Tolerância ao exercício.
  • Tempo de reação.
  • Velocidade.

Psicológico

Atitudes e emoções que uma pessoa tem através do movimento e o impacto disso na sua confiança e motivação para se mover.

  • Engajamento.
  • Confiança.
  • Motivação.
  • Conexão com o lugar.
  • Autopercepção.
  • Autorregulação (emoção e física).

Social

A interação de uma pessoa com as outras durante o movimento.

  • Relacionamento.
  • Colaboração.
  • Ética.
  • Sociedade e cultura.

Cognitivo

A compreensão do “como”, “por que”, e “quando” se mover.

  • Conhecimento de conteúdo.
  • Segurança e riscos.
  • Regras.
  • Raciocínio.
  • Estratégia e planejamento.
  • Táticas.
  • Consciência perceptual.

// Fonte: Adaptado de Edwards e colaboradores (2017).24

Antes de iniciar quaisquer atividades com crianças com TEA, deve-se realizar uma avaliação minuciosa, para se investigar as preferências do cliente (criança, adolescente e sua família) e, a partir do estabelecimento dos objetivos, coletar informações adicionais a fim de potencializar os ganhos e prevenir agravos decorrentes de lesões etc.

ATIVIDADES

1. Por que as crianças com TEA, podem ter dificuldades em participar de atividades físicas?

A) Devido à inatividade física.

B) Devido principalmente a barreiras nas capacidades físicas, sociais, cognitivas e/ou competência psicológica.

C) Por falta de interesse nessas atividades.

D) Por causa da ausência de benefícios para a qualidade de vida.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A criança com deficiência tem maior probabilidade de enfrentar barreiras à participação em atividades físicas, em decorrência das deficiências em suas capacidades físicas, sociais, cognitivas e/ou competência psicológica.

Resposta correta.


A criança com deficiência tem maior probabilidade de enfrentar barreiras à participação em atividades físicas, em decorrência das deficiências em suas capacidades físicas, sociais, cognitivas e/ou competência psicológica.

A alternativa correta é a "B".


A criança com deficiência tem maior probabilidade de enfrentar barreiras à participação em atividades físicas, em decorrência das deficiências em suas capacidades físicas, sociais, cognitivas e/ou competência psicológica.

2. Quais são as principais características do TEA?

Confira aqui a resposta

O TEA se manifesta nos primeiros anos de vida, e caracteriza-se, principalmente, por déficits persistentes na comunicação e na interação social em diversos contextos e pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

Resposta correta.


O TEA se manifesta nos primeiros anos de vida, e caracteriza-se, principalmente, por déficits persistentes na comunicação e na interação social em diversos contextos e pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

O TEA se manifesta nos primeiros anos de vida, e caracteriza-se, principalmente, por déficits persistentes na comunicação e na interação social em diversos contextos e pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

3. Assinale a alternativa que representa a correta relação diagnóstica de TEA entre os sexos.

A) A taxa de diagnóstico é 3,8 vezes maior entre meninos do que entre meninas.

B) A taxa de diagnóstico é 4,5 vezes maior entre meninos do que entre meninas.

C) A taxa de diagnóstico é 3,5 vezes maior entre meninas do que entre meninos.

D) A taxa de diagnóstico atual é igual para ambos os sexos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


O diagnóstico é 3,8 vezes maior no sexo masculino.

Resposta correta.


O diagnóstico é 3,8 vezes maior no sexo masculino.

A alternativa correta é a "A".


O diagnóstico é 3,8 vezes maior no sexo masculino.

4. Descreva a diferença entre os níveis de suporte 1, 2 e 3 do TEA.

Confira aqui a resposta

No nível 1 de suporte, estão aqueles que necessitam de menos auxílio, no nível 2, aqueles que necessitam de apoio moderado, enquanto no nível 3, aqueles que necessitam de mais assistência.

Resposta correta.


No nível 1 de suporte, estão aqueles que necessitam de menos auxílio, no nível 2, aqueles que necessitam de apoio moderado, enquanto no nível 3, aqueles que necessitam de mais assistência.

No nível 1 de suporte, estão aqueles que necessitam de menos auxílio, no nível 2, aqueles que necessitam de apoio moderado, enquanto no nível 3, aqueles que necessitam de mais assistência.

5. Como é chamada a frequência e o envolvimento em situações de vida real, influenciada tanto por fatores extrínsecos como intrínsecos?

A) Atividade física.

B) Constructos.

C) Participação.

D) Domínios.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


Define-se por participação a frequência e o envolvimento em situações de vida real, sendo influenciada tanto for fatores extrínsecos (ambiente) e intrínsecos (preferências).

Resposta correta.


Define-se por participação a frequência e o envolvimento em situações de vida real, sendo influenciada tanto for fatores extrínsecos (ambiente) e intrínsecos (preferências).

A alternativa correta é a "C".


Define-se por participação a frequência e o envolvimento em situações de vida real, sendo influenciada tanto for fatores extrínsecos (ambiente) e intrínsecos (preferências).

Intervenções centradas no esporte para crianças com transtorno do espectro do autismo

Pensando na importância da participação em atividades físicas de lazer e esportivas em indivíduos com deficiências e no desenvolvimento da alfabetização física, Clutterbuck 26 descreveram diferentes cenários com possíveis trajetórias relacionadas à participação em atividades físicas de lazer: “O modelo de participação SPORTS para crianças e adolescentes com deficiências” (Figura 1),27 que apresenta seis diferentes cenários relacionados à participação em atividades físicas de lazer e esportivas.26

FIGURA 1: Modelo SPORTS para crianças e adolescentes com deficiências. // Fonte: Adaptado de Sousa Junior e colaboradores (2023).27

Os primeiros dois cenários do modelo SPORTS (fases “S” e “P”) representam intervenções centradas no esporte, que englobam modalidades ofertadas por profissional da saúde (por exemplo, profissional de educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos) que tenha como objetivo final inserir atividades físicas de lazer (esportivas ou recreativas).26

A fase “S” (seleção de metas e preparação individual) inclui intervenções comumente conduzidas por profissionais de saúde de forma individual, focando em qualquer aspecto que restrinja a participação em atividades físicas de lazer.26 A fase “P” (profissionais liderando grupos de esporte) diz respeito a intervenções também conduzidas por profissionais de saúde, porém em grupo (por exemplo, por meio do treino de habilidades motoras que são pré-requisitos para iniciação futura ao handebol, vôlei, basquete, futebol) ou individuais (exemplo, por meio do treino de habilidades motoras que são pré-requisitos para iniciação futura a natação, golfe, ciclismo, atletismo, porém com contextos reais de prática de atividade física (exemplo, quadras ou clubes).26

As intervenções na estrutura da letra “P” do modelo SPORTS são intervenções de transição dos cuidados de saúde individuais habituais para a participação esportiva ou recreacional nas fases “O, R, T, S”, que incluem diferentes contextos de participação em atividades físicas na comunidade onde crianças e adolescentes podem ser inseridos, dependendo de suas preferências, competências e da disponibilidade de programas, seja em programas adaptados ou de forma usual.26

A efetividade da prática de atividades físicas de lazer e esportiva para melhoria das competências individuais dos domínios físicos, social, cognitivo e psicológico em crianças e adolescentes com TEA já é bem claro e discutido na literatura (embora este constructo ainda tenha sido avaliado enquanto constructo unidimensional).28,29

Sabe-se que a atividade física durante programas de esporte ou lazer (fases “O,R,T,S” do modelo SPORTS) tem como benefícios a melhora da flexibilidade cognitiva, controle inibitório, memória de trabalho, coordenação, velocidade e equilíbrio de crianças e adolescentes com TEA. Entretanto, nos últimos anos a efetividade das intervenções centradas no esporte (fases “S” e “P” do modelo SPORTS) tem sido recentemente discutida.

A utilização de intervenções centradas no esporte, por profissionais de saúde, para preparar e/ou introduzir crianças e adolescentes com TEA, que apresentam dificuldades de serem inseridos em programas de atividade física na comunidade, têm sido cada vez mais comum. Essas intervenções podem ser realizadas por equipe multidisciplinar, composta por profissionais da educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos entre outros agentes da saúde, que tem as seguintes tarefas:

  • fisioterapeutas — dentro dessas intervenções, fornecer aos participantes o treino de habilidades motoras grossas e avançadas e auxiliar as crianças nessa transição do ambiente clínico para a participação desportiva no mundo real;
  • psicólogos — os manejos de comportamentos inapropriados e inadequados que possam surgir durante as intervenções e aplicação de estratégias de suporte, estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais;
  • terapeutas ocupacionais — auxiliar no ganho de consciência corporal, estimulação sensorial, treino de habilidades motoras, entre outras;
  • profissionais de educação física — ofertar suporte necessário para que haja melhor aproveitamento possível de cada atividade realizada, além de fornecer o treinamento das habilidades motoras.

Os profissionais da educação física são os especialistas capacitados e qualificados para os treinos de habilidades esportivas, não sendo ético e moral que outros profissionais desempenham essa função. Sempre que possível, como já ressaltado anteriormente, incentiva-se que essas práticas sejam realizadas em conjunto, em que cada profissional poderá colaborar a partir da sua expertise.

Ruggeri e colaboradores29 e Ji e colaboradores30 destacam em diferentes revisões sistemáticas a efetividade de intervenções na fase “S” do modelo SPORTS para melhorar desfechos relacionados aos domínios da alfabetização física em crianças com TEA (principalmente o domínio físico). Dentre essas intervenções na fase “S”, destaca-se o treino de habilidades motoras fundamentais (treino de habilidades motoras de locomoção e controle de objetos essenciais para a realização da prática de atividades físicas), equoterapia, treino de equilíbrio e terapia assistida por videogames (gameterapia). Tais intervenções mostram-se efetivas para melhorar habilidades de locomoção, habilidade de controle de objetos, estabilidade e equilíbrio.29,30

Além das intervenções individuais, as intervenções ofertadas em grupo (fase “P” do modelo SPORTS) também têm ganhado destaque em crianças e adolescentes com TEA. Dentre essas intervenções em grupo, destacam-se as de esportes modificados.

De acordo com Eime e colaboradores,31 esportes modificados são oferecidos para envolver crianças em atividades lúdicas projetadas e para desenvolver habilidades motoras fundamentais e habilidades específicas do esporte para participação futura.

Essencialmente, o esporte é modificado para corresponder às capacidades de desenvolvimento das crianças, adaptando jogos e atividades por meio de mudanças nas regras, equipamentos e/ou espaço físico, incentivando assim a inclusão e maximizando a participação. O foco fundamental dos programas esportivos modificados é o aprendizado e o desenvolvimento, incluindo a competição adequada ao desenvolvimento, mas não a competição em si”. Sendo assim, as intervenções de esportes modificados se diferem dos programas de esportes adaptados, pois o foco é direcionado ao aprendizado de habilidades e não à competição.31

O foco dos esportes modificados é facilitar a transição entre a fase “S” e “ORTS” do modelo SPORTS.

As intervenções de esportes modificados para crianças com deficiências incluem principalmente o treinamento em grupo (exceto nos casos cujo esporte apresenta características e natureza individuais, apesar da possibilidade de criar grupos de crianças realizando atividades de forma individual) de habilidades motoras relacionadas à prática esportiva, juntamente com a introdução a diferentes esportes.32

Durante o treinamento, os participantes são incentivados no desenvolvimento de domínios, como o da alfabetização física (psicológico, social e cognitivo). Essa modalidade se esforça para simular contextos reais da prática de esporte e garantir futura participação da criança ou adolescente, bem como o desenvolvimento de competências dentro dos quatro domínios da alfabetização física.32

Conforme dados encontrados após um estudo de viabilidade com adolescentes com TEA, utilizando o protocolo Sports Stars Brasil, verificou-se efeito significativo preliminar nas habilidades motoras grossas (controle de objetos e locomoção) e nos domínios físico, cognitivo e social.33

O protocolo foi realizado 1 vez por semana, durante 8 semanas, 1 hora/dia. A equipe foi composta por profissionais da fisioterapia, terapia ocupacional e educação física. Sendo as sessões divididas em 10 minutos iniciais para recepcionar os participantes, 5 minutos de aquecimento, 15 minutos de treino locomotor, 15 minutos de treino de controle de objetos, 10 minutos de esportes modificados (futebol, handebol, basquete e atletismo) e os 5 minutos finais de relaxamento.33

ATIVIDADES

6. Assinale a alternativa que represente intervenções centradas no esporte.

A) São intervenções ofertadas por um profissional de saúde com o objetivo final de participação em atividades físicas de lazer, esportivas ou recreativas.

B) São modalidades esportivas realizadas por atletas com foco em competição.

C) São modalidades esportivas realizadas no ambiente escolar e direcionadas para profissionais da educação física com objetivo nas competições escolares.

D) São modalidades esportivas realizadas na comunidade de forma recreativa e direcionadas a esportes específicos.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


As intervenções centradas no esporte são quaisquer modalidades de intervenções oferecidas por um profissional da saúde que tenham como objetivo final a participação em atividades físicas de lazer, esportivas ou recreativas, podendo ser realizadas de forma individual ou em grupo.

Resposta correta.


As intervenções centradas no esporte são quaisquer modalidades de intervenções oferecidas por um profissional da saúde que tenham como objetivo final a participação em atividades físicas de lazer, esportivas ou recreativas, podendo ser realizadas de forma individual ou em grupo.

A alternativa correta é a "A".


As intervenções centradas no esporte são quaisquer modalidades de intervenções oferecidas por um profissional da saúde que tenham como objetivo final a participação em atividades físicas de lazer, esportivas ou recreativas, podendo ser realizadas de forma individual ou em grupo.

7. Sobre o modelo SPORTS para crianças e adolescentes com deficiência, assinale a alternativa correta.

A) Esse modelo apresenta cinco cenários diferentes relacionados à participação em atividades físicas de lazer e esportivas.

B) Os cenários (ORTS) representam atividades específicas no esporte.

C) A fase (P) diz respeito às intervenções conduzidas por profissionais de saúde em grupo e em contextos reais.

D) A fase (S) inclui as atividades também realizadas em grupo, porém no ambiente escolar.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


A fase “P” se refere a intervenções conduzidas por profissionais de saúde, em grupo e em contextos reais de prática de atividade física.

Resposta correta.


A fase “P” se refere a intervenções conduzidas por profissionais de saúde, em grupo e em contextos reais de prática de atividade física.

A alternativa correta é a "C".


A fase “P” se refere a intervenções conduzidas por profissionais de saúde, em grupo e em contextos reais de prática de atividade física.

8. Qual dos profissionais a seguir é responsável pelos manejos de comportamentos inapropriados e inadequados que possam surgir durante as intervenções e aplicação de estratégias de suporte?

A) Fisioterapeuta.

B) Psicólogo.

C) Terapeuta ocupacional.

D) Profissionais de educação física.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


As intervenções centradas no esporte podem ser realizadas por equipe multidisciplinar, composta por profissionais da educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos entre outros agentes da saúde. Os psicólogos são responsáveis pelo manejo de comportamentos inapropriados e inadequados que possam surgir durante as intervenções e aplicação de estratégias de suporte, além da função de estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

Resposta correta.


As intervenções centradas no esporte podem ser realizadas por equipe multidisciplinar, composta por profissionais da educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos entre outros agentes da saúde. Os psicólogos são responsáveis pelo manejo de comportamentos inapropriados e inadequados que possam surgir durante as intervenções e aplicação de estratégias de suporte, além da função de estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

A alternativa correta é a "B".


As intervenções centradas no esporte podem ser realizadas por equipe multidisciplinar, composta por profissionais da educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos entre outros agentes da saúde. Os psicólogos são responsáveis pelo manejo de comportamentos inapropriados e inadequados que possam surgir durante as intervenções e aplicação de estratégias de suporte, além da função de estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

Estruturação das intervenções centradas no esporte para crianças com transtorno do espectro do autismo

Em conformidade com as recomendações da OMS21 e a necessidade de incrementar o nível de atividade física das crianças e adolescentes com TEA, é fundamental destacar intervenções voltadas ao treinamento das competências motoras associadas à prática esportiva. Estudos estão sendo realizados com o objetivo de avaliar a efetividade dessas intervenções.33–40

Sendo assim, a seguir, o capítulo abordará essa estruturação e os parâmetros das intervenções centradas no esporte para as crianças com TEA, por meio do treinamento das habilidades intrínsecas da natação, basquete, surf, futebol e tênis de mesa.

Natação

Battaglia e colaboradores34 avaliaram o formato de uma intervenção baseada na prática da natação, demonstrando que o ambiente aquático tem conseguido melhorar as habilidades motoras e os comportamentos inapropriados e/ou inadequados dos indivíduos com TEA aos estímulos ambientais.41

O estímulo à prática de esportes aquáticos descrita foi realizado em uma piscina comunitária durante um período de 12 semanas, com sessões de 45 a 50 minutos, duas vezes por semana. Para isso, os participantes foram expostos a três estágios, que poderiam ser transpassados progressivamente:34

  • 1º estágio — vinculação entre o terapeuta e participante e a realização de atividades aquáticas lúdicas;
  • 2º estágio — treinamento de habilidades da natação;
  • 3º estágio — realização das atividades de interação social na piscina.

Além disso, a prática foi guiada por profissionais descritos como “especialistas em terapia aquática multissistêmica”, realizada individualmente nos estágios 1 e 2; assim que houvesse a mudança para o estágio 3, os participantes poderiam treinar de forma coletiva, juntamente com outros participantes.34 Já no estudo de Caputo e colaboradores,36 a estrutura foi semelhante à do estudo de Battaglia e colaboradores,34 entretanto, o tempo de duração foi maior, com 40 semanas de intervenção.

Basquete

Para o treino das habilidades motoras relacionadas ao basquete, Lambert e colaboradores39 avaliaram a efetividade de uma intervenção realizada por profissionais e estudantes da Análise do Comportamento Aplicada, do inglês Applied Behavior Analysis (ABA), da educação especial e os familiares do participante, durante um período de 60 minutos, duas vezes por semana.

A intervenção ocorreu individualmente nas quadras de basquete da Universidade Vanderbilt, onde o treino do basquete modificado foi realizado em dois estágios, sendo:39

  • 1º estágio — treino das habilidades locomotoras e de controle de objetos associados ao esporte;
  • 2º estágio — treino da tarefa específica ao esporte, que envolvia estratégias táticas do basquete.

No primeiro estágio, o objetivo foi estabilizar o nível de habilidade do participante por meio do treino de nove habilidades fundamentais do esporte, como o passe e os dribles. Durante a segunda fase, foram trabalhadas as sequências e as estratégias apropriadas à prática completa do esporte, como o ataque. O participante recebeu treinamento das habilidades fundamentais, a complexidade do esporte modificado foi incrementada progressivamente e modificações contextuais foram implementadas. Essas mudanças se basearam nas estratégias comportamentais, como a forma como o participante era instruído e a adesão de sua família à intervenção.39

Em outros dois estudos,35,41 a estrutura do basquete modificado ocorreu em grupo, com sessões de 40 minutos, 5 vezes por semana, em um total de 12 semanas de intervenção. A categoria dos profissionais responsáveis por guiar os grupos não foi especificada. As sessões foram divididas em um período de 5 minutos de aquecimento, 20 minutos do treinamento das habilidades do basquete, 10 minutos da prática ao esporte modificado e 5 minutos finais de resfriamento (Figura 2).35,41

FIGURA 2: Sessão de intervenção centrada ao esporte (basquete). // Fonte: Arquivo de imagem dos autores.

A intervenção foi delimitada em três estágios:35,41

  • 1º estágio — introdução ao minibasquete;
  • 2º estágio — treino das habilidades do basquete;
  • 3º estágio — atividades competitivas e de interação social.

Os participantes poderiam progredir gradualmente entre os estágios conforme fosse ganhando competências e proficiência na realização das atividades.35,41

Surf

O estudo de Clapham e colaboradores 37 avaliou sessões em grupo, com duração de 60 minutos, 2 vezes por semana durante 8 semanas. O objetivo era identificar os efeitos de uma intervenção modificada de surf em uma amostra de 71 crianças e adolescentes com deficiências, incluindo TEA.

Ao início, praticou-se as habilidades intrínsecas do surf, como remar, equilibrar-se em uma prancha de surf sentado, deitado, ajoelhado ou de pé, pegar uma onda e surfar nela até a costa deitado, sentado, ajoelhado ou em pé, e remar sem ajuda. O treino inicial foi realizado em terra firme, com progressão para mar.37

A complexidade da tarefa foi gradual e progressiva a partir do desempenho de cada participante e dos objetivos definidos individualmente pelos instrutores de surf.37

Futebol

O treino das habilidades fundamentais do futebol foi avaliado por Hayward e colaboradores.38 As sessões que se objetivaram a cumprir o protocolo baseado nesse esporte modificado duravam cerca de 90 minutos, uma vez por semana, durante 6 semanas.

O treinamento foi realizado em grupo e delimitado em 5 minutos iniciais para recepção das famílias e dos participantes, 10 minutos de atividades de aquecimento, 35 minutos de treino das habilidades fundamentais ao futebol, 20 minutos da prática do esporte modificado, 10 minutos para tomar água e 10 minutos para socialização (Figura 3).38

FIGURA 3: Sessão de intervenção centrada ao esporte (futebol). // Fonte: Arquivo de imagem dos autores.

O treino das competências fundamentais ao futebol se baseou em seis principais habilidades, sendo o futebol-boliche, chutes ao gol, dribles, “futebol de túnel”, corrida e passes.38

As intervenções foram promovidas por profissionais das áreas de Educação Física, Fisioterapia, Medicina/pediatras, estudantes da graduação e do ensino médio e realizadas em um campo de futebol. Durante todo o período, os profissionais estimularam a participação nas atividades por meio de estratégias comportamentais baseadas na ABA, como o reforço positivo e o uso de comandos simples e diretos.38

Tênis de mesa

Para o estudo de Pan e colaboradores,40 as sessões foram delimitadas em 70 minutos diários, em 2 dias por semana, durante um período de 12 semanas em um grupo de treinamento.

As sessões ocorreram na Universidade de Cheng Kung e foram divididas em um período de 5 minutos de aquecimento, 20 minutos do treinamento das habilidades motoras relacionadas ao tênis de mesa, 20 minutos da prática motora associada às atividades de funções executivas, 20 minutos do treino do esporte modificado e 5 minutos finais de resfriamento (Figura 4).40

FIGURA 4: Sessão de intervenção centrada ao esporte (tênis de mesa). // Fonte: Arquivo de imagem dos autores.

Houve progressões ao treinamento conforme as habilidades foram sendo desenvolvidas e os profissionais identificaram evoluções no desempenho. As intervenções foram guiadas por profissionais da educação especial ou estudantes/profissionais de educação física.40 Em resumo, as intervenções baseadas no treino das habilidades da natação, basquete, surf, futebol e tênis de mesa seguiram a estrutura presente no Quadro 2.

Efetividade das intervenções centradas no esporte para crianças com transtorno do espectro do autismo

A maioria dos estudos direciona-se para desfechos em estruturas e funções corporais (função motora grossa) e pouco sobre os resultados em atividade e participação esportivas. A modalidade de esporte modificado teve diferentes profissionais como líderes das intervenções, porém, foi encontrado em maior número profissionais da educação física e instrutores especializados nos programas ou nos esportes aplicados. Esse fator reforça a importância da multiprofissionalidade na condução de esportes modificados.

Com relação ao tipo de ambiente escolhido para a prática, foi percebido o ambiente real como característica da intervenção e específicos para cada esporte realizado (centro de reabilitação, esportivos, praia, piscina, quadras e ginásios).

Natação

A intervenção centrada na natação, segundo Battaglia e colaboradores,34 demonstrou resultados com melhora significativa em habilidades motoras grossas, principalmente salto com uma perna só, salto horizontal, salto estacionário, receber e quicar uma bola.

Além disso, os fatores psicológico e social no domínio da alfabetização física foram avaliados, demonstrando aumento na frequência de contato visual durante interações, sensibilidade da presença do outro e iniciativa de interação para brincar com outras pessoas.34 Esses achados são consistentes também na pesquisa de Caputo e colaboradores,36 que adiciona melhora no equilíbrio e controle postural.

Basquete

Para o basquete, os treinos foram realizados em um modelo de minibasquete, e como resultados relevantes foram encontrados equilíbrio e salto horizontal, redução das estereotipias, melhora da agilidade.41

Um fator importante do modelo de minibasquete é que ele é uma opção de terapia adjuvante a tratamentos comportamentais para crianças com TEA, quando aplicado na fase pré-escolar. Apresenta melhora principalmente na comunicação social dos participantes, segundo a pesquisa de Wang e colaboradores.41

Surf

O uso do surf como esporte modificado mostrou como resultados significativos pós-intervenção, relacionados à estrutura e função do corpo, o aumento da força muscular (principalmente core e membros superiores), o aumento da flexibilidade de membros inferiores, melhor condicionamento cardiorrespiratório, o aumento da densidade mineral óssea e massa magra das crianças do grupo intervenção no estudo de Clapham e colaboradores.37

Futebol

A intervenção por meio do futebol no estudo de Hayward e colaboradores38 trouxe como evidências, através de testes motores, a melhora da precisão do chute, agilidade e velocidade nas crianças que participaram da intervenção. Com relação à impressão dos pais quanto à participação de seus filhos, em uma pesquisa qualitativa, foi percebido que a interação com os colegas é uma das melhores partes do programa. A relação entre as crianças motivava a realização dos exercícios e fazia com que interagissem melhor com a tarefa.

Um aspecto muito valorizado pelos pais foi que seus filhos entendiam o que era fazer parte de um time e que aprenderam a trabalhar melhor coletivamente em um grupo, ao fim da intervenção.37

Tênis de mesa

Para essa modalidade, o trabalho de Pan e colaboradores40 demonstrou os resultados com melhora significativa em habilidades motoras, principalmente coordenação manual, força muscular, agilidade e maturidade visomotora, capacidade que envolve a percepção visual e coordenação olho­–mão. Nesse modelo, ainda foi percebido que os efeitos da intervenção são mantidos, uma vez que os achados imediatos pós-intervenção não apresentaram diferença no acompanhamento após três meses.

Em síntese, os estudos que avaliaram a efetividade das intervenções centradas no esporte encontraram os desfechos apresentados no Quadro 3.


VABS: Vineland Adaptive Behavior Scales; PEP-3: Psychoeducational Profile; CARS: Childhood Autism Rating Scale; HAAR: Humphries’ Assessment of Aquatic Readiness; SRS-2: Social Responsiveness Scale-Second Edition; CHEXI: Childhood Executive Functioning Inventory; RBS-R: Repetitive Behavior Scale-Revised; BOT2: Bruininks–Oseretsky Test of Motor Proficiency.

As intervenções centradas no esporte observaram eficácia para melhora das habilidades motoras grossas, funções executivas, resistência física, socialização, força muscular e flexibilidade. Sendo assim, a implementação desta intervenção para crianças com autismo demonstra efeitos positivos para essa população.

ATIVIDADES

9. Considerando a estrutura das intervenções baseadas em esportes modificados e os estudos apresentados, quais profissionais estão envolvidos nos testes com a natação?

A) Estudantes da ABA.

B) Profissionais de educação física.

C) Fisioterapeutas.

D) Especialistas em terapia aquática multissistêmica — sem especificação.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


Nos estudos de Battaglia e colaboradores (2019) e Caputo e colaboradores (2018), os profissionais envolvidos foram especialistas em terapia aquática multissistêmica, sem especificação.

Resposta correta.


Nos estudos de Battaglia e colaboradores (2019) e Caputo e colaboradores (2018), os profissionais envolvidos foram especialistas em terapia aquática multissistêmica, sem especificação.

A alternativa correta é a "D".


Nos estudos de Battaglia e colaboradores (2019) e Caputo e colaboradores (2018), os profissionais envolvidos foram especialistas em terapia aquática multissistêmica, sem especificação.

10. Segundo recomendações da OMS, é necessário incrementar o nível de atividade física das crianças e adolescentes com TEA. Sobre essa afirmativa, assinale a alternativa correta.

A) É fundamental enfocar intervenções voltadas ao treinamento das competências motoras associadas à prática esportiva.

B) É necessário que as intervenções sejam realizadas com intensidade proporcional à ⅓ da referência recomendada para os seus pares típicos.

C) É recomendado que crianças e adolescentes realizem no mínimo 15 minutos diários de atividade física, de intensidade leve a moderada.

D) Crianças e adolescentes não devem ser incentivadas a realização de atividades físicas competitivas.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


É importante que intervenções voltadas ao treinamento das competências motoras sejam associadas à prática esportiva.

Resposta correta.


É importante que intervenções voltadas ao treinamento das competências motoras sejam associadas à prática esportiva.

A alternativa correta é a "A".


É importante que intervenções voltadas ao treinamento das competências motoras sejam associadas à prática esportiva.

11. Assinale a alternativa que apresenta o ambiente ideal para a prática do esporte modificado.

A) Ambiente modificado.

B) Ambiente adaptado.

C) Ambiente real.

D) Ambiente artificial.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


É de extrema relevância que os esportes modificados sejam realizados dentro do ambiente real de cada atividade.

Resposta correta.


É de extrema relevância que os esportes modificados sejam realizados dentro do ambiente real de cada atividade.

A alternativa correta é a "C".


É de extrema relevância que os esportes modificados sejam realizados dentro do ambiente real de cada atividade.

12. Qual dos esportes dentre as intervenções baseadas em esportes modificados teve como resultados efetivos aumento de contato visual e interação com o outro?

A) Surf.

B) Futebol.

C) Natação.

D) Tênis de mesa.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


O estudo de Battaglia e colaboradores apresentou como resultados efetivos aumento de contato visual e interação com o outro.

Resposta correta.


O estudo de Battaglia e colaboradores apresentou como resultados efetivos aumento de contato visual e interação com o outro.

A alternativa correta é a "C".


O estudo de Battaglia e colaboradores apresentou como resultados efetivos aumento de contato visual e interação com o outro.

L.A.B, 11 anos de idade, sexo masculino, com diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo, nível de suporte I do autismo, verbal, filho único. Não houve intercorrências, segundo informações colhidas durante a gestação. A criança nasceu com idade gestacional de 38 semanas, por parto do tipo cesariana e apresentou APGAR 8/10. O desenvolvimento neuropsicomotor inicial ocorreu dentro da faixa etária esperada.

Aproximadamente com 2 anos e 6 meses de idade, os pais perceberam algumas alterações comportamentais como, por exemplo, irritabilidade, desatenção e dificuldade de socialização. Observou-se também que L.A.B. começou a caminhar com as pontas dos pés. Em razão dessas questões, os pais procuraram um neurologista, que diagnosticou a criança com TEA. Desde então, L.A.B. realiza tratamento com equipe multidisciplinar (psicólogo, neurologista e terapeuta ocupacional), frequenta escola regularmente e não realiza nenhuma atividade recreativa ou esportiva. A criança não participa da atividade física na escola, preferindo ficar isolada do grupo escolar.

A família de L.A.B. procurou o setor de fisioterapia em busca de alternativas que ajudassem na melhora da participação em atividades recreativas e na socialização do filho com outras crianças da mesma idade. Os responsáveis relataram que a criança gosta de assistir aos jogos esportivos (basquete e vôlei), mas que por causa de sua dificuldade em realizar os esportes, ele se exclui das atividades. A criança já realizou esportes individuais (natação e judô), entretanto, após algumas semanas, apresentou desistência.

L.A.B. demonstrou ter interesse na prática esportiva, mas relatou ter “medo” ao realizar com os colegas da escola, em razão das regras e por difícil de compreendê-las. Ao ser avaliado, ele apresentou dificuldade de controle de objetos (arremesso, chute e quicar uma bola), alteração no equilíbrio e coordenação motora, diminuição da força muscular global e da resistência.

L.A.B. realiza a maioria das atividades de vida diária de forma independente, e seu desenvolvimento neuropsicomotor foi compatível com a idade cronológica.

ATIVIDADES

13. Ao considerar as intervenções abordadas, discorra sobre quais seriam as mais eficazes para a melhora das funções executivas da criança.

Confira aqui a resposta

De acordo com as intervenções discutidas, o tênis de mesa e o basquete melhorariam as funções executivas.

Resposta correta.


De acordo com as intervenções discutidas, o tênis de mesa e o basquete melhorariam as funções executivas.

De acordo com as intervenções discutidas, o tênis de mesa e o basquete melhorariam as funções executivas.

14. Sabendo do interesse da criança por jogos esportivos, quais intervenções apresentariam maior engajamento e assiduidade?

Confira aqui a resposta

O basquete seria a melhor intervenção para a criança, visto que ela já apresenta engajamento para assistir aos jogos e não se adaptou em esportes individuais.

Resposta correta.


O basquete seria a melhor intervenção para a criança, visto que ela já apresenta engajamento para assistir aos jogos e não se adaptou em esportes individuais.

O basquete seria a melhor intervenção para a criança, visto que ela já apresenta engajamento para assistir aos jogos e não se adaptou em esportes individuais.

Conclusão

A participação esportiva, assim como, a comunicação, socialização e desempenho motor de crianças com TEA podem ser menores quando comparadas com seus pares. As intervenções centradas no esporte, demonstraram ser custo-efetivas, envolventes e eficazes para melhorar as capacidades motoras grossas, funções executivas, comunicação e socialização, além de proporcionar a alfabetização física das crianças.

As intervenções centradas no esporte poderão auxiliar na transição de cuidados usuais (atendimentos individuais) para participação em atividades esportivas e recreativas. Entretanto, é importante salientar que, para a eficácia dessas intervenções, os profissionais precisam possuir conhecimento sobre o público-alvo e sobre a aplicação das atividades.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: B

Comentário: A criança com deficiência tem maior probabilidade de enfrentar barreiras à participação em atividades físicas, em decorrência das deficiências em suas capacidades físicas, sociais, cognitivas e/ou competência psicológica.

Atividade 2

RESPOSTA: O TEA se manifesta nos primeiros anos de vida, e caracteriza-se, principalmente, por déficits persistentes na comunicação e na interação social em diversos contextos e pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

Atividade 3 // Resposta: A

Comentário: O diagnóstico é 3,8 vezes maior no sexo masculino.

Atividade 4

RESPOSTA: No nível 1 de suporte, estão aqueles que necessitam de menos auxílio, no nível 2, aqueles que necessitam de apoio moderado, enquanto no nível 3, aqueles que necessitam de mais assistência.

Atividade 5 // Resposta: C

Comentário: Define-se por participação a frequência e o envolvimento em situações de vida real, sendo influenciada tanto for fatores extrínsecos (ambiente) e intrínsecos (preferências).

Atividade 6 // Resposta: A

Comentário: As intervenções centradas no esporte são quaisquer modalidades de intervenções oferecidas por um profissional da saúde que tenham como objetivo final a participação em atividades físicas de lazer, esportivas ou recreativas, podendo ser realizadas de forma individual ou em grupo.

Atividade 7 // Resposta: C

Comentário: A fase “P” se refere a intervenções conduzidas por profissionais de saúde, em grupo e em contextos reais de prática de atividade física.

Atividade 8 // Resposta: B

Comentário: As intervenções centradas no esporte podem ser realizadas por equipe multidisciplinar, composta por profissionais da educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos entre outros agentes da saúde. Os psicólogos são responsáveis pelo manejo de comportamentos inapropriados e inadequados que possam surgir durante as intervenções e aplicação de estratégias de suporte, além da função de estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

Atividade 9 // Resposta: D

Comentário: Nos estudos de Battaglia e colaboradores (2019) e Caputo e colaboradores (2018), os profissionais envolvidos foram especialistas em terapia aquática multissistêmica, sem especificação.

Atividade 10 // Resposta: A

Comentário: É importante que intervenções voltadas ao treinamento das competências motoras sejam associadas à prática esportiva.

Atividade 11 // Resposta: C

Comentário: É de extrema relevância que os esportes modificados sejam realizados dentro do ambiente real de cada atividade.

Atividade 12 // Resposta: C

Comentário: O estudo de Battaglia e colaboradores apresentou como resultados efetivos aumento de contato visual e interação com o outro.

Atividade 13

RESPOSTA: De acordo com as intervenções discutidas, o tênis de mesa e o basquete melhorariam as funções executivas.

Atividade 14

RESPOSTA: O basquete seria a melhor intervenção para a criança, visto que ela já apresenta engajamento para assistir aos jogos e não se adaptou em esportes individuais.

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Autores

AMANDA CRISTINA FERNANDES // Graduada em Fisioterapia pela Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Mestra em Reabilitação e Desempenho Funcional pela UFVJM. Doutoranda em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduanda em Applied Behavior Analysis pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

AMANDA ALVES SOARES RODRIGUES // Graduanda de Fisioterapia pela Escola de Educação Física, de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG.

ARTHUR FELIPE BARROSO DE LIMA // Graduando de Fisioterapia pela EEFFTO/UFMG.

LIDIANE FRANCISCA BORGES FERREIRA // Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário Estácio. Mestra em Estudos da Ocupação (CPGEO) com ênfase em Ocupação, Cuidado e Funcionalidade pela UFMG. Doutoranda em Ciências da Reabilitação na UFMG. Docente das disciplinas de Saúde da Criança e do Adolescente e Prótese e Órtese na Faculdade Anhanguera. Pós-graduada em Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade Unopar de Anhanguera. Pós-graduanda em Transtorno do Espectro Autista na Faculdade Unopar de Anhanguera.

RAFAEL COELHO MAGALHÃES // Especialista em Desenvolvimento Infantil pela UFMG. Mestre e Doutor em Medicina Molecular pela UFMG. Terapeuta Ocupacional. Professor adjunto do Departamento de Terapia Ocupacional da UFMG. Docente do Curso de Mestrado em Estudos da Ocupação (CPGEO) da Escola de Educação Física, de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da EEFFTO/UFMG.

RICARDO BADARÓ RIBEIRO // Graduado em Fisioterapia pela PUC-Minas. Especialista em Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Esportiva pela UFMG. Mestre em Terapia Intensiva pela Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (Sobrati). Doutor em Ciências Biomédicas pelo Instituto Universitário Italiano de Rosário (Iunir), Argentina. Formação em Síndromes de Dominância Muscular, em Crochetagem pela Associação Brasileira de Crochetagem e em Terapia Manual. Sócio Proprietário e Fisioterapeuta da Clínica Biomecânica (especializada em fisioterapia ortopédica e esportiva). Fisioterapeuta do Estado da Bahia (Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) — Hospital Geral de Guanambi (HGG) e do Instituto da Dor (Guanambi/BA).

HÉRCULES RIBEIRO LEITE // Graduado em Fisioterapia pela UFMG. Especialista em Fisiologia do Exercício pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Especialista Neurofuncional da Criança e do Adolescente pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional/Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional (Coffito/Abrafin). Mestre e Doutor em Fisiologia com ênfase em Neurociências pela UFMG. Pós-doutor em Fisioterapia pela The University of Sydney. Professor adjunto do Departamento de Fisioterapia da UFMG. Docente permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da UFMG. Editor Associado da Revista Physical and Occupational Therapy in Pediatrics e Membro da American Academy for Cerebral Palsy and Developmental Medicine (AACPDM). Bolsista de Produtividade do CNPq, Nível II.

Como citar a versão impressa deste documento

Fernandes AC, Rodrigues AAS, Lima AFB, Ferreira LFB, Magalhães RC, Sousa Junior RR, et al. Intervenções centradas no esporte em crianças com transtorno do espectro autista. In: Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física; Bonetti LV, Bezerra MA, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Esportiva e Atividade Física: Ciclo 13. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 51–77. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2). https://doi.org/10.5935/978-85-514-1226-8.C0002