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TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS ASSOCIADA À TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA ABORDAGEM DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

José Flavio Gomes Marin

Júlia de Oliveira Xavier Ramos

Ana Emília Teixeira Brito

Simone Cristina Soares Brandão

Bruno Felipe Vieira Zacarias

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • expor uma visão geral sobre os padrões fisiológicos e benignos de captação da fluordeoxiglicose (FDG) na região da cabeça e do pescoço;
  • listar as principais indicações da tomografia por emissão de pósitrons associada à tomografia computadorizada (PET-CT) com flúor-18 fluordeoxiglicose (18F-FDG) no carcinoma espinocelular (CEC);
  • reconhecer o valor da 18F-FDG PET-CT no diagnóstico do sítio neoplásico no tumor primário oculto (TPO);
  • descrever o papel da 18F-FDG PET-CT no estadiamento e no reestadiamento do câncer de cabeça e pescoço (CCP);
  • identificar as causas de falso-negativos e falso-positivos da 18F-FDG PET-CT no contexto da avaliação do CCP.

Esquema conceitual

Introdução

Videoaula sobre o capítulo

O CCP engloba um grupo extenso e heterogêneo de tumores situados entre a abertura torácica superior e a base do crânio. O CCP pode afetar mucosas da cavidade oral, faringe, laringe, seios paranasais, glândulas salivares e tireoide.1

Devido às mudanças comportamentais globais, como a redução do tabagismo, o número de casos desse tipo de câncer provocado pelo tabaco vem diminuindo gradualmente, enquanto a incidência de lesões relacionadas a infecções prévias pelo papilomavírus humano (HPV) vem aumentando.1,2

No contexto do CCP, a 18F-FDG PET-CT pode ser um método de grande utilidade para

  • diagnóstico primário;
  • estadiamento;
  • planejamento de intervenções;
  • avaliação de resposta ao tratamento;
  • avaliação de recorrência tumoral.

A 18F-FDG PET-CT não contribui apenas para aumentar a precisão diagnóstica nesses cenários, mas também para refinar os critérios de seleção para os diversos tratamentos e melhorar a avaliação prognóstica dos pacientes. Dada a ampla possibilidade de tratamentos e intervenções locais e sistêmicas em casos de CCP, a realização desse exame deve integrar, de forma multidisciplinar, os vários especialistas envolvidos no cuidado dos pacientes. A potencial ocorrência de distorções anatômicas e funcionais (como, por exemplo, cirurgia ou quimioterapia) deve ser levada em consideração, tanto para definição do melhor momento para indicação do exame como para a interpretação dos achados.3

Este capítulo aborda, didaticamente, o carcinoma de células escamosas (CCE) de origem epitelial — também conhecido como CEC, como principal representante do CCP. Não serão abordadas outras neoplasias (como, por exemplo, aquelas da tireoide) que, apesar de serem originadas na região cervical, possuem características fenotípicas e fisiopatológicas muito distintas.

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