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LOMBALGIAS

Autor: Fábio Jennings
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  • Introdução

A lombalgia ou dor lombar é uma das dez principais causas de procura por um médico generalista e tem uma incidência ao longo da vida em torno de 85%. As formas mais comuns de lombalgia são as inespecíficas e as causas mecânicas (como discopatia degenerativa, osteoartrite facetária, hérnia discal, estenose de canal, espondilolistese, etc.) e representam em torno de 97% dos casos.

Menos comuns são as lombalgias de causas inflamatórias (como as espondiloartrites), as infecciosas e as de causas neoplásicas. A lombalgia comumente é classificada como aguda (até 6 semanas), subaguda (de 6 a 12 semanas) ou crônica (duração superior a 12 semanas). Contudo, a maioria dos casos se resolve dentro de um mês e os pacientes nem chegam a procurar ajuda médica.1

Os principais fatores de risco para a lombalgia inespecífica são:

 

  • trabalhos com levantamento de peso;
  • tabagismo;
  • obesidade;
  • sintomas depressivos.

O diagnóstico de lombalgia é fundamentalmente clínico, quando o médico deverá identificar os sinais de alerta para outras condições mais graves, como fraturas, infecção e malignidades. Nesses casos, os exames de imagem, especialmente a RNMressonância nuclear magnética, assumem papel importante na elucidação etiológica. A maioria dos guias de recomendação desestimula exames complementares na avaliação inicial e na ausência de sinais de alerta.2

Ciática é o termo que se refere à dor na distribuição do nervo ciático, e aproximadamente 85% dos pacientes com ciática, após a exclusão de estenose lombar, de espondilolistese e de fratura, têm achado de disco intervertebral herniado. Herniação refere-se ao deslocamento do material discal além dos limites normais do espaço discal.

A radiculopatia relacionada ao disco parece ser um processo mecânico e bioquímico, pois o contato do núcleo pulposo com a raiz nervosa provoca um processo inflamatório que pode ser necessário para que a compressão mecânica provoque dor. A maioria dos casos de ciática ocorrem por herniação discal nos níveis L4-L5 e L5-S1.3

Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os aspectos clínicos de lombalgia e de lombociatalgia;
  • estabelecer o diagnóstico das lombalgias inespecíficas e das mecânicas e das lombociatalgias;
  • prescrever o tratamento para lombalgia e para lombociatalgia.
  • Esquema conceitual
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