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INTERVENÇÕES PARA A MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS

Isabelle Patriciá Freitas Soares Chariglione

Angela Maria Sacramento

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • compreender o desenvolvimento histórico e o estabelecimento do conceito de intervenções para idosos;
  • diferenciar as intervenções para idosos;
  • definir metas para diferentes tipos de intervenções;
  • entender o efeito de intervenções unimodais e combinadas;
  • identificar o tipo de intervenção ou combinação mais indicada para cada caso.

Esquema conceitual

Introdução

Confira aqui os slides deste capítulo

Slides aqui

Na atualidade, entende-se a limitação das intervenções da terapêutica farmacológica utilizada no tratamento das pessoas idosas, na medida em que os mecanismos farmacocinéticos tradicionais se reduzem ao controle temporário da sintomatologia associada ao percurso degenerativo da patologia. Diante desses limites, assistiu-se, nos últimos anos, a um redirecionamento de focos investigacionais, com a exploração da eficácia de terapias não farmacológicas no retardar da progressão dos quadros de compromisso cognitivo ou até mesmo na prevenção do desenvolvimento de transtornos neurocognitivos.

Quanto às intervenções não farmacológicas, diversos tipos têm sido utilizados na atualidade para a promoção de qualidade de vida no idoso. Entende-se que, no processo de envelhecimento, essa população pode ser acometida por questões das mais diversas esferas, como questões psicológicas, cognitivas, físicas, funcionais, entre outros. Ao mesmo tempo, sabe-se que, nessa fase do desenvolvimento, os idosos podem manter ou até mesmo aprimorar determinadas funções/habilidades, o que repercute nas suas questões comportamentais.

Assim, estudiosos têm se dedicado, especialmente nesses últimos anos, a propor e verificar intervenções que tragam benefícios em diferentes aspectos na vida do idoso e que, consequentemente, melhorem sua qualidade de vida. Assim, torna-se cada vez mais importante dimensionar os cenários de intervenção terapêutica que influenciam positivamente o envelhecimento e a qualidade de vida.

Porém, a literatura de maneira geral apresenta algumas incongruências no que se refere aos tipos de intervenções. Na atualidade, ainda são verificadas dificuldades quanto às definições e escolhas metodológicas das intervenções. Assim, será proposta, neste capítulo, uma explicação histórica e conceitual dos termos, bem como o que os diferencia enquanto metodologias de intervenção e expectativa de resultados.

Entender sobre as intervenções e os seus objetivos se faz primordial dentro de uma escolha clínica ou de pesquisa. O efeito dessas intervenções propostas de maneira unimodal ou combinada e o que os estudos mais recentes têm demonstrado em termos de benefícios são questões importantes em um cenário no qual o psicólogo ou neuropsicólogo deverá escolher o tipo de intervenção, baseando-se em estratégias e resultados.

No entanto, vale destacar que as reflexões e os resultados que aqui serão apresentados devem ser interpretados com ponderação, visto que poucos estudos foram realizados com idosos brasileiros e que existe uma variabilidade metodológica no que se refere ao tipo, tempo, frequência e medidas de desempenho que não permitem (ainda) uma conclusão mais generalista dessa discussão. Assim, estudos metodologicamente bem desenhados, controlados, com critérios cuidadosos no modo de combinação, dosagem, definição, grupos de comparação, seleção de resultados e acompanhamento de longo prazo se fazem necessários para ampliar a discussão sobre os efeitos dessas intervenções em idosos.

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