Entrar

LESÃO IATROGÊNICA DAS VIAS BILIARES: COMO EVITAR

Klaus Steinbruck

Marcelo Enne

Renato Cano

epub-PROACI-C17V2_Artigo5

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer a importância de evitar as lesões iatrogênicas das vias biliares (LIVBs);
  • identificar as medidas técnicas a serem tomadas para evitar as LIVBs.

Esquema conceitual

Introdução

A cirurgia da vesícula biliar é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em todo o mundo. O grau de dificuldade pode variar desde casos muito “simples”, realizados em poucos minutos, até casos em que existe importante grau de inflamação aguda ou crônica, sem visualização adequada das importantes estruturas anatômicas existentes naquela região. Atualmente, a maioria dos casos, nos grandes centros, é realizada pela via videolaparoscópica.

A colecistectomia videolaparoscópica (CVL) foi introduzida na prática cirúrgica nos anos 1990 e foi logo considerada o tratamento de escolha para a colecistolitíase sintomática. Quando comparada com a cirurgia convencional por laparotomia, a CVL apresentava claros benefícios, como menor dor pós-operatória, menor tempo de internação e melhores resultados estéticos.1

Apesar das vantagens, a difusão da técnica laparoscópica levou ao aumento na incidência de lesões biliares.2 Mesmo com o refinamento da técnica operatória nas últimas três décadas, as LIVBs continuam a ocorrer com incidência superior à colecistectomia convencional (0,6 versus 0,3 respectivamente).3,4 Se considerarmos que são feitas em torno de 600 mil CVLs por ano nos Estados Unidos, são mais de 3 mil novos casos por ano de LIVBs, só nesse país, gerando um custo social e econômico muito alto.3,5

Frequentemente, as LIVBs estão associadas a novas operações, longo período de recuperação, faltas ao trabalho e diminuição da qualidade de vida, e sobrevida em longo prazo.6,7 Dependendo do tipo de lesão e do momento em que foi identificada, as consequências podem variar desde o reparo intraoperatório até a necessidade de transplante hepático e, em casos mais graves, o óbito do paciente.7,8

Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
Já tem uma conta? Faça login