Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as principais lesões que acometem os atletas de basquete;
- realizar, por meio de planejamento e desenvolvimento, uma avaliação cinético-funcional para atletas do basquete;
- reconhecer as lesões dentro de quadra para tomada de decisão;
- definir o plano de prevenção das lesões relacionadas ao basquete.
Esquema conceitual
Introdução
O basquete é um esporte que atravessou décadas de evolução até os dias atuais, transformando-se em uma modalidade popular e global. Ao longo do tempo, a dinâmica do jogo, as regras e as técnicas foram aprimoradas, proporcionando um espetáculo atlético emocionante. No entanto, junto com o progresso, surgiram desafios relacionados às lesões esportivas que afetam os praticantes em todas as idades e níveis de habilidade. As demandas físicas da modalidade, incluindo corridas, saltos e mudanças rápidas de direção, podem levar a uma variedade de ocorrências, como entorses de tornozelo, lesões nos ligamentos do joelho e sobrecargas musculares.1,2
Nesse contexto, o papel do fisioterapeuta esportivo é de suma importância no cuidado e na prevenção de lesões no basquete. Por meio de sua expertise em avaliação cinético-funcional, os profissionais da fisioterapia são capazes de identificar perfis de risco em cada atleta, compreendendo padrões de movimentos específicos e detectando assimetrias ou desequilíbrios musculares que possam predispor a lesões.3–6
A partir dessa análise detalhada, esses profissionais podem desenvolver planos preventivos personalizados. Além disso, eles desempenham um papel crucial na educação de atletas, treinadores e equipe de apoio, fornecendo orientações sobre prevenção de lesões, técnicas de treinamento adequadas e estratégias para promover um ambiente esportivo seguro.3–6
Este capítulo tem como objetivo expor as lesões que mais acometem os atletas do basquete, bem como apresentar um protocolo de avaliação cinético-funcional, a abordagem das contusões dentro de quadra e apresentar programas de prevenção para os atletas desse esporte que exige tanto de seus praticantes.
História do basquete
O basquete foi inventado no final do século XIX, mais precisamente no ano de 1891, pelo professor canadense James Naismith. Ele lecionava educação física em um colégio cristão de rapazes chamado Springfield College, nos EUA. De uma forma muito despretensiosa, seu objetivo foi desenvolver uma atividade física que pudesse ser praticada durante o longo período de inverno rigoroso na região de Massachussets, no qual seus alunos não conseguiam praticar qualquer atividade física ao ar livre. Ele precisava que os estudantes continuassem a se movimentar durante esse período e assim desenvolveu essa modalidade esportiva.1,2
O professor idealizou um jogo que evitasse contato físico excessivo, devido ao pequeno espaço do ginásio, e que excluísse o uso dos pés, a fim de não se tornar um jogo violento, considerando as condições do local fechado e o piso de madeira.2 Naismith logo descreveu um conjunto de 13 regras. Pregou uma cesta de pêssego a uma altura de 3,05m (que perdura até hoje) no balcão do mezanino do ginásio para servir de alvo. O objetivo do jogo era acertar a bola dentro da cesta, e as equipes eram compostas por nove jogadores.1,2 A bola utilizada era uma bola de futebol, e a quadra possuía quase a metade do tamanho das quadras de hoje.1,2
Algumas alterações nas regras logo foram feitas para dar mais dinâmica ao jogo. A cesta possuía fundo fechado, e, portanto, era preciso retirar manualmente a bola da cesta a cada ponto convertido, e quando havia espectadores no mezanino do ginásio, eles interferiam nos arremessos. As primeiras mudanças foram a realização do furo na cesta e a colocação de uma tabela para evitar as interferências externas. Com as alterações, surgiram os rebotes, que trouxeram um elemento adicional ao jogo, aproximando-o do esporte como é conhecido atualmente.2
O basquete rapidamente ganhou popularidade e se espalhou por diversas escolas, universidades e clubes esportivos nos EUA. Em 1893, as primeiras regras oficiais do jogo foram publicadas, e ele começou a se desenvolver como um esporte organizado. As mulheres também começaram a jogar no final do século XIX, e a modalidade feminina ganhou destaque em muitas instituições.1,2
No Brasil, o basquete foi introduzido no ano de 1896 pelo americano August Shaw, professor convidado para lecionar na Associação Atlética Mackenzie College, em São Paulo, que trouxe a modalidade para ensinar aos seus alunos.1,2
O basquete se tornou um esporte olímpico nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. A partir de então, começou a crescer e a ganhar popularidade em todo o mundo. 7
Em 1946, a Basketball Association of America (BAA) foi fundada nos EUA. Posteriormente, a entidade se juntou à National Basketball League (NBL) para formar a National Basketball Association (NBA), em 1949, tornando-se a principal liga de basquete profissional do mundo. Há diversas outras ligas profissionais de destaque internacional, como a Euro League e a ACB, na Espanha, dentre outras. O basquete feminino também teve um desenvolvimento significativo com competições como Women’s National Basketball Association (WNBA), nos EUA, e Euro League Women, na Europa.7
O Brasil teve seu destaque no cenário internacional com a seleção masculina sendo campeã mundial duas vezes (1959 e 1963) e vice-campeã em duas outras oportunidades (1954 e 1970).8
Um dos nomes de maior destaque da seleção nacional masculina é Oscar Schmidt, que jogou entre 1978 e 1996. Mesmo sem atuar na maior liga de basquete, a NBA, para permanecer jogando na seleção brasileira, pois, até 1989, os atletas que jogavam na NBA não podiam defender a sua seleção nacional, Oscar entrou para o hall da fama da International Basketball Federation (FIBA) em 2010, em reconhecimento à sua performance em competições internacionais, dentre outras conquistas. 8
Já a seleção nacional feminina teve destaque no cenário mundial no ano de 1971 com o terceiro lugar no mundial. Mas a era mais marcante foi protagonizada pela dupla Hortência e Paula que, em 1994, na Austrália, foram campeãs mundiais e vice-campeãs olímpicas em 1996 nos Jogos Olímpicos de Atlanta.8
O basquete se tornou um dos esportes mais conhecidos, praticados e assistidos no mundo, sendo os EUA o centro da modalidade. As quadras de basquete também tiveram um papel importante na luta da comunidade negra americana por igualdade. Até os anos 1950, os negros não podiam participar do principal campeonato da modalidade, o da NBA. Earl Lloyd foi o primeiro afro-americano a jogar nessa competição, mostrando sua habilidade, vigor físico e dominância. Com isso, ele abriu as portas para outros atletas afro-americanos que ajudaram a alavancar o basquete e se tornaram referência na modalidade, como Michael Jordan, Lebron James e Kobe Bryant, dentre outros nomes históricos.9
O basquete se tornou uma modalidade que ultrapassou fronteiras culturais e geográficas ao unir pessoas por meio da paixão pelo jogo.
Biomecânica do basquete
A biomecânica desempenha um papel fundamental no basquete, fornecendo uma visão aprofundada de como os princípios físicos influenciam o desempenho dos jogadores e a prevenção de lesões nesse esporte. Ao examinar as complexas interações entre o corpo humano, os movimentos executados em quadra e as forças envolvidas em cada ação, a biomecânica oferece valiosas perspectivas para praticantes, treinadores e cientistas esportivos.
A biomecânica permite uma análise minuciosa da mecânica de arremessos, dribles, saltos e enterradas, destacando fatores que podem melhorar a precisão e a eficácia desses movimentos.
Além disso, essa ciência desempenha um papel crucial na prevenção de lesões, identificando áreas de risco e auxiliando no desenvolvimento de estratégias de treinamento e no design de equipamentos que ajudam os jogadores a alcançarem um desempenho ótimo e com segurança.
O Quadro 1 traz os tópicos fundamentais da biomecânica do basquete, ilustrando de que forma essa disciplina desempenha um papel crucial tanto na compreensão quanto no aprimoramento do esporte.
Quadro 1
BIOMECÂNICA DO BASQUETE |
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Mecânica do arremesso |
O arremesso no basquete é um dos movimentos mais estudados na biomecânica esportiva. Durante esse movimento, vários princípios biomecânicos estão em jogo. Isso inclui a análise da trajetória da bola, o ângulo do lançamento, a rotação da bola e a força cinética aplicada desde os pés até a saída da bola das mãos. Compreender esses fatores pode ajudar os jogadores a aprimorar sua precisão e consistência nos arremessos. |
Movimentos de dribles |
O drible é uma parte essencial do basquete, e a biomecânica desempenha um papel importante na eficiência dos seus movimentos. A análise da altura da bola em relação ao solo, a velocidade do drible e a coordenação entre o movimento da bola e o corpo do jogador são aspectos fundamentais a serem considerados. Além disso, a biomecânica ajuda a entender como driblar eficientemente, minimizando o risco de perda de posse de bola. |
Saltos e enterradas |
São movimentos espetaculares no basquete. A análise da técnica de salto, incluindo a postura corporal, a fase de aceleração, o ângulo de lançamento e a potência gerada, é crucial para maximizar a altura e a precisão dos saltos e das enterradas. Além disso, compreender como a biomecânica afeta a capacidade de absorver impactos ao aterrissar é essencial para prevenir lesões. |
Prevenção de lesões |
A biomecânica desempenha um papel importante na prevenção de lesões no basquete. Estudar os movimentos e as forças envolvidas permite aos atletas e treinadores identificar áreas de risco, como o joelho e o tornozelo. A análise da biomecânica ajuda a desenvolver programas de treinamento que visam fortalecer os músculos e as articulações envolvidos nesses movimentos, reduzindo o risco de lesões. |
Equipamentos e calçados |
A biomecânica também está relacionada aos equipamentos utilizados no basquete, como tênis e tornozeleiras. A escolha do calçado adequado pode afetar o desempenho e a prevenção de lesões. Os estudos biomecânicos ajudam a determinar o tipo de suporte, o amortecimento e a aderência necessários para otimizar a performance e minimizar o estresse nas articulações. |
A biomecânica fornece insights essenciais sobre como os movimentos e as forças afetam o desempenho e a segurança dos jogadores. Compreender essa ciência aplicada ao basquete permite o aprimoramento técnico e a prevenção de lesões, contribuindo para o sucesso e a saúde dos atletas.
Epidemiologia das lesões
As lesões esportivas são uma preocupação significativa, pois podem afetar o desempenho dos praticantes/jogadores e da equipe, resultar em afastamento das práticas esportivas e causar impactos negativos na saúde e no bem-estar dos atletas.10,11
A análise epidemiológica das lesões no basquete vem se desenvolvendo. Diversos estudos têm sido realizados ao longo dos anos para buscar um melhor entendimento acerca da ocorrência das contusões. Essas pesquisas são essenciais para identificar a complexidade das disfunções no esporte, os tipos mais comuns e seus padrões de ocorrência.10–12
Ao longo de décadas, o basquete evoluiu em termos de regras, táticas e estilo de jogo. É um esporte que envolve contato físico, mudanças bruscas de direção e saltos. Esses padrões de movimentos somados a outros fatores biopsicossociais podem expor os atletas a riscos relacionados às lesões esportivas.13
Em média, aproximadamente 19,1 lesões são registradas a cada 1.000 horas de exposição no basquete. 12,14,15
A maioria das contusões ocorre nas extremidades inferiores, representando cerca de 62,4% de todas as lesões, seguidas por traumatismos das extremidades superiores, que correspondem a cerca de 15,4%. Em relação ao diagnóstico específico, constatou-se que a mais comum é a lesão ligamentar lateral do tornozelo, com 13,2% do total, seguida por disfunções patelofemorais, com 11,9%, e sobrecarga lombar, com 7,9%. 12,14,15
Taxas das lesões esportivas no basquete feminino por estrutura corporal:16
- ombro — 4,9%
- braço e cotovelo — 2,9%
- quadril — 4,3%
- coxa — 6,5%
- perna — 9,5%
- cabeça e face — 14,4%
- pescoço — 0,9%
- mão e punho — 6,5%
- tronco — 5,4%
- joelho — 16,9%
- tornozelo — 18,2%
- perna — 9,5%
- pé — 7,6%
Taxas das lesões esportivas no basquete masculino por estrutura corporal:16
- ombro — 13,1%
- braço e cotovelo — 2,1%
- quadril — 6,5%
- coxa — 6,5%
- perna — 5,9%
- cabeça e face — 12,2%
- pescoço — 1%
- mão e punho — 9,8%
- tronco — 7,3%
- joelho — 14,3%
- tornozelo —
- perna — 5,9%
- pé — 6,9%
Normalmente, classificam-se as lesões esportivas em agudas ou traumáticas, crônicas ou por overuse. As agudas ocorrem como resultado de um evento único e repentino que pode ser causado por contato ou sem contado, por meio de colisão, aterrissagem ou mudanças bruscas, originando danos imediatos aos tecidos envolvidos. 17
No basquete, as principais lesões agudas que ocorrem são 12,14,15
- entorses de tornozelos (sendo a que mais acomete os atletas de basquete);
- lesões nos ligamentos do joelho (principalmente ruptura do ligamento cruzado anterior [LCA], uma das lesões mais temidas pelos atletas devido ao longo período de reabilitação);
- fraturas ósseas;
- contusões.
A Figura 1 apresenta as taxas de lesão do LCA sem contato em diferentes esportes e gêneros.
FIGURA 1: Taxas de lesão do LCA sem contato em diferentes esportes e gêneros. Destaca-se o basquete feminino como a modalidade com mais casos, devido à fisiologia da mulher e às características do esporte. // Fonte: Adaptada de Renstrom e colaboradores (2008).18
Por outro lado, as lesões crônicas ou por overuse se desenvolvem ao longo do tempo devido ao acúmulo de sessões de treinamentos e jogos. Elas são frequentemente associadas a desequilíbrios musculoesqueléticos, ao alto número de movimentos repetitivos e à falta de recuperação adequada. Por isso, é importante que haja um monitoramento constante e um controle de carga, além de se procurar entender o início das queixas dos atletas e acompanhar a sua evolução e realizar intervenções quando necessário para evitar o desenvolvimento de lesões mais graves. 12,14,15
No basquete, as lesões por overuse mais evidentes são as tendinopatias, principalmente a patelar, a que mais afasta atletas das práticas esportivas.
Pode-se relacionar a tendinopatia patelar com o mecanismo extensor e de resposta à carga. Muitas vezes, há uma sobrecarga dessa estrutura em esportes que envolvem sucessivos saltos. Lombalgia, tendinopatias do calcâneo, sobrecargas musculares, síndrome do estresse tibial medial, síndrome do impacto do ombro e osteocondrites também podem ser incluídas nesse espectro. 12,14,15
Quanto ao impacto dessas lesões na retirada dos atletas de treinamentos e jogos, observa-se que as condições inflamatórias patelofemorais são as que mais causam afastamento, totalizando 17,5% dos casos, seguidas por lesão ligamentar lateral do tornozelo, com 8,8%, e lesões ligamentares do joelho, com 7,4%.12,14,15,18
ATIVIDADES
1. Ao longo do tempo, o basquete tem enfrentado um crescimento significativo na incidência de lesões entre os jogadores. Discorra sobre os principais fatores que podem contribuir para esse aumento e como eles estão relacionados aos diferentes tipos de lesões que ocorrem nesse esporte.
Confira aqui a resposta
O aumento das lesões no basquete ao longo do tempo pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o aprimoramento das habilidades dos jogadores, a intensificação da competitividade, as mudanças nas regras, a evolução dos equipamentos esportivos e o maior número de praticantes. Esses fatores estão relacionados ao aumento das lesões agudas, como entorses de tornozelo e lesões nos ligamentos do joelho, e das contusões crônicas por sobrecarga, como tendinopatias e sobrecargas musculares, devido à especificidade do basquete, que apresenta alto grau de contato e mudanças bruscas de direção, principalmente.
Resposta correta.
O aumento das lesões no basquete ao longo do tempo pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o aprimoramento das habilidades dos jogadores, a intensificação da competitividade, as mudanças nas regras, a evolução dos equipamentos esportivos e o maior número de praticantes. Esses fatores estão relacionados ao aumento das lesões agudas, como entorses de tornozelo e lesões nos ligamentos do joelho, e das contusões crônicas por sobrecarga, como tendinopatias e sobrecargas musculares, devido à especificidade do basquete, que apresenta alto grau de contato e mudanças bruscas de direção, principalmente.
O aumento das lesões no basquete ao longo do tempo pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o aprimoramento das habilidades dos jogadores, a intensificação da competitividade, as mudanças nas regras, a evolução dos equipamentos esportivos e o maior número de praticantes. Esses fatores estão relacionados ao aumento das lesões agudas, como entorses de tornozelo e lesões nos ligamentos do joelho, e das contusões crônicas por sobrecarga, como tendinopatias e sobrecargas musculares, devido à especificidade do basquete, que apresenta alto grau de contato e mudanças bruscas de direção, principalmente.
2. Sobre as lesões no basquete, observe as afirmativas.
I. Os ligamentos do joelho constituem as lesões agudas mais comuns.
II. As lesões por overuse mais evidentes são as tendinopatias, principalmente a patelar.
III. A sobrecarga lombar é diagnosticada com frequência.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".
A afirmativa I está incorreta, pois as entorses de tornozelo são as lesões agudas mais comuns no basquete.
Resposta correta.
A afirmativa I está incorreta, pois as entorses de tornozelo são as lesões agudas mais comuns no basquete.
A alternativa correta é a "C".
A afirmativa I está incorreta, pois as entorses de tornozelo são as lesões agudas mais comuns no basquete.
Epidemiologia das lesões em crianças e adolescentes
O basquete oferece uma série de benefícios de saúde e bem-estar para crianças e adolescentes, contribuindo para um desenvolvimento saudável. Nesse esporte, aprende-se a trabalhar em equipe, a compartilhar responsabilidades e a cooperar com os colegas, além de salientar valores como respeito, fair play e espírito esportivo, promovendo a formação de caráter e a construção de interações saudáveis. 19
A prática regular do basquete também pode favorecer o desenvolvimento de habilidades motoras, equilíbrio, coordenação e agilidade, que são fundamentais para o bom crescimento. 19
Entretanto, a especificidade esportiva precoce, ou seja, quando desde a infância a criança se especializa em apenas uma modalidade esportiva, pode trazer uma série de consequências. O estágio de crescimento e desenvolvimento pode influenciar a capacidade da criança de lidar com determinadas demandas esportivas, aumentar o risco de lesões relacionadas a movimentos repetitivos e de sobrecarga e restringir o desenvolvimento de habilidades motoras abrangentes, limitando o potencial de desempenho.12,14,15,19
A saúde mental e emocional das crianças pode ser impactada pela pressão em busca de resultados, pela má gestão da carga de treinamento, por aspectos nutricionais e por falta de orientação técnica e recuperação inadequada, acrescentando fatores adicionais para o aumento do risco de lesões. 12,14,15,19
Estudos têm mostrado que as lesões mais comuns em crianças e adolescentes são lesões agudas, que ocorrem mais em tornozelo e pé (37,7%), seguida de contusões no joelho (16,3%), na cabeça e no pescoço (13,7%) e em mãos, dedos e punhos (8,9%). Os fatores de risco para o surgimento das contusões esportivas podem incluir nível de habilidade ou falta de técnica adequada, desequilíbrios musculares, falta de aquecimento adequado e sobrecarga de treinamento, dentre outros fatores.12,14,15,19
A Figura 2 evidencia que o pico de lesões ocorre no período da infância e adolescência e no período do desenvolvimento e maturação do sistema musculoesquelético.
FIGURA 2: Número de casos por idade para lesão do ligamento cruzado anterior em atletas. // Fonte: Adaptada de Renstrom e colaboradores (2008).18
Para garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, é essencial compreender os padrões de lesões nessa faixa etária e implementar medidas preventivas adequadas.
Pais, treinadores e profissionais da saúde devem estar cientes dos fatores de risco envolvidos e trabalhar em colaboração para promover um ambiente esportivo seguro, saudável e adaptado ao estágio de desenvolvimento dos jovens. Dessa forma, eles podem desfrutar do basquete de maneira segura e colher os inúmeros benefícios físicos, cognitivos e sociais que o esporte tem a oferecer.
Avaliação cinético-funcional
A avaliação cinético-funcional desempenha um papel crucial na preparação e no acompanhamento de atletas de alto rendimento. Ela envolve uma análise detalhada dos movimentos e das capacidades físicas dos atletas diante da sua especificidade, fornecendo informações valiosas sobre seu desempenho e identificando possíveis aspectos para melhoria, prevenção de lesões e otimização de desempenho e performance.3–6
Um dos fatores de suma importância é a capacidade de identificar possíveis assimetrias ou desequilíbrios musculoesqueléticos que podem afetar o desempenho dos atletas e aumentar o risco de lesões. Ao se analisar capacidades físicas, força muscular, estabilidade articular e coordenação, é possível detectar os padrões motores e personalizar as intervenções de forma mais assertiva para cada praticante/atleta.3–6
O basquete é um esporte que requer uma variedade de capacidades físicas, como força, potência, equilíbrio e coordenação. Portanto, a avaliação cinético-funcional deve analisar a qualidade de movimento dos atletas durante atividades específicas relacionadas a essa modalidade, como corrida, salto, mudanças de direção e movimentos de defesa.3–6
É preciso ter em mente que existem desigualdades estruturais importantes a serem consideradas na análise entre homens e mulheres no basquete. Diferenças como anatomia, fatores hormonais (ciclo menstrual) e biomecânica podem influenciar a abordagem, a identificação da incidência e a prevalência de certas lesões, como a ruptura do LCA do joelho.18,20
A influência hormonal, como a menor produção de estrogênios em mulheres durante o ciclo menstrual, pode afetar a força muscular e a estabilidade articular e contribuir para a maior incidência de lesões do LCA. A anatomia dos joelhos femininos, com maior angulação do quadril e valgo dinâmico do joelho, também pode ser um fator de risco.
Para iniciar uma avaliação adequada, é importante seguir algumas etapas fundamentais, conforme o Quadro 2.
Quadro 2
ETAPAS DA AVALIAÇÃO CINÉTICO-FUNCIONAL |
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Análise da estrutura do local |
Etapa que depende muito dos recursos (estrutural e pessoal) disponíveis no setor e da quantidade de atletas que serão analisados. É importante estabelecer uma avaliação básica que seja capaz de ser reprodutível com o menor recurso possível e que forneça resultados sólidos e eficazes para se identificar as características do atleta e o desenvolvimento de estratégias específicas e individuais. |
Definição dos principais testes que serão utilizados |
Analisar a especificidade do basquete sobre as capacidades físicas dos atletas para identificar quais testes utilizar na avaliação de amplitude de movimento, força muscular e qualidade de movimento, dentre outros fatores. É necessário realizar o planejamento da execução dos testes, bem como a capacitação de todo estafe envolvido. |
Coleta de informações |
Obter informações detalhadas sobre o histórico do atleta, incluindo histórico médico de lesões, cirurgias prévias e tratamentos realizados, e analisar a experiência no esporte, como nível esportivo, tempo de prática e carga de treinamento. |
Realização dos testes e análise dos resultados |
Executar os testes e análises dos resultados para conhecer as condições do atleta (especialmente pré-temporada), desenvolver medidas preventivas específicas individualizadas e realizar monitoramento contínuo. |
Na análise da especificidade do basquete e da capacidade física do atleta, é possível elencar alguns testes fundamentais para serem realizados:
- Weight Bearing Lunge Test (WBLT);3,21
- teste de rigidez de quadril;22
- Single Leg Bridge Test (SLBT) isométrico;23
- teste de performance em prancha lateral;24
- qualidade do movimento no single squat;25
- performance dos extensores de quadril;26
- Landing Error Scoring System (LESS);3
- equilíbrio dinâmico – Y Balance Test;3
- Hop tests (single hop, triple hop, crossover hop, figure-of-eight hop, timed hop, side hop);27
- teste de salto em altura; 27
- teste de agilidade em T.27
A Figura 3 ilustra a divisão dos testes básicos por categoria.
FIGURA 3: Exemplo de divisão dos testes básicos por categoria. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Essa avaliação pode ser acrescida de novos testes que sejam condizentes com o objetivo proposto e que agreguem na análise dos dados, como, por exemplo, a realização do padrão-ouro para avaliar a força muscular dos atletas, o dinamômetro isocinético (índice de simetria de membros [ISM] maior que ou igual a 90%), ou até mesmo a utilização do dinamômetro isométrico manual, com custo mais acessível. Pode ser acrescido o uso de aplicativos e software para execução e análise dos dados. Tudo depende da disponibilidade de recursos, do tempo e da capacitação do estafe, dentre outros fatores.
ATIVIDADES
3. A avaliação cinético-funcional é uma ferramenta crucial para o cuidado da saúde e desempenho dos atletas de basquete. Discorra sobre a relevância dessa ferramenta, abordando os aspectos e testes que devem ser utilizados para analisar os atletas, bem como os motivos pelos quais esses aspectos e testes são essenciais. Explique como esse exame pode identificar desequilíbrios musculares, riscos de lesões e problemas biomecânicos nos jogadores, além de como essas informações podem ser utilizadas para criar programas de treinamento personalizados e estratégias preventivas.
Confira aqui a resposta
A avaliação cinético-funcional é uma ferramenta valiosa que permite identificar o perfil de risco de cada atleta, detectando lesões prévias, assimetrias ou desequilíbrios musculoesqueléticos que podem predispor a lesões esportivas. Ao considerar a especificidade do basquete, foram selecionados os testes mais relevantes para esse processo e a avaliação e o treinamento de toda a equipe para esse momento. Aspectos como a rigidez dos tornozelos e quadris são cruciais, devido às mudanças bruscas de direção e saltos no esporte, e é fundamental compreender a repercussão da diminuição da mobilidade nessas regiões no corpo. Além disso, é essencial realizar avaliações qualitativas dos movimentos-chave, como agachamentos e saltos bipodais e unipodais, para identificar padrões disfuncionais. A análise da função muscular, com foco na estabilização e na força, é outro ponto fundamental. Por meio dessas avaliações personalizadas, é possível desenvolver estratégias de intervenção individualizadas, visando otimizar o desempenho dos atletas e prevenir lesões, garantindo um desempenho seguro e bem-sucedido no basquete.
Resposta correta.
A avaliação cinético-funcional é uma ferramenta valiosa que permite identificar o perfil de risco de cada atleta, detectando lesões prévias, assimetrias ou desequilíbrios musculoesqueléticos que podem predispor a lesões esportivas. Ao considerar a especificidade do basquete, foram selecionados os testes mais relevantes para esse processo e a avaliação e o treinamento de toda a equipe para esse momento. Aspectos como a rigidez dos tornozelos e quadris são cruciais, devido às mudanças bruscas de direção e saltos no esporte, e é fundamental compreender a repercussão da diminuição da mobilidade nessas regiões no corpo. Além disso, é essencial realizar avaliações qualitativas dos movimentos-chave, como agachamentos e saltos bipodais e unipodais, para identificar padrões disfuncionais. A análise da função muscular, com foco na estabilização e na força, é outro ponto fundamental. Por meio dessas avaliações personalizadas, é possível desenvolver estratégias de intervenção individualizadas, visando otimizar o desempenho dos atletas e prevenir lesões, garantindo um desempenho seguro e bem-sucedido no basquete.
A avaliação cinético-funcional é uma ferramenta valiosa que permite identificar o perfil de risco de cada atleta, detectando lesões prévias, assimetrias ou desequilíbrios musculoesqueléticos que podem predispor a lesões esportivas. Ao considerar a especificidade do basquete, foram selecionados os testes mais relevantes para esse processo e a avaliação e o treinamento de toda a equipe para esse momento. Aspectos como a rigidez dos tornozelos e quadris são cruciais, devido às mudanças bruscas de direção e saltos no esporte, e é fundamental compreender a repercussão da diminuição da mobilidade nessas regiões no corpo. Além disso, é essencial realizar avaliações qualitativas dos movimentos-chave, como agachamentos e saltos bipodais e unipodais, para identificar padrões disfuncionais. A análise da função muscular, com foco na estabilização e na força, é outro ponto fundamental. Por meio dessas avaliações personalizadas, é possível desenvolver estratégias de intervenção individualizadas, visando otimizar o desempenho dos atletas e prevenir lesões, garantindo um desempenho seguro e bem-sucedido no basquete.
4. A lesão do LCA é uma das mais comuns em atletas de basquete, especialmente entre mulheres. Explique as razões pelas quais ela é mais evidente nesse esporte e nesse grupo específico. Aborde fatores biomecânicos, hormonais e anatômicos que podem influenciar a maior predisposição para essas contusões em jogadores de basquete e discorra sobre como medidas preventivas e programas de treinamento específicos podem ajudar a reduzir o risco de ocorrência desses traumatismos. Apresente argumentos embasados em estudos científicos para fundamentar sua análise.
Confira aqui a resposta
A lesão do LCA é mais evidente em atletas de basquete e mulheres devido a uma combinação de fatores biomecânicos, hormonais e anatômicos. No basquete, os movimentos de mudança brusca de direção, saltos e aterrisagens podem sobrecarregar o ligamento, aumentando o risco de lesões. Além disso, a influência hormonal, como a menor produção de estrógeno em mulheres durante o ciclo menstrual, por exemplo, pode afetar a força muscular e a estabilidade articular e contribuir para a maior incidência desse tipo de contusão. A anatomia dos joelhos femininos, com maior angulação do quadril e valgo dinâmico do joelho, também pode ser um fator de risco. Programas de treinamento específicos que visam fortalecer os músculos estabilizadores e ensinar técnicas de movimentos adequadas podem ajudar a reduzir o risco de lesões do LCA em praticantes de basquete, especialmente em mulheres. Além disso, é importante ter um bom controle de carga associado ao ciclo menstrual e um calendário de competições e treinamentos.
Resposta correta.
A lesão do LCA é mais evidente em atletas de basquete e mulheres devido a uma combinação de fatores biomecânicos, hormonais e anatômicos. No basquete, os movimentos de mudança brusca de direção, saltos e aterrisagens podem sobrecarregar o ligamento, aumentando o risco de lesões. Além disso, a influência hormonal, como a menor produção de estrógeno em mulheres durante o ciclo menstrual, por exemplo, pode afetar a força muscular e a estabilidade articular e contribuir para a maior incidência desse tipo de contusão. A anatomia dos joelhos femininos, com maior angulação do quadril e valgo dinâmico do joelho, também pode ser um fator de risco. Programas de treinamento específicos que visam fortalecer os músculos estabilizadores e ensinar técnicas de movimentos adequadas podem ajudar a reduzir o risco de lesões do LCA em praticantes de basquete, especialmente em mulheres. Além disso, é importante ter um bom controle de carga associado ao ciclo menstrual e um calendário de competições e treinamentos.
A lesão do LCA é mais evidente em atletas de basquete e mulheres devido a uma combinação de fatores biomecânicos, hormonais e anatômicos. No basquete, os movimentos de mudança brusca de direção, saltos e aterrisagens podem sobrecarregar o ligamento, aumentando o risco de lesões. Além disso, a influência hormonal, como a menor produção de estrógeno em mulheres durante o ciclo menstrual, por exemplo, pode afetar a força muscular e a estabilidade articular e contribuir para a maior incidência desse tipo de contusão. A anatomia dos joelhos femininos, com maior angulação do quadril e valgo dinâmico do joelho, também pode ser um fator de risco. Programas de treinamento específicos que visam fortalecer os músculos estabilizadores e ensinar técnicas de movimentos adequadas podem ajudar a reduzir o risco de lesões do LCA em praticantes de basquete, especialmente em mulheres. Além disso, é importante ter um bom controle de carga associado ao ciclo menstrual e um calendário de competições e treinamentos.
Avaliação das lesões
O basquete é um esporte que demanda movimentos rápidos de aceleração, desaceleração, salto e mudança de direção.12,28 Atletas dessa modalidade, independentemente do sexo ou nível profissional, apresentam semelhanças a respeito das áreas lesionadas. Essas lesões acometem principalmente os membros inferiores, especialmente tornozelo, pé e joelho.29,30–32 No entanto, também é possível observá-las em quadril, pelve, coluna, fratura de mão e concussões.18,32
No complexo de pé e tornozelo, de forma aguda, observa-se a prevalência de entorses de tornozelo com estiramento ou ruptura de ligamentos, estiramento ou lesão muscular de tríceps sural e ruptura de tendão calcâneo.28,32
Os principais mecanismos de lesão na região do pé e tornozelo acontecem durante a aterrissagem sobre o adversário (entorses) ou quando da explosão ou mudança de fase excêntrica para fase concêntrica (ruptura de tendão calcâneo). Alguns traumatismos podem levar apenas alguns dias de tratamento, enquanto outros podem fazer com que o atleta perca a temporada vigente devido ao tempo de recuperação. Por isso, é fundamental a avaliação criteriosa para garantir o tratamento mais eficaz.
Avaliação do complexo de tornozelo e pé
O tornozelo é a região com maior índice de erro diagnóstico em pacientes no atendimento de urgência.33
No basquete, o complexo do pé e tornozelo costuma ser responsável por cerca de 13 a 20% das lesões.12,33 Ao se avaliar uma entorse de tornozelo, deve-se priorizar a exclusão de uma possível fratura, tanto maleolar quanto de quinto metatarso. Para isso, o avaliador pode fazer uso dos critérios de Ottawa, estabelecidos na literatura como padrão–ouro para exclusão de fraturas de tornozelo, com alta sensibilidade e moderada especificidade.33,34
Os critérios de Ottawa recomendam uma avaliação com exames de imagem se no tornozelo houver:
- presença de dor 6cm acima do maléolo medial;
- presença de dor 6cm acima do maléolo lateral;
- incapacidade de carga completa no pé.
Já para o pé, os critérios são
- presença de dor em navicular;
- presença de dor em região de quinto metatarso;
- incapacidade de carga completa no pé.
Mais informações sobre fratura do tornozelo estão disponíveis no capítulo “Atuação do Fisioterapeuta Esportivo nas Disfunções Traumáticas do Complexo Perna-pé” do PROFISIO — Programa de Atualização em Fisioterapia Esportiva e Atividade Física, Ciclo 12, Volume 1.
Uma vez descartada uma possível fratura, a análise seguirá de acordo com os sintomas encontrados. A avaliação em quadra deve observar dor, presença de edema, capacidade de descarga de peso, dor em descarga de peso e queixa de instabilidade no tornozelo. Testes rápidos, como capacidade de salto sem dor (hop tests) e gaveta anterior ou gaveta anterolateral reversa, podem ser utilizados para estimar níveis de instabilidade articular.33
Devido à alta demanda do esporte, uma avaliação cuidadosa dentro de quadra é fundamental para garantir o retorno do atleta ao jogo com segurança.
Outra lesão que pode ocorrer durante a partida, embora em uma frequência muito menor, é a ruptura de tendão calcâneo,28,32 que costuma ocorrer no momento de impulsão (partindo da posição parada) com o tornozelo em dorsiflexão, joelho em flexão inicial e quadril em extensão.35,36 O sintoma mais comum é o chamado “sinal de pedrada”, uma sensação de “pedrada ou chute na região da panturrilha”.
O teste de Thompson é uma avaliação rápida para observar se houve de fato uma ruptura completa do tendão. Com o paciente em decúbito ventral, realiza-se um aperto na panturrilha. O resultado é considerado positivo (ruptura completa) quando o pé não realizar flexão plantar.
Mais informações sobre fratura do tornozelo estão disponíveis no capítulo “Retorno ao Esporte Após Ruptura do Tendão Calcâneo” do PROFISIO — Programa de Atualização em Fisioterapia Esportiva e Atividade Física, Ciclo 12, Volume 4.
As Figuras 4A e B mostram o teste de Thompson.
FIGURA 4: A e B) Teste de Thompson. // Fonte: Adaptada de Wigelt e Wirth (2017).37
Avaliação do joelho
Devido à alta utilização do joelho para saltos e mudanças de direção, essa região é muito suscetível a contusões agudas e de overtraining.22 Uma das mais comuns durante a partida é a lesão de LCA,28 em que o membro inferior encontra-se em flexão de joelho com estresse em valgo e rotação interna de quadril. Ela ocorre com ou sem contato com outro jogador,38,39 e o atleta costuma relatar ouvir um “estalido alto” acompanhado de edema e dificuldade de pôr carga no membro.
A Figura 5 mostra o fator tridimensional na ocorrência do valgo dinâmico.
FIGURA 5: Fator tridimensional na ocorrência do valgo dinâmico (momento adutor e rotação medial do fêmur, rotação lateral da tíbia e eversão do tornozelo, ocorrendo o momento adutor do joelho). // Fonte: Adaptada de Hewett e colaboradores (2005).40
Para constatar se há ruptura do LCA, utiliza-se a manobra de Lachman, um teste com boa sensibilidade para tal desfecho. É um movimento de exame físico que consiste em estimar a integridade do ligamento em uma suspeita de lesão. O exame é utilizado para avaliar a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur.
A manobra de Lachman consiste em posicionar o joelho em um ângulo de 20 a 30 graus de flexão, estabilizar o fêmur com uma das mãos e com a mão oposta aplicar uma força de translação da tíbia. Ao comparar com o membro contralateral, o avaliador encontrará uma lassidão maior no joelho.
Uma vez observada a ruptura do LCA, o atleta deve ser retirado de quadra, pois não apresenta condições de continuar a partida.
Outras lesões que ocorrem nos membros inferiores de forma aguda são as contusões causadas por quedas ou contato com outros atletas durante a partida.28,32 Elas devem ser avaliadas com cuidado, pois nem sempre há necessidade de substituição ou retirada do atleta de jogo.
Lesões de sobrecarga são bastante comuns no basquete, especialmente as que envolvem a região anterior do joelho.28 Esses traumatismos são avaliados durante o treino e são frequentes, devido ao alto número de saltos, arrancadas e mudanças de direção. Essas dores podem durar de 24 horas até dias ou semanas, podendo incapacitar o atleta para uma partida. Nos praticantes, a principal causa por lesões de overtraining e overuse é a síndrome da dor patelofemoral (SDPF).28,32,41
A SDPF é caracterizada por uma dor insidiosa e indefinida na região anterior do joelho, que pode ser retro ou peripatelar. Os sintomas podem ocorrer de forma lenta e evoluir gradualmente, levando o atleta à interrupção da prática esportiva. 32,41 Seu diagnóstico é baseado em sinais e sintomas como dor peri ou retropatelar ao movimento e em atividades como agachar, saltar, correr, subir ou descer escadas. Estudos de imagem, nesse caso, servem apenas para descartar outras hipóteses diagnósticas.32,41
É possível classificar as prováveis causas da SDPF em quatro subcategorias cinético–funcionais, de acordo com o Quadro 3.
Quadro 3
CAUSAS DA SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL |
|
Overuse sem outros sintomas |
Normalmente, é uma história de dor sem outros déficits, o que pode indicar sobrecarga mecânica da região. |
Déficit de performance muscular |
Normalmente, o atleta apresenta déficit muscular em quadríceps e quadril. |
Déficit de coordenação de movimento |
Os movimentos de valgo dinâmico apresentam-se mais evidentes durante tarefas dinâmicas, mas não necessariamente devido à fraqueza muscular. |
Variações de mobilidade |
Pacientes com hipermobilidade ou hipomobilidade podem sofrer estresse na articulação, o que pode levar à SDPF. |
A alta incidência e diversidade de fatores atribuídos à etiologia da SDPF torna o diagnóstico desse problema um tanto complexo e suscetível a interpretações errôneas. Atualmente, não existe um conjunto definido de procedimentos considerados ideais para diagnosticar a SDPF. Nesse contexto, é necessária uma avaliação criteriosa com base no estado clínico, no relato de dor e na capacidade funcional para justificar a manutenção ou o afastamento temporário do atleta da prática esportiva.
ATIVIDADES
5. Assinale a alternativa que apresenta os principais sintomas da SDPF.
A) Dor peri ou retropatelar à palpação e em atividades como agachar, saltar, correr e subir ou descer escadas.
B) Dor à palpação peri ou retropatelar, presença de valgo dinâmico e instabilidade patelar.
C) Dor em atividades como agachar, saltar, correr e subir ou descer escadas e dor à palpação em fossa poplítea.
D) Presença de valgo dinâmico e dor em atividades como andar, sair da cama e correr.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".
A SDPF é caracterizada por presença de dor à palpação em região peri ou retropatelar e em atividades como agachar, saltar, correr e subir ou descer escadas. Ela pode estar ou não relacionada à instabilidade patelar e presença de valgo dinâmico.
Resposta correta.
A SDPF é caracterizada por presença de dor à palpação em região peri ou retropatelar e em atividades como agachar, saltar, correr e subir ou descer escadas. Ela pode estar ou não relacionada à instabilidade patelar e presença de valgo dinâmico.
A alternativa correta é a "A".
A SDPF é caracterizada por presença de dor à palpação em região peri ou retropatelar e em atividades como agachar, saltar, correr e subir ou descer escadas. Ela pode estar ou não relacionada à instabilidade patelar e presença de valgo dinâmico.
6. O basquete é um esporte dinâmico e de alta intensidade no qual o atleta está sujeito às mais diversas lesões durante uma partida. Assinale a alternativa que apresenta as regiões do corpo que costumam ser mais acometidas durante uma partida.
A) Tornozelo e quadril.
B) Joelho e coluna.
C) Ombro e tornozelo.
D) Tornozelo e joelho.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
Apesar de áreas como quadril, coluna, ombro e rosto sofrerem lesões no basquete, as principais contusões acontecem no tornozelo e joelho, devido a saltos, pivoteios e mudanças de direção características do esporte.
Resposta correta.
Apesar de áreas como quadril, coluna, ombro e rosto sofrerem lesões no basquete, as principais contusões acontecem no tornozelo e joelho, devido a saltos, pivoteios e mudanças de direção características do esporte.
A alternativa correta é a "D".
Apesar de áreas como quadril, coluna, ombro e rosto sofrerem lesões no basquete, as principais contusões acontecem no tornozelo e joelho, devido a saltos, pivoteios e mudanças de direção características do esporte.
7. Explique a utilidade e a técnica do teste de Thompson e da manobra de Lachman.
Confira aqui a resposta
O teste de Thompson é uma avaliação rápida para observar se houve de fato uma ruptura completa do tendão. Com o paciente em decúbito ventral, realiza-se um aperto da panturrilha. O exame é considerado positivo (ruptura completa) quando o pé não realiza flexão plantar. A manobra de Lachman é utilizada para avaliar se há rotura do LCA e consiste em posicionar o joelho em um ângulo de 20 a 30 graus de flexão, estabilizar o fêmur com uma das mãos e com a mão oposta aplicar uma força de translação da tíbia. Ao comparar com o membro contralateral, o avaliador encontrará uma lassidão maior no joelho.
Resposta correta.
O teste de Thompson é uma avaliação rápida para observar se houve de fato uma ruptura completa do tendão. Com o paciente em decúbito ventral, realiza-se um aperto da panturrilha. O exame é considerado positivo (ruptura completa) quando o pé não realiza flexão plantar. A manobra de Lachman é utilizada para avaliar se há rotura do LCA e consiste em posicionar o joelho em um ângulo de 20 a 30 graus de flexão, estabilizar o fêmur com uma das mãos e com a mão oposta aplicar uma força de translação da tíbia. Ao comparar com o membro contralateral, o avaliador encontrará uma lassidão maior no joelho.
O teste de Thompson é uma avaliação rápida para observar se houve de fato uma ruptura completa do tendão. Com o paciente em decúbito ventral, realiza-se um aperto da panturrilha. O exame é considerado positivo (ruptura completa) quando o pé não realiza flexão plantar. A manobra de Lachman é utilizada para avaliar se há rotura do LCA e consiste em posicionar o joelho em um ângulo de 20 a 30 graus de flexão, estabilizar o fêmur com uma das mãos e com a mão oposta aplicar uma força de translação da tíbia. Ao comparar com o membro contralateral, o avaliador encontrará uma lassidão maior no joelho.
Critérios de retorno ao esporte
O retorno ao esporte após uma lesão é um processo crucial que requer uma abordagem cuidadosa e gradual. A participação de todos os profissionais e a definição do papel de cada um são essenciais para o ajuste das expectativas e o estabelecimento de um regresso mais assertivo. Estabelecer estratégias bem delimitadas e critérios predefinidos são cruciais para a sua efetividade.
O processo de retorno ao esporte é uma tomada de decisão compartilhada por toda a equipe, e não apenas estabelecida por um único profissional.
Os critérios de retorno podem variar dependendo do tipo de lesão, da gravidade e do contexto específico do atleta e da modalidade esportiva. É fundamental seguir alguns importantes aspectos a serem considerados ao planejar o regresso do jogador, conforme apresentado no Quadro 4.
Quadro 4
ASPECTOS DO PLANEJAMENTO DO RETORNO AO ESPORTE |
|
Alinhamento das expectativas de todas as partes |
O sucesso do processo de retorno ao esporte para o atleta é o regresso mais rápido possível às atividades; para o técnico, é o desempenho do seu jogador; para a equipe de saúde, é a segurança no retorno e a prevenção de relesão ou a ocorrência de novas lesões. |
Avaliação do risco |
Estimativa dos riscos em curto e em longo prazo diante do contexto que pode afetar o processo de retorno ao esporte. |
Resolução completa da lesão |
Restabelecimento completo do tecido afetado e restauração da função normal da estrutura. Isso pode ser determinado por meio de avaliação médica, exames de imagem e avaliação cinético-funcional. |
Ausência de dor ou desconforto significativo |
O atleta deve estar livre de desconfortos durante suas atividades. |
Restauração da função e capacidades físicas |
Restabelecimento de força, flexibilidade, estabilidade e habilidades motoras necessárias para a prática esportiva. Isso pode ser determinado com avaliação cinético-funcional pela equipe interdisciplinar e por acompanhamento contínuo. |
Retorno gradual e progressivo das atividades esportivas |
Esse tópico é fundamental para a adaptação do atleta às demandas do esporte e para minimizar o risco de relesão. Pode-se começar com atividades de baixa intensidade e complexidade (ambiente altamente controlado) e aumentando-as ao longo do tempo (ambiente altamente caótico) de acordo com as avaliações preestabelecidas. |
Abordagem psicológica |
Deve-se estar ciente das repercussões emocionais e psicológicas que podem surgir após a lesão, como medo de relesão ou falta de confiança. É necessária uma abordagem com profissionais específicos para ajudar o atleta a lidar com essas questões. |
A definição de critérios para o retorno dos atletas ao esporte, levando em consideração suas capacidades físicas e funcionais, é de suma importância para orientar os fisioterapeutas em um processo de reabilitação mais eficaz. 27 A seleção dos testes a serem aplicados deve ser cuidadosamente planejada, considerando-se a natureza específica do esporte em questão. 27
No contexto das lesões mais comuns entre os jogadores de basquete, identifica-se uma série de testes essenciais para esse estágio com base nas avaliações preestabelecidas, como pré-temporada e acompanhamento. É necessário também analisar dados quantitativos e qualitativos.27
Os principais critérios de retorno ao esporte descritos na literatura para lesões musculoesqueléticas de membros inferiores são
- avaliação da força muscular pelo dinamômetro isocinético (ISM maior que ou igual a 90%),27
- WBLT;3,21
- teste de rigidez de quadril;22
- SLBT isométrico;23
- teste de performance em prancha lateral;24
- qualidade do movimento no single squat;25
- performance dos extensores de quadril;26
- LESS;3
- equilíbrio dinâmico – Y Balance Test;3
- hop tests (single hop, triple hop, crossover hop, figure-of-eight hop, timed hop, side hop);27
- teste de salto em altura;27
- teste de agilidade em T.42,43
Além disso, são utilizados questionários para avaliação e recuperação subjetiva e prontidão psicológica para o retorno ao esporte. Dentre eles, utilizam-se27
- Internacional Knee Documentation Committee (IKDC): avalia a função do joelho, os sintomas e as habilidades esportivas relacionadas;
- Knee Injury and Osteoarthritis Outcome Score (KOOS): avalia a função do joelho, a dor, a qualidade de vida e as habilidades esportivas relacionas;
- Anterior Cruciate Ligament - Return to Sport after Injury (ACL-RSI): avalia o impacto psicológico do retorno ao esporte após a reconstrução do LCA;
- Lower Extremity Functional Score (LEFS): avalia a função de membros inferiores.
O retorno ao esporte é um processo complexo que requer critérios objetivos e uma abordagem individualizada. A avaliação adequada, incluindo a colaboração de toda a equipe médica, é essencial para garantir uma reintegração segura e eficaz. A progressão deve ser gradual, respeitando os critérios estabelecidos, com acompanhamento contínuo, priorizando a segurança, a recuperação completa e a confiança do atleta para promover um regresso bem-sucedido e a minimização dos riscos de nova lesão.
ATIVIDADES
8. Assinale a alternativa que apresenta a importância dos critérios de retorno ao esporte após uma entorse de tornozelo e os testes funcionais que são comumente utilizados para determinar esse regresso seguro.
A) Os critérios de retorno ao esporte após entorse de tornozelo são pouco relevantes, pois a maioria dos atletas volta às atividades rapidamente, independentemente de avaliações específicas. Os jogadores podem se basear em sua própria sensação de dor e conforto para voltar às quadras.
B) Os critérios de retorno ao esporte após entorse de tornozelo são importantes apenas para atletas profissionais, enquanto os amadores podem regressar sem restrições. Testes como radiografias e ressonâncias magnéticas são os mais indicados para avaliar a extensão da lesão.
C) Os critérios de retorno ao esporte após entorse de tornozelo são aplicáveis apenas a atletas que tenham sofrido lesões graves, enquanto entorses leves podem ser ignoradas. Testes funcionais, como o teste de marcha e o teste de dorsiflexão, são comuns para determinar a capacidade do atleta de retornar.
D) Os critérios de retorno ao esporte após entorse de tornozelo são fundamentais para garantir a recuperação adequada do atleta e prevenir recorrências da lesão. Testes funcionais, como o teste de equilíbrio funcional em apoio unipodal, o teste de agilidade em T, a avaliação da força e a estabilidade do tornozelo, são comumente utilizados para verificar a capacidade funcional do esportista e sua aptidão para voltar às quadras.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
O basquete possui muitos movimentos de mudança de direção e saltos. Um atleta deve voltar ao esporte após uma entorse de tornozelo sendo capaz de realizar esses movimentos com qualidade e segurança. Para um retorno seguro, pode-se utilizar como critérios testes funcionais, com equilíbrio unipodal, agilidades em T, além da avaliação de força de estabilizadores de tornozelo e exames de estabilidade, como o equilíbrio dinâmico no Y Balance Test.
Resposta correta.
O basquete possui muitos movimentos de mudança de direção e saltos. Um atleta deve voltar ao esporte após uma entorse de tornozelo sendo capaz de realizar esses movimentos com qualidade e segurança. Para um retorno seguro, pode-se utilizar como critérios testes funcionais, com equilíbrio unipodal, agilidades em T, além da avaliação de força de estabilizadores de tornozelo e exames de estabilidade, como o equilíbrio dinâmico no Y Balance Test.
A alternativa correta é a "D".
O basquete possui muitos movimentos de mudança de direção e saltos. Um atleta deve voltar ao esporte após uma entorse de tornozelo sendo capaz de realizar esses movimentos com qualidade e segurança. Para um retorno seguro, pode-se utilizar como critérios testes funcionais, com equilíbrio unipodal, agilidades em T, além da avaliação de força de estabilizadores de tornozelo e exames de estabilidade, como o equilíbrio dinâmico no Y Balance Test.
9. Sobre os critérios de Ottawa que indicam uma fratura no tornozelo, observe as afirmativas.
II. Incapacidade de carga completa no pé.
II. Presença de dor 6cm acima do maléolo medial.
III. Presença de dor 6cm acima do maléolo lateral.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".
Os critérios de Ottawa para fratura no tornozelo são — presença de dor 6cm acima do maléolo medial, presença de dor 6cm acima do maléolo lateral e incapacidade de carga completa no pé.
Resposta correta.
Os critérios de Ottawa para fratura no tornozelo são — presença de dor 6cm acima do maléolo medial, presença de dor 6cm acima do maléolo lateral e incapacidade de carga completa no pé.
A alternativa correta é a "D".
Os critérios de Ottawa para fratura no tornozelo são — presença de dor 6cm acima do maléolo medial, presença de dor 6cm acima do maléolo lateral e incapacidade de carga completa no pé.
Prevenção
Para prevenir lesões em determinado esporte, é preciso avaliar as demandas da prática exigidas do atleta, identificar quais são as principais e como elas ocorrem. No caso do basquete, elas acontecem costumeiramente por choque, intencional ou não, entre atletas.30,32
Por ser o basquete um esporte de contato, é importante que o atleta esteja preparado para choques ocasionais, desequilíbrios e mudanças abruptas de posição corporal que ocorrem durante a prática esportiva, o que pode favorecer entorses de tornozelo e joelho, principais lesões dessa modalidade.
Uma avaliação pré-temporada é capaz de analisar déficits específicos de um atleta, o que permite um tratamento individualizado desses pontos para garantir um maior acompanhamento. No entanto, para além do trabalho individual, é preciso criar estratégias que possam ser aplicadas a todo o elenco. Além do fisioterapeuta, outros profissionais da saúde atuam de forma multidisciplinar na prevenção de lesões, como nutricionista e profissionais de educação física, odontologia, medicina e psicologia do esporte.
O treinamento preventivo deve incluir, além da avaliação pré-temporada, trabalho de fortalecimento muscular e aquecimento pré-treino e pré-jogo baseados em alongamentos ativos, exercícios pliométricos, exercícios sensoriomotores e de gesto esportivo e treinamento específico para as demandas do esporte. No caso do basquete, além de tudo isso, é fundamental dar ênfase aos membros inferiores, que são as regiões comumente mais afetadas.44,45
Programa preventivo
Os programas preventivos de exposição múltipla, quando associados a exercícios de fortalecimento e treinamento sensoriomotor, com base na especificidade do esporte e nas evidências científicas para tal desfecho, mostram uma tendência significativa na redução das lesões esportivas.46
A exposição a uma variedade de exercícios também ajuda os atletas a desenvolver habilidades motoras gerais, o que pode aprimorar a capacidade de resposta do corpo a situações imprevistas e contribuir para um melhor desempenho esportivo.46
Treino sensoriomotor
O treino proprioceptivo (ou treinamento sensoriomotor) tem papel fundamental na prevenção das entorses. 47,48Consiste em trabalhos de equilíbrio a partir de superfícies estáveis para instáveis que podem progredir em termos de nível e frequência de instabilidade da superfície. 47,48
É possível utilizar plataformas com instabilidade, como disco de propriocepção ou bosu, bem como cama elástica ou até aparelhos mais complexos. 47,48 Diferentes níveis de dificuldade podem ser uma ferramenta para progressão de intensidade, como, por exemplo, exercícios com olhos fechados ou saltos com deslocamento de centro de gravidade súbitos podem ser acrescentados.47,48
Outros exercícios que até fazem parte da rotina de avaliação podem ser aplicados para treino proprioceptivo ou sensoriomotor, como equilíbrio dinâmico no Y Balance Test e os Hop Tests (por exemplo, triple hop crossover, hop test em 8 etc.). O mais importante é que os testes escolhidos pelo fisioterapeuta sejam capazes de trabalhar as diversas possibilidades de instabilidade às quais o atleta estará exposto durante a prática esportiva.
As Figuras 6A e B mostram um exemplo de exercício proprioceptivo ou sensoriomotor para o tornozelo.
FIGURA 6: A e B) Exemplo de exercício proprioceptivo ou sensoriomotor para tornozelo. Níveis de instabilidade podem ser aplicados com a utilização de outros instrumentos, como bosu e disco de propriocepção, de acordo com a progressão do exercício e a capacidade do atleta, caso necessário. // Fonte: Adaptada de Summa e Takahashi (2012). 49
A Figura 7 mostra um atleta realizando treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor sobre bosu.
FIGURA 7: Atleta realizando treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor sobre bosu para prevenção de lesões de joelho. // Fonte: Instituto Golden Centro Educacional (2023).50
ATIVIDADES
10. O que deve estar incluso em um bom treinamento preventivo para equipes de basquete?
Confira aqui a resposta
O treinamento preventivo deve incluir, além da avaliação pré-temporada, trabalho de fortalecimento muscular, aquecimento pré-treino e pré-jogo baseados em alongamentos ativos, exercícios pliométricos, exercícios sensoriomotores e de gesto esportivo e treinamento específico para as demandas do esporte. Também é importante dar ênfase especial aos membros inferiores, que são comumente mais afetados.
Resposta correta.
O treinamento preventivo deve incluir, além da avaliação pré-temporada, trabalho de fortalecimento muscular, aquecimento pré-treino e pré-jogo baseados em alongamentos ativos, exercícios pliométricos, exercícios sensoriomotores e de gesto esportivo e treinamento específico para as demandas do esporte. Também é importante dar ênfase especial aos membros inferiores, que são comumente mais afetados.
O treinamento preventivo deve incluir, além da avaliação pré-temporada, trabalho de fortalecimento muscular, aquecimento pré-treino e pré-jogo baseados em alongamentos ativos, exercícios pliométricos, exercícios sensoriomotores e de gesto esportivo e treinamento específico para as demandas do esporte. Também é importante dar ênfase especial aos membros inferiores, que são comumente mais afetados.
11. Sobre o treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor, observe as afirmativas.
I. Tem papel fundamental na prevenção das fraturas.
II. Consiste em trabalhos de equilíbrio, partindo de superfícies estáveis para superfícies instáveis e pode progredir em termos de nível e frequência de instabilidade da superfície.
III. É possível utilizar plataformas com instabilidade, como disco de propriocepção ou bosu, bem como cama elástica ou até aparelhos mais complexos.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II e a III.
D) A I, a II e a III.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".
A afirmativa I está incorreta, pois o treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor tem papel fundamental na prevenção de entorses.
Resposta correta.
A afirmativa I está incorreta, pois o treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor tem papel fundamental na prevenção de entorses.
A alternativa correta é a "C".
A afirmativa I está incorreta, pois o treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor tem papel fundamental na prevenção de entorses.
Fortalecimento muscular
Outra variável que deve ser implementada em protocolos de treinamento preventivo é o fortalecimento muscular, que é um componente imprescindível na preparação de atletas e desempenha um papel fundamental na prevenção de lesões.
O treinamento muscular tem um fator protetivo, pois melhorando a força muscular pode-se melhorar não apenas o desempenho esportivo, mas também aprimorar a capacidade de absorver e distribuir melhor as forças e os impactos que ocorrem durante a prática esportiva.
Outro aspecto importante do fortalecimento muscular é a estabilização das articulações, que contribui para uma postura mais equilibrada e uma melhor biomecânica durante o gesto esportivo, além de ser crucial para as modalidades que exigem muitos movimentos — saltos, corridas frequentes, mudanças de direção e movimentos rotacionais —, como o basquete.
Ao fortalecer grupos musculares específicos, como, por exemplo, a musculatura do core e membros inferiores, é possível a reduzir do desgaste excessivo dessas áreas, diminuindo as chances de lesão por sobrecarga e melhorando a coordenação, a resistência e a capacidade de manter uma boa técnica, fatores essenciais na prevenção de lesão.41,46,51
Um programa de fortalecimento muscular pode ser elaborado incorporando-se exercícios tanto para os membros inferiores quanto para o tronco e os membros superiores, visto que o corpo atua de maneira integrada durante a prática do basquete, visando um desempenho aprimorado. Portanto, é apropriado incluir exercícios como:
- afundo e suas variações (retrocesso, avanço);
- agachamentos (back squat, front squat, agachamento sumô);
- levantamento terra;
- elevação pélvica;
- exercícios de potência (baixa carga e alta velocidade);
- estabilização do core;
- fortalecimento de membros superiores.
O programa deve ser sempre pensado para desenvolver capacidades físicas inerentes à especificidade do esporte, nesse caso, o basquete.
Treino pliométrico
Durante os treinamentos e jogos, os praticantes/atletas realizarão atividades como salto, mudança de direção e corridas frequentes. Esses gestos dependem de uma cascata biomecânica para que possam acontecer. Os esportes utilizam o conceito pliométrico como parte dos padrões de movimentos funcionais e habilidades físicas para aumentar a capacidade do sistema neuromuscular de produzir força máxima em menor tempo possível.
Para iniciar o treinamento pliométrico, os atletas já precisam ter uma base de treinamento e uma boa percepção corporal, uma vez que ele consiste em movimentos de alta intensidade.
O treinamento pliométrico utiliza o ciclo de alongamento-encurtamento por meio de um movimento de alongamento (excêntrico) que é rapidamente seguido por um outro de encurtamento (concêntrico). 52,53
A fase excêntrica do treinamento, também conhecida como fase de pré-alongamento ou fase preparatória, consiste em alongar o fuso muscular da unidade músculo-tendão e o tecido não contrátil dentro do músculo (componentes elásticos em série e paralelos). Essa fase é baseada em três variáveis: 52,53
- magnitude do alongamento;
- taxa de alongamento;
- duração do alongamento.
A manipulação de qualquer uma dessas variáveis terá um efeito significativo na quantidade de energia armazenada durante o movimento excêntrico, o que aumentará a contração muscular na fase concêntrica resultante.52,53
O salto (Figuras 8A–D), por exemplo, exige uma capacidade pliométrica de membros inferiores e tronco para iniciar o movimento (sair do solo), capacidade de controle de core para manter estabilidade no ar (o que é importante para disputas de bola e arremesso) e capacidade de controle excêntrico e posicionamento de tronco para absorção do peso corporal durante o retorno ao solo. 52,53A mudança de direção, por outro lado, depende da capacidade de controle muscular para desacelerar o movimento, da coordenação sensoriomotora para reposicionar o corpo e da capacidade de explosão muscular para iniciar o movimento na nova direção.
FIGURA 8: A-D) Treino de salto em direção a cesta. // Fonte: Globo Esporte (2023).54
Durante o treinamento preventivo, essas atividades devem ser aplicadas com o objetivo de melhorar a capacidade de resposta neuromuscular. Elas têm como propósito aprimorar o potencial de contração excêntrica (em magnitude e duração do tempo de alongamento muscular), seguida de uma amortização, na qual há a mudança para a fase concêntrica (diminuindo o tempo de mudança de fase), levando, ao final, a uma rápida contração concêntrica (produção do movimento).4,53
Um programa de treinamento pliométrico pode ser criado utilizando exercícios tanto para membros inferiores como para tronco e membros superiores. Afinal, o corpo, durante a prática do basquete, age de forma conjunta para uma melhor performance. Assim, podem ser utilizados exercícios como
- saltos (unipodais ou bipodais, em distância, triplos, verticais, com contato no ar, laterais etc.);
- saltos no caixote;
- drop jump + salto vertical;
- flexão (push-ups) com explosão,
- fortalecimento do core
- medicine ball na parede;
- arremessos de bola (ou medicine ball) com rotação, por cima da cabeça etc.
As Figuras 9A–C mostram exemplo de treinamento com arremessos de bola.
FIGURA 9: A–C) Treinamento com arremessos de bola. // Fonte: Adaptada de Lioputra (2022);55 Lioputra (2022);56 Lioputra (2022).57
A intensidade dos treinamentos deve ser ajustada de acordo com a qualidade do desempenho, com a possibilidade de revisões semanais, quinzenais ou em outros intervalos determinados pela avaliação da equipe multidisciplinar.41,51
Programa de Prevenção de Lesão no Basquete CBB12
O protocolo FIFA 11+ já foi aplicado em atletas de baquete com respostas positivas,58 mas é preciso analisar o contexto. Esse programa foi pensado e desenvolvido com base nas características do futebol. Um dos aspectos essenciais para o efeito positivo dos projetos de prevenção é a adesão a eles. Essas estratégias não terão impacto se não forem amplamente aceitas por atletas e equipe profissional.51 Partindo desse contexto, em 2019 foi desenvolvido o Programa de Prevenção de Lesão no Basquete denominado CBB12.
O CBB12 é considerado um programa multimodal,59,60 desenvolvido com base em três pilares principais: disseminação de informações de saúde, comportamento do atleta e aquecimento guiado pré-participação da atividade.
Para a disseminação de informações de saúde foi desenvolvido um panfleto explicativo com intuito de passar os principais assuntos pertinentes à prática do basquete, levantando questões sobre comportamento do atleta, importância de fatores como a influência do sono e hidratação no esporte, principais lesões que acometem os jogadores de basquete e o que pode ser feito assim que ocorrer uma lesão esportiva até a procura por ajuda especializada.59,60
Por meio do CBB12, algumas informações de saúde no basquete são repassadas:59
- jogo limpo — o fair play jogo limpo;
- importância da hidratação no esporte;
- importância do sono no esporte;
- o que fazer nos casos de lesões/cuidados.
Para o aquecimento guiado pré-participação da atividade foi desenvolvido um cartaz explicativo contendo 27 exercícios subdivididos em três partes e diferentes níveis de dificuldade. A parte um envolve exercícios de corrida, a parte dois abrange movimentos de força, equilíbrio e pliometria e a parte três é composta de testes de corrida mais intensos, reatividade e agilidade, tudo com base na especificidade do basquete. A duração média da execução do aquecimento gira em torno de 20 a 30 minutos.59,60
O local de aplicação do aquecimento guiado pré-participação da atividade é o mesmo ambiente dos treinamentos; portanto, o seu controle é fundamental para melhor execução do aquecimento.
As partes um e três do aquecimento, que são testes de corrida, são realizadas com cinco pares de cones distribuídos ao longo da quadra, com uma distância de 2 a 4m. A parte dois, que são exercícios de equilíbrio, fortalecimento e pliometria, é composta por colchonetes dispostos no chão, bola de basquete e elástico miniband para cada atleta.59,60
A Figura 10 ilustra a organização do ambiente para o aquecimento.
FIGURA 10: Organização do ambiente para execução do aquecimento. // Fonte: Adaptada de Silva (2019).59
O programa de prevenção de lesões foi desenvolvido para ser uma alternativa de condutas preventivas para times e atletas de basquete, principalmente para aqueles que não conseguem realizar uma avaliação prévia e individualizar as intervenções.
As Figuras 11A-D mostram exemplos de execução do CBB12.
FIGURA 11: A-D) Exemplos de execução do CBB12. // Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
ATIVIDADES
12. É possível utilizar o programa FIFA 11+ para prevenir lesões no basquete?
A) Sim, apesar de o programa nunca ter sido implementado, toda ferramenta pode ser útil.
B) Sim, pois o programa já foi testado em atletas de basquete com bons resultados.
C) Não, pois o programa criado para o futebol não pode ser transferido para outro esporte.
D) Sim, já que tanto futebol quanto basquete são esportes que utilizam uma bola.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".
O FIFA11+ já foi testado em equipes profissionais de basquete com resultados satisfatórios para prevenção de lesões nesses atletas e é uma ferramenta de fácil utilização e baixo custo.
Resposta correta.
O FIFA11+ já foi testado em equipes profissionais de basquete com resultados satisfatórios para prevenção de lesões nesses atletas e é uma ferramenta de fácil utilização e baixo custo.
A alternativa correta é a "A".
O FIFA11+ já foi testado em equipes profissionais de basquete com resultados satisfatórios para prevenção de lesões nesses atletas e é uma ferramenta de fácil utilização e baixo custo.
13. Assinale a alternativa que apresenta o funcionamento do ciclo de alongamento–contração na pliometria.
A) Contração concêntrica do músculo para realização do movimento seguida de contração excêntrica para absorção de carga.
B) Alongamento estático por 30 segundos seguido de uma contração voluntária máxima para gerar força necessária para execução da atividade.
C) Contração excêntrica do músculo seguida de amortização ou mudança de fase excêntrica para fase concêntrica e, após realização de rápida contração concêntrica do músculo.
D) Contração concêntrica, relaxamento, contração excêntrica e contração isométrica de menos 2 segundos.
Confira aqui a resposta
Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".
O ciclo de alongamento–contração ocorre pela contração excêntrica do músculo (contração em alongamento) seguida de uma amortização, em que há a mudança da fase excêntrica do músculo para fase concêntrica, levando, ao final, a uma rápida contração concêntrica do músculo.
Resposta correta.
O ciclo de alongamento–contração ocorre pela contração excêntrica do músculo (contração em alongamento) seguida de uma amortização, em que há a mudança da fase excêntrica do músculo para fase concêntrica, levando, ao final, a uma rápida contração concêntrica do músculo.
A alternativa correta é a "C".
O ciclo de alongamento–contração ocorre pela contração excêntrica do músculo (contração em alongamento) seguida de uma amortização, em que há a mudança da fase excêntrica do músculo para fase concêntrica, levando, ao final, a uma rápida contração concêntrica do músculo.
Conclusão
O desenvolvimento do basquete impulsionou a realização de estudos voltados para o cuidado aprimorado dos atletas com o objetivo de oferecer tratamentos personalizados e eficazes. Cuidar do atleta engloba diversas etapas, desde o diagnóstico preciso da lesão até o treinamento para o retorno seguro ao esporte, além de um programa de prevenção de lesões.
Cada fase da reabilitação apresenta seus desafios, e o fisioterapeuta tem o papel de identificar e tratar de forma individualizada as necessidades específicas de cada atleta. Além disso, é fundamental implementar um planejamento de prevenção de lesões para equipes de basquete, independentemente do nível competitivo. Esse planejamento deve incluir avaliações pré-temporada, treinamento dos fatores de riscos identificados, desenvolvimento de habilidades físicas — desde o aprimoramento do gesto esportivo até técnicas de exercícios pliométrico —, tudo com base na especificidade do basquete e individualidade do atleta.
Para obter o melhor desempenho possível durante a temporada, o atleta deve contar com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, educadores físicos, nutricionistas e psicólogos esportivos, dentre outros profissionais, garantindo uma abordagem completa e integrada. Com as ferramentas e conhecimentos adquiridos, os profissionais poderão desenvolver competências e oferecer um cuidado excepcional aos esportistas, promovendo sua saúde, sua performance e seu bem-estar.
Atividades: Respostas
RESPOSTA: O aumento das lesões no basquete ao longo do tempo pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o aprimoramento das habilidades dos jogadores, a intensificação da competitividade, as mudanças nas regras, a evolução dos equipamentos esportivos e o maior número de praticantes. Esses fatores estão relacionados ao aumento das lesões agudas, como entorses de tornozelo e lesões nos ligamentos do joelho, e das contusões crônicas por sobrecarga, como tendinopatias e sobrecargas musculares, devido à especificidade do basquete, que apresenta alto grau de contato e mudanças bruscas de direção, principalmente.
Comentário: A afirmativa I está incorreta, pois as entorses de tornozelo são as lesões agudas mais comuns no basquete.
Resposta: A avaliação cinético-funcional é uma ferramenta valiosa que permite identificar o perfil de risco de cada atleta, detectando lesões prévias, assimetrias ou desequilíbrios musculoesqueléticos que podem predispor a lesões esportivas. Ao considerar a especificidade do basquete, foram selecionados os testes mais relevantes para esse processo e a avaliação e o treinamento de toda a equipe para esse momento. Aspectos como a rigidez dos tornozelos e quadris são cruciais, devido às mudanças bruscas de direção e saltos no esporte, e é fundamental compreender a repercussão da diminuição da mobilidade nessas regiões no corpo. Além disso, é essencial realizar avaliações qualitativas dos movimentos-chave, como agachamentos e saltos bipodais e unipodais, para identificar padrões disfuncionais. A análise da função muscular, com foco na estabilização e na força, é outro ponto fundamental. Por meio dessas avaliações personalizadas, é possível desenvolver estratégias de intervenção individualizadas, visando otimizar o desempenho dos atletas e prevenir lesões, garantindo um desempenho seguro e bem-sucedido no basquete.
RESPOSTA: A lesão do LCA é mais evidente em atletas de basquete e mulheres devido a uma combinação de fatores biomecânicos, hormonais e anatômicos. No basquete, os movimentos de mudança brusca de direção, saltos e aterrisagens podem sobrecarregar o ligamento, aumentando o risco de lesões. Além disso, a influência hormonal, como a menor produção de estrógeno em mulheres durante o ciclo menstrual, por exemplo, pode afetar a força muscular e a estabilidade articular e contribuir para a maior incidência desse tipo de contusão. A anatomia dos joelhos femininos, com maior angulação do quadril e valgo dinâmico do joelho, também pode ser um fator de risco. Programas de treinamento específicos que visam fortalecer os músculos estabilizadores e ensinar técnicas de movimentos adequadas podem ajudar a reduzir o risco de lesões do LCA em praticantes de basquete, especialmente em mulheres. Além disso, é importante ter um bom controle de carga associado ao ciclo menstrual e um calendário de competições e treinamentos.
Comentário: A SDPF é caracterizada por presença de dor à palpação em região peri ou retropatelar e em atividades como agachar, saltar, correr e subir ou descer escadas. Ela pode estar ou não relacionada à instabilidade patelar e presença de valgo dinâmico.
Comentário: Apesar de áreas como quadril, coluna, ombro e rosto sofrerem lesões no basquete, as principais contusões acontecem no tornozelo e joelho, devido a saltos, pivoteios e mudanças de direção características do esporte.
Resposta: O teste de Thompson é uma avaliação rápida para observar se houve de fato uma ruptura completa do tendão. Com o paciente em decúbito ventral, realiza-se um aperto da panturrilha. O exame é considerado positivo (ruptura completa) quando o pé não realiza flexão plantar. A manobra de Lachman é utilizada para avaliar se há rotura do LCA e consiste em posicionar o joelho em um ângulo de 20 a 30 graus de flexão, estabilizar o fêmur com uma das mãos e com a mão oposta aplicar uma força de translação da tíbia. Ao comparar com o membro contralateral, o avaliador encontrará uma lassidão maior no joelho.
Comentário: O basquete possui muitos movimentos de mudança de direção e saltos. Um atleta deve voltar ao esporte após uma entorse de tornozelo sendo capaz de realizar esses movimentos com qualidade e segurança. Para um retorno seguro, pode-se utilizar como critérios testes funcionais, com equilíbrio unipodal, agilidades em T, além da avaliação de força de estabilizadores de tornozelo e exames de estabilidade, como o equilíbrio dinâmico no Y Balance Test.
Comentário: Os critérios de Ottawa para fratura no tornozelo são — presença de dor 6cm acima do maléolo medial, presença de dor 6cm acima do maléolo lateral e incapacidade de carga completa no pé.
RESPOSTA: O treinamento preventivo deve incluir, além da avaliação pré-temporada, trabalho de fortalecimento muscular, aquecimento pré-treino e pré-jogo baseados em alongamentos ativos, exercícios pliométricos, exercícios sensoriomotores e de gesto esportivo e treinamento específico para as demandas do esporte. Também é importante dar ênfase especial aos membros inferiores, que são comumente mais afetados.
Comentário: A afirmativa I está incorreta, pois o treinamento proprioceptivo ou sensoriomotor tem papel fundamental na prevenção de entorses.
Comentário: O FIFA11+ já foi testado em equipes profissionais de basquete com resultados satisfatórios para prevenção de lesões nesses atletas e é uma ferramenta de fácil utilização e baixo custo.
Comentário: O ciclo de alongamento–contração ocorre pela contração excêntrica do músculo (contração em alongamento) seguida de uma amortização, em que há a mudança da fase excêntrica do músculo para fase concêntrica, levando, ao final, a uma rápida contração concêntrica do músculo.
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Referência Recomendada
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Autores
MARINA STEFANI SOUZA DA SILVA // Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Brasília (UnB). Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe). Mestra em Ciências da Saúde Aplicada ao Esporte e à Atividade Física pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
THIAGO MELO MALHEIROS DE SOUZA // Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Fisioterapia Esportiva pela Sonafe. Mestre em Ciência do Movimento Humano e Reabilitação pela Unifesp.
Como citar a versão deste documento
Silva MSS, Souza TMM. Atuação do fisioterapeuta esportivo na prevenção e no tratamento das principais lesões do basquete. In: Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física; Bonetti LV, Bezerra MA, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia Esportiva e Atividade Física: Ciclo 13. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2024. p. 11–49. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2). https://doi.org/10.5935/978-85-514-1226-8.C0001