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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 1 — CICLO 6

Autor: Elvino José Guardão Barros
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SUPLEMENTO

SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 1 — CICLO 6

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 6 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTPangioplastia coronariana transluminal percutânea

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

ampampola

Ampola

AVatrioventricular

Atrioventricular

AVEacidente vascular encefálico

Acidente vascular encefálico

cprcomprimido

Comprimido(s)

cpscápsula

Cápsula(s)

DMdiabete melito

Diabete melito

DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drgdrágea

Drágea(s)

frfrasco

Frasco(s)

frfrasco-ampampola

Frasco-ampola(s)

HAShipertensão arterial sistêmica

Hipertensão arterial sistêmica

IAMinfarto agudo do miocárdio

Infarto agudo do miocárdio

ICCinsuficiência cardíaca congestiva

Insuficiência cardíaca congestiva

IHinsuficiência hepática

Insuficiência hepática

IMintramuscular

Intramuscular

IMAOinibidor da monoaminaoxidase

Inibidor da monoaminaoxidase

IRinsuficiência renal

Insuficiência renal

ITUinfecção do trato urinário

Infecção do trato urinário

IVintravenoso

Intravenoso

SFsoro fisiológico

Soro fisiológico

SGsoro glicosado

Soro glicosado

SNCsistema nervoso central

Sistema nervoso central

TEPtromboembolismo pulmonar

Tromboembolismo pulmonar

TTPatempo de tromboplastina parcial ativado

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVPtrombose venosa profunda

Trombose venosa profunda

VOvia oral

Via oral

 

Acetaminofeno (paracetamol)

Grupo farmacológico. Analgésico e antitérmico, pouca a atividade anti-inflamatória. Bloqueia a condução nociceptiva dos quimiorreceptores sensíveis à bradicinina.

Apresentações. Comprimido de 500mg; comprimidos revestidos de 650 e 750mg; solução oral (gotas) com 100 ou 200mg/mL em frascos de 15, 20mL; solução oral com 32mg/mL em 60mL; sachês pó de 500mg para chás com sabor; comprimido de 500mg (associado com cafeína 65mg); 500mg (associado com 30mg de pseudoefedrina).

Usos. Alívio da dor leve e da febre.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 500-1.000mg, a cada 4-6 h (máximo de 4 g/dia ou 90mg/kg/dia). Doses superiores a esta são de pouco benefício, considerando a curva de dose-resposta.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com 1 copo (250mL) de água. Recomenda-se que as gotas sejam diluídas em volume adequado de água para administração.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar solução oral via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano: poderá ocorrer diminuição no clearance do bussulfano; monitorar efeitos.
  • Cloranfenicol: poderá favorecer efeitos tóxicos do cloranfenicol (hipotensão, vômitos, hipotermia).
  • Colestiramina, exenatida, carbamazepina, isoniazida, fenitoína, zidovudina: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade do paracetamol, diminuindo seus efeitos e aumentado o risco de hepatotoxicidade.
  • Lamotrigina: o paracetamol poderá diminuir os efeitos da lamotrigina.
  • Varfarina: monitorar risco de sangramento.

Lactação. Compatível.

 

Ácido Acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cprcomprimido de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; prevenção e tratamento das síndromes coronarianas agudas; terapia adjuvante nos procedimentos de revascularização (bypass coronariano, angioplastia, endarterectomia de carótidas); cardiopatia isquêmica e AVEacidente vascular encefálico; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática; trombose vascular periférica; fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); portadores de prótese valvular cardíaca; prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita A de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 325-650mg a cada 4-6 horas (máximo 4g/dia). Antiinflamatório: iniciar com 2,4-3,6 g/dia em doses divididas, dose de manutenção 3,6-5,4 g/dia em doses divididas. Síndromes coronarianas agudas: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2 h antes do procedimento. Angina estável: 75-100mg/1x/dia. Fase aguda do AVEacidente vascular encefálico isquêmico: 160-325mg em até 48 horas após o início dos sintomas. Prevenção do AVC isquêmico: 75-100mg/1x/dia. Estenose de artéria carótida: 75-100mg/1x/dia. Doença arterial periférica: 75-100mg/1x/dia. Prevenção da pré-eclâmpsia: 75-100mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cprcomprimido normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Amilorida (Associado com hidroclorotiazida ou clortacidona)

Grupo farmacológico. Diurético, poupador de potássio.

Apresentações. Comp 5 + 50mg e 2,5 + 25mg.

Usos. Indução de diurese no tratamento de hipertensão ou edema contínuo, cirrose hepática, hipoaldosteronismo.

Contraindicações. Hipersensibilidade a amilorida, hipercalemia.

Posologia.

  • Adultos: 5-10mg/dia em 1-2 doses; máximo 20mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com alimentos ou leite.
  • Via sonda: o cprcomprimido pode ser macerado e diluído em volume adequado de água para a administração (uso imediato) ou pode ser utilizada a suspensão extemporânea oral (1mg/mL). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina, tacrolimus: uso concomitante poderá causar hipercalemia.
  • Digoxina: uso concomitante poderá diminuir os efeitos da digoxina.
  • Metformina: uso concomitante poderá aumentar a concentração plasmática de metformina.
  • Carbonato de lítio: uso concomitante poderá aumentar a concentração plasmática de lítio.

Lactação. Não recomendado.

 

Apixabana

Grupo farmacológico. Inibidor do fator Xa.

Apresentação. Cpr revestidos de 2,5mg.

Usos. Prevenção de fenômenos tromboembólicos venosos em doentes adultos que foram submetidos à artroplastia eletiva da anca ou do joelho.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula, insuficiência hepática, pacientes com risco de hemorragia.

Posologia.

  • Adultos: a dose recomendada é de 1 cprcomprimido 2x/dia, VOvia oral. A dose inicial deve ser tomada 12 a 24h após a cirurgia. Pacientes submetidos à artroplastia de quadril: a duração do tratamento recomendada é de 32 a 38 dias. Pacientes submetidos à artroplastia de joelho: a duração do tratamento recomendada é de 10 a 14 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: Deve ser administrado com água sem considerar as refeições.

Interações medicamentosas.

  • Anticoagulantes orais: uso concomitante pode causar hemorragias.

Lactação. Não recomendado.

 

Azatioprina

Grupo farmacológico. Agente citostático; antagoniza o metabolismo das purinas e pode inibir a síntese de DNA, RNA e proteínas; imunossupressor.

Apresentação. Cpr de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição do transplante renal, artrite reumatoide ativa, nefrite lúpica e em várias glomerulopatias.

Contraindicação. Gestação.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com 3-5mg/kg, 1x/dia; manutenção: 1-3mg/kg, 1x/dia, em dose única diária. Artrite reumatoide: iniciar com 1mg/kg, 1x/dia, ou a mesma dose, em 2 tomadas, por 6-8 semanas; aumentar 0,5mg/kg a cada 4 semanas até obter resposta clínica ou até 2,5mg/kg/dia. Nefrites: 2mg/kg/dia para dose de ataque.

Modo de administração.

  • Via oral: os cprcomprimido devem ser ingeridos após as refeições.
  • Via sonda: os cprcomprimido podem ser dissolvidos em água fria e administrados imediatamente via sonda. Pode-se preparar uma susp oral a partir dos cprcomprimido para facilitar a administração por essa via. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Enalapril, captopril: podem desencadear asma grave ou mielossupressão.
  • Bloqueadores neuromusculares: os efeitos desses medicamentos podem ser reduzidos.
  • Alopurinol, trastuzumabe, sulfametoxazol/trimetoprima: podem aumentar os níveis séricos da azatioprina, favorecendo o aparecimento de náusea, vômito, anemia ou leucopenia.
  • Mercaptopurina, natalizumabe, metotrexato e vacinas (vírus vivo): a azatioprina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Ciclosporina, varfarina, femprocumona: podem ter seus efeitos reduzidos pela presença da azatioprina.

Lactação. Não recomendado.

 

Carbamazepina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos de 200 e 400mg. Comprimidos revestidos de liberação controlada de 200 e 400mg. Suspensão oral 20mg/mL em 100mL; cpscápsula de 200 e 400mg.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas), crises generalizadas primárias tônico-clônicas, mania aguda, neuralgia do trigêmio e do glossofaríngeo. Carbamazepina não é eficaz em crises de ausências, crises mioclônicas e crise convulsiva febril.

Contraindicações. Supressão de medula óssea, bloqueio átrio-ventricular, porfiria aguda intermitente, doença hepática significativa, gestação (categoria de risco D). A carbamazepina não deve ser utilizada com inibidores da MAO.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg a 200mg, 1 ou 2x/dia; aumentar 200mg/dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos; a dose usual é de 400-1.200mg/dia, dividida em 2-4 doses. Em alguns pacientes, dependendo da tolerabilidade, doses de até 2.400mg/dia podem ser adequadas. Idosos: iniciar com 100mg/1-2x/dia; aumentar 100mg/ dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir o comprimido sem mastigar ou a solução oral, durante ou logo após as refeições, com muito líquido. A presença de alimentos ajuda a diminuir os sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos de liberação imediata dispersam-se facilmente em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a suspensão oral por essa via. Recomenda-se diluir a suspensão oral em volume adequado de água para diminuir a viscosidade e a aderência ao material da sonda; também deve-se promover adequada irrigação do tubo antes e após a administração do medicamento a fim de evitar perdas do fármaco. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Darunavir, nilotinibe, voriconazol: deve-se evitar o uso concomitante.
  • Clomipramina, antidepressivos, desmopressina, lítio, fenitoína: poderão ter seus níveis séricos aumentados, podendo desencadear quadro de toxicidade.
  • Alopurinol, fluconazol, cimetidina, dasatinibe, isoniazida, lamotrigina, sertralina: poderão aumentar os níveis séricos da carbamzepina, devendo-se monitorar esses valores.
  • Ácido valproico: pode interferir nos níveis séricos da carbamazepina, reduzindo-os.
  • Paracetamol, caspofungina, clozapina, ciclosporina, darunavir, doxorrubicina, haloperidol, lamotrigina, mebendazol, metadona, nilotinibe, anticoncepcionais orais, fenitoína, risperidona, sertralina, fluoxetina, topiramato, nortriptilina, ziprazidona, ácido valproico: a carbamazepina reduz os níveis séricos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Carvedilol

Grupo farmacológico. Bloqueador dos receptores alfa e beta-adrenérgicos, anti-hipertensivo.

Apresentações. Comprimidos simples e comprimidos de absorção retardada de 3,125; 6,25; 12,5 e 25mg.

Usos. HAShipertensão arterial sistêmica e ICCinsuficiência cardíaca congestiva.

Contraindicações. Bradicardia grave, bradiarritmias, bloqueio de 2º ou 3º graus sem marca-passo, asma brônquica, ICCinsuficiência cardíaca congestiva sintomática, choque cardiogênico. Não é recomendado quando houver doença hepática ativa, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: HAShipertensão arterial sistêmica: 12,5-50mg, VOvia oral, a cada 12 h. ICCinsuficiência cardíaca congestiva: 3,125-25mg, VOvia oral, a cada 12 h. Se bem tolerada, a dose deve ser dobrada a cada 2 semanas e assim progressivamente até uma dose máxima de 25mg/2x/dia. O objetivo da terapêutica betabloqueadora na ICCinsuficiência cardíaca congestiva é a obtenção da dose máxima tolerada (25mg/2x/dia), que, comprovadamente, reduz mortalidade e melhora a fração de ejeção em comparação com doses menores (6,25mg e 12,5mg/2x/dia). Dose máxima: < 85 kg-50mg/dia; > 85 kg-100mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, pois minimiza os efeitos de hipotensão ortostática.
  • Via sonda: os comprimidos dispersam-se facilmente em água (uso imediato).Também pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos para facilitar a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amifostina, clorpromazina, digoxina, ciclosporina, insulina, lidocaína, rituximabe, topotecano: o carvedilol pode desencadear aumento nos níveis séricos desses medicamentos.
  • Amiodarona, clorpromazina, cimetidina, darunavir, diazóxido, dipiridamol, fluoxetina: os níveis séricos do carvedilol podem aumentar na presença desses medicamentos.
  • Teofilina: há redução na concentração plasmática da teofilina.
  • Metilfenidato, AINEs, rifampicina: interferem na concentração sérica do cervedilol, reduzindo-a.

Lactação. Não recomendado.

 

Cefalexina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico, cefalosporina de 1ª geração.

Apresentações. Comprimidos revestidos e drágeas com 500 ou 1.000mg. Cápsulas de 250 e 500mg. Suspensão oral com 250mg/5mL em frascos de 60 e 100mL.

Usos. Infecções urinárias, infecções de pele e de tecidos moles e infecções das vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos – acima de 40 kg: 250-500mg, a cada 6 h, dose máxima de 4 g/dia.
  • Cistite não complicada (> 15 anos): 500mg a cada 12 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 500mg a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 2g, 1 h antes do procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum (1 h antes ou 2 h após os alimentos), pois há retardo para se atingir a concentração máxima sérica do medicamento. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos. Em caso de problemas de deglutição, as cápsulas podem ser abertas e seu pó e os comprimidos podem ser dissolvidos em água fria (10mL) para uso imediato.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral via sonda; pode-se misturá-la em água para diminuir a viscosidade do medicamento. Os comprimidos podem ser dispersos em água fria para uso imediato (possível risco de obstrução da sonda). Preferencialmente, abrir as cápsulas e dissolver o pó em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: aumentam os níveis séricos da cefalexina.
  • Metformina: poderá desencadear aumento nos níveis plasmáticos da metformina, levando a efeitos adversos (náuseas, vômitos, cefaleia, diarreia).
  • Colestiramina: o uso concomitante poderá reduzir os níveis plasmáticos da cefalexina.

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Celecoxibe

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório não esteroide; inibidor seletivo da COX-2.

Apresentações. Cápsulas de 100 e 200mg.

Usos. Alívio dos sintomas e sinais de osteoartrite e artrite reumatoide; alívio de dor aguda e dismenorreia primária; redução do número de pólipos adenomatosos colorretais em poliposes adenomatosas familiares.

Contraindicações. Gestação no 3º trimestre (categoria de risco D), analgesia pós-operatória de cirurgia cardíaca de revascularização.

Posologia.

  • Osteoartrite: 200mg/dia, em dose única ou dose dividida. Artrite reumatoide: 100-200mg/2x/dia. Espondilite anquilosante: 200mg/dia em dose única ou em dose dividida, se não houver efeito em 6 semanas, aumentar a dose para 400mg/dia. Analgesia aguda e dismenorreia primária: dose inicial de 400mg, seguida de uma dose de 200mg, se necessária, no primeiro dia; dose de manutenção, se necessária, de 200mg/2x/dia. Polipose adenomatosa familiar: 400mg/2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. Doses de até 200mg podem ser administradas sem a presença de alimentos; mas em doses de 400mg, a presença de alimentos favorece a absorção do medicamento. As cápsulas podem ser abertas e seu conteúdo misturado em papa de maçã; a mistura deve ser utilizada dentro de 6 horas sob refrigeração.
  • Via sonda: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, codeína, hidralazina, furosemida, tramador, espironolactona: ocorre redução na concentração desses medicamentos, podendo resultar em redução de efeito.
  • Corticosteroides, nortriptilina, amitriptilina, cetorolaco, prebenecida, fluoxetina, sertralina: o uso concomitante aumenta o pico sérico do celecoxibe.
  • Varfarina, heparina, desmopressina, lítio, metotrexato, AINEs, ciprofloxacino, levofloxacino, tamoxifeno, tioridazina, vancomicina, amicacina, gentamicina: poderá ocorrer aumento nas concentrações séricas desses medicamentos. Monitorar.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ciclobenzaprina

Grupo farmacológico. Relaxante muscular.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 5 e 10mg.

Usos. Espasmo muscular associado com dor aguda de origem no sistema musculoesquelético, tratamento do espasmo muscular associado a dor aguda oriunda da articulação temporo-mandibular.

Contraindicações. Uso de fármaco IMAOinibidor da monoaminaoxidase nos últimos 14 dias, hipertireoidismo, arritmias, bloqueio de ramo, ICCinsuficiência cardíaca congestiva, fase aguda pós-IAMinfarto agudo do miocárdio, glaucoma e retenção urinária.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5mg/3x/dia; podendo ser aumentado para 10mg/3x/dia, se necessário. Comprimidos de liberação extendida: 15mg 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, mas sempre no mesmo horário do dia. Não partir os comprimidos.
  • Via sonda: não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Antidepressivos (no geral): pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, podendo levar à toxicidade.
  • Peginterferon: há redução nos efeitos da ciclobenzaprina.
  • Kava-kava, valeriana: evitar o uso desses fitoterápicos, pois há aumento da depressão no SNCsistema nervoso central.

Lactação. Usar com precaução, pois excreção no leite materno é desconhecida.

 

Ciclofosfamida

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Agente citostático alquilante que previne a divisão celular por ligação ao DNA e inibição da sua síntese.

Apresentações. Frasco-ampola de 200 ou 1.000mg; drágeas de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, cardíacos, hepáticos e de medula óssea; granulomatose de Wegener, síndrome nefrótica, desordens reumatológicas graves, LES, nefrite lúpica, anemia hemolítica autoimune, púrpura trombocitopênica trombótica, macroglobulinemia hemossiderose pulmonar idiopática; leucemias agudas e crônicas, carcinomas, linfomas, micose fúngica avançada, sarcoma de Ewing, osteossarcoma e sarcoma de tecidos moles, tumores de células germinativas de ovário.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D), lactação, depressão medular.

Posologia.

  • Adultos: o esquema de administração varia de acordo com diferentes protocolos. Oral: 50-100mg/m2 como terapia contínua ou 400-1.000mg/m2 em doses divididas durante 4-5 dias como terapia intermitente. IVintravenoso dose única: 400-1.800mg/m2 (30-50mg/kg) por curso de tratamento (1-5 dias) que pode ser repetido em intervalos de 2-4 semanas. IVintravenoso doses diárias contínuas: 60-120mg/m2 (1-2,5mg/kg) por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A administração com alimentos diminui os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: considerar cuidados na manipulação de antineoplásicos. Os comprimidos podem ser dispersos em água para uso imediato ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do injetável. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo/push: a dose pode ser administrada sem diluição extra em soro. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 100-500mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 1 hora.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via intraperitoneal/intrapleural: sim.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: poderá ocorrer aumento da mielotoxicidade.
  • Clorpromazina, imipramina: ocorre aumento da concentração plasmática da cilcofosfamida, podendo levar a níveis tóxicos.
  • Succinilcolina: poderá ocorrer prolongamento do efeito de bloqueio.

Lactação. Contraindicado.

 

Cloreto de potássio

Grupo farmacológico. Eletrólito.

Apresentação. Ampola de 10mL a 10% e 19,1%; Slow-K® (liberação lenta) drágea de 600mg; solução oral com 60mg/mL em frascos de 100 ou 150mL.

Usos. Tratamento de hipocalemia.

Contraindicações. Hipercalemia, insuficiência renal.

Posologia.

  • Adultos: 40 a 80mEq/dia, VOvia oral, 3 a 6 g/dia. Preparações de liberação lenta como o Slow-K® apresentam 8mEq/drágea. Se potássio for maior do que 2,5mEq/L sem alteração no ECG: 30mEq/L em SFsoro fisiológico (10-15mEq/h; máximo de 200mEq/dia). Se potássio for menor do que 2,5mEq/L com alteração no ECG: 60mEq/L em SFsoro fisiológico (20-40mEq/h; máximo de 400mEq/dia). Em situações de emergência: 200mEq/L em SFsoro fisiológico (100mEq/h) ou push de 30mL de KCL a 10% em 70mL de SFsoro fisiológico. Infundir em 1 h por cateter central.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou líquidos para diminuir irritação gástrica.
  • Via sonda: administrar o xarope via sonda; pode-se diluir em volume adequado de água para diminuir a viscosidade do líquido. Preferencialmente, administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não. IVintravenoso/intermitente: adultos, por acesso periférico: 8mEq em 100mL na velocidade de 10mEq/h; por acesso central: 15mEq em 100mL na velocidade de 40mEq/h.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Aliskireno, amilorida, captopril, enalapril, indometacina, losartam, espironolactona, valsartam: hipercalemia.
  • Atropina, biperideno, escopolamina: o uso concomitante com cloreto de potássio poderá causar lesões gastrintestinais.
  • Alimentos: pode ser administrado com alimentos.

Lactação. Compatível.

 

Dipirona (Metamizol)

Grupo farmacológico. Analgésico, antipirético, antiespasmódico; pouca atividade anti-inflamatória. Derivado da pirazolona (metamizol). Mecanismo de ação pouco conhecido, parece haver ação periférica e central.

Apresentações. Solução oral (gotas) com 500mg/mL em 10 e 20mL; ampola com 500mg/mL em 2 ou 5mL; ampola com 100mg/mL em 5mL; comprimido de 500mg; solução oral com 50mg/mL em 100mL; supositório infantil com 300mg; supositório adulto com 1.000mg.

Usos. Tratamento da dor aguda e crônica (de intensidade leve a moderada) e da febre.

Contraindicações. Deficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas.

Posologia.

  • Adultos: VOvia oral: 500-1.000mg, a cada 6 horas. Doses menores que 1g tem efeito antipirético; doses entre 1,5-2g tem efeito analgésico associado. Deve ser administrada em intervalos regulares e não se necessário; porém, deve-se evitar o uso crônico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda; pode-se diluir a dose em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: recomenda-se diluir a dose em volume adequado de diluente conforme a restrição hídrica do paciente (10-20mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% para adultos) para diminuir irritação venosa; administrar na velocidade de 1mL/minuto.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, diltiazem: poderá causar aumento no risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo.
  • Esmolol, propanolol, atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, enalapril, furosemida, hidroclorotiazida: poderá ocorrer diminuição no efeito anti-hipertensivo.
  • Citalopram, fluoxetina, clopidogrel, venlafaxina, duloxetina, escitalopram, enoxaparina: risco aumentado de desencadear sangramentos.
  • Tacrolimus: poderá resultar em insuficiência renal aguda. Evitar uso em pacientes com insuficiência renal.
  • Clorpropamida, glibenclamida, tolbutamida: risco aumentado de hipoglicemia.

Lactação. Usar com precaução. Deve ser evitada nos primeiros 3 meses.

 

Enalapril

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.

Apresentações. Comprimidos de 2,5, 5, 10 e 20mg; cápsulas de 5, 10 e 20mg. Maleato de enalapril + hidroclorotiazida (comprimido 10 + 25mg; 20 + 12,5mg).

Usos. HAShipertensão arterial sistêmica, ICCinsuficiência cardíaca congestiva, disfunção de ventrículo esquerdo pós-IAMinfarto agudo do miocárdio.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAShipertensão arterial sistêmica, a dose diária usual varia de 2,5-40mg/dia, VOvia oral, 1 ou 2x/dia. Em hipertensão renovascular, iniciar com 2,5-5mg. Em ICCinsuficiência cardíaca congestiva, a dose inicial é 2,5-5mg, 1 ou 2x/dia (utilizar a menor dose inicialmente em pacientes com IRinsuficiência renal, hiponatremia ou ICCinsuficiência cardíaca congestiva grave). Dose máxima: 40mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos via sonda. Os comprimidos podem ser triturados e dispersos em volume adequado de água para a administração, sem perda de efeito (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Azatioprina, ciclosporina, gluconato férrico, carbonato de lítio, rituximabe: o uso concomitante com enalapril poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Diazóxido, furosemida, moclobemida, sais de potássio, espironolactona, sirolimus, hidroclorotiazida, clortalidona, trimetoprima: os efeitos do enalapril poderão se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, metilfenidato, AINEs, salicilatos: os efeitos do enalapril poderão diminuir na presença desses medicamentos; monitorar efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Enoxaparina

Grupo farmacológico. Heparina de baixo peso molecular; liga-se à antitrombina III e exerce sua atividade anticoagulante principalmente pela inibição do fator Xa.

Apresentações. Seringas preenchidas de 20, 40, 60, 80, 100mg com 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1mL, respectivamente.

Usos. Tratamento da TVPtrombose venosa profunda; profilaxia da TVPtrombose venosa profunda e recidivas associadas à cirurgia ortopédica, à cirurgia geral, recidivas em pacientes acamados; prevenção da coagulação do circuito extracorpóreo durante hemodiálise; tratamento da angina instável e do IAMinfarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST.

Contraindicações. Trombocitopenia, hemorragia ativa de grande porte e condições de alto risco de hemorragia incontrolável, incluindo AVEacidente vascular encefálico hemorrágico recente.

Posologia.

  • Adultos: Profilaxia de TVPtrombose venosa profunda e TEPtromboembolismo pulmonar: 20-40mg, SC, 1x/dia. Tratamento da TVPtrombose venosa profunda, angina instável e IAMinfarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST: 1mg/kg, SC, a cada 12 h. Na TVPtrombose venosa profunda, por 10 dias, e na angina instável e IAMinfarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST, por 2-8 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo – para IAMinfarto agudo do miocárdio semsupradesnível de ST: direto ou diluído em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%. Irrigar acesso venoso com SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%, antes e após a administração de enoxaparina.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, no abdome (cintura), alternando os lados direito e esquerdo. O paciente deve estar deitado em posição supina para a administração; introduzir a agulha verticalmente. Na dificuldade de administração na região do abdome, o medicamento pode ser administrado na coxa ou no braço, em local que apresente prega cutânea.

Interações medicamentosas.

  • AINEs, dasatinibe, salicilatos, alteplase, abciximabe, femprocumona, varfarina, droperidol, duloxetina, paroxetina, fluoxetina, sertralina, dipiridamol: o uso concomitante de enoxaparina com esses medicamentos poderá potencializar seu efeito; monitorar risco de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Espironolactona

Grupo farmacológico. Diurético poupador de potássio; antagonista da aldosterona.

Apresentações. Comprimidos de 25, 50 e 100mg.

Usos. Manejo do edema associado à hiperaldosteronismo, ascite relacionada a hepatopatias. Tratamento da ICCinsuficiência cardíaca congestiva congestiva. Hirsutismo.

Contraindicações. IRinsuficiência renal moderada e grave, anúria; hipercalemia; gestação. Evitar uso em pacientes que utilizam reposição de potássio.

Posologia.

  • Adultos: Edema, hipocalemia: 25-200mg/dia, VOvia oral, em 1-2 doses/dia. HAShipertensão arterial sistêmica: 25-50mg, VOvia oral, 1-2x/dia. Hiperaldosteronismo primário: 100-400mg/dia (em 1 ou 2x/dia). ICCinsuficiência cardíaca congestiva grave: 25mg/dia, VOvia oral, aumentando ou diminuindo, conforme a resposta individual ou a hipercalemia. Casos resistentes ou graves podem ser aumentados gradualmente até 200mg/dia. Dose máxima: 200mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com a presença de alimentos para diminuir irritação gastrintestinal e melhorar a absorção do medicamento.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos. O comprimido pode ser dissolvido em 10mL de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Alisquireno, captopril, ciclosporina, delapril, diclofenaco, dipirona, enalapril, ibuprofeno, indometacina, losartam, tenoxicam, naproxeno, nimesulida, tacrolimus: poderá resultar em hipercalemia.
  • Ácido salicílico: poderá diminuir a eficácia da espironolactona.
  • Droperidol, sotalol: risco aumentado de desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT).
  • Varfarina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos anticoagulantes.
  • Digoxina, carbonato de lítio: poderá aumentar os efeitos desses medicamentos, desencadeando efeitos tóxicos.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenoterol

Grupo farmacológico. beta-2-agonista de curta ação. Broncodilatador.

Apresentações. Aerossol pressurizado com 100 µg por jato (2mg/mL, 10mL, 200 doses) e 200 µg (4mg/mL, 15mL, 300 doses); solução 0,5% paranebulização 5mg/mL; xarope com 0,25 ou 0,5mg/mL em frasco de 120mL; solução oral (gotas) com 5mg/mL em 20mL.

Usos. Asma no tratamento da crise e/ou manutenção. DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica no tratamento de exacerbações e/ou manutenção.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada à taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica e pacientes que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas. Cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica.

Posologia.

  • Adultos: Aerossol pressurizado: 100-200 µg a cada 4-6 h. Nebulização: 8 a 10 gts em 3 a 4mL de SFsoro fisiológico 0,9% a cada 4, 6 ou 8 h. Na crise: aerossol pressurizado, 4 a 8 jatos com espaçador a cada 15 min na primeira hora e, após, a cada 1 a 4 h. Nebulização: 10 gts a cada 15 min na primeira hora e, após, a cada 1 a 4 h.

Modo de administração.

  • Via inalatória: Nebulização: diluir as gotas em 2-5mL de SFsoro fisiológico 0,9% (24 h em temperatura ambiente). Spray (aerossol): agitar bem o spray antes do uso. Cuidar o intervalo de inspiração no momento da inalação. Se houver mais de um jato, deve haver pausa (10 s) entre eles.
  • Via oral: pode ser administrado por via oral independente da presença de alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, carvedilol, esmolol, emtoprolol, propanolol, sotalol: o uso concomitante poderá resultar em redução nos efeitos do medicamento.
  • Linezolida, moclobemida, procarbazina, selegina: poderá resultar em taquicardia, agitação ou hipomania.

Lactação. Não recomendado.

 

Fexofenadina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cápsulas com 30 e 60mg; comprimido revestido com 30, 60, 120 e 180mg; comprimido revestido de 120mg de fexofenadina + 60mg de pseudoefedrina; suspensão oral com 6mg/mL em frascos de 60, 150 ou 300mL.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária crônica idiopática.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 60mg/2x/dia ou 120-180mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, com água, evitar outros líquidos (principalmente sucos).
  • Via sonda: administrar a suspensão via oral. Não há estudos da administração das cápsulas ou dos comprimidos diluídos em água para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Droperidol: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (arritmias, torsades de pointes, prolongamento QT).
  • Eritromicina, cetoconazol: poderão aumentar os níveis plasmáticos da fexofenadina.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: poderá ocorrer redução na biodisponibilidade. Dar intervalo de 2 h entre a fexofenadina e os antiácidos.
  • Hypericum: poderá reduzir os níveis plasmáticos da fexofenadina.

Lactação. Usar com precaução.

 

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Comprimidos de 40mg; ampola com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICCinsuficiência cardíaca congestiva. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associada à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IRinsuficiência renal é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Adultos: 40-320mg/dia, VOvia oral, 1-3x/dia. Dose injetável (IMintramuscular ou EV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do comprimido para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto sem diluir, em 1 a 2 min. IVintravenoso/intermitente: diluir o medicamento em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar numa velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximab, salicilatos: a furosemida poderá aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegelina: os efeitos da furosemida poderão ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: poderão interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.

Interações com alimentos.

  • A presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

 

Heparina

Grupo farmacológico. Heparina não fracionada; liga-se a antitrombina; isso resulta em inativação de vários fatores de coagulação, entre eles os fatores XII, XI, X, IX e a trombina.

Apresentações. Ampola de 0,25mL com 5.000 UI/0,25mL (para uso subcutâneo); ampola e frasco-ampola de 5mL com 5.000 UI/mL; solução tópica para nebulização com 10.000 UI/mL em 20 ou 50mL; solução tópica para nebulização com 5.000 UI/mL.

Usos. Profilaxia e tratamento da TVPtrombose venosa profunda em pacientes submetidos a cirurgias ou imobilizados; tratamento do TEPtromboembolismo pulmonar sem comprometimento hemodinâmico significativo; angina instável e IAMinfarto agudo do miocárdio associado ao ácido acetilsalicílico; durante realização de ACTPangioplastia coronariana transluminal percutânea.

Contraindicações. Diátese hemorrágica, hemorragias cerebrais, coagulopatias graves, IHinsuficiência hepática e IRinsuficiência renal graves, HAShipertensão arterial sistêmica grave, úlceras, tumores malignos com permeabilidade capilar elevada do aparelho digestivo, trombocitopenia, endocardite bacteriana subaguda, intervenções cirúrgicas oculares, cerebrais, medulares, aborto iminente.

Posologia.

  • Adultos: Esquema de dose plena para o tratamento de doenças tromboembólicas instaladas e para a profilaxia: dose inicial de 5.000-10.000U, IVintravenoso, e, em seguida, infusão de 15 a 24 U/kg/h de heparina. Controlar, a cada 4 ou 6 h após a injeção, o TTPatempo de tromboplastina parcial ativado (é indispensável manter seu valor a 1,5-2 o valor normal médio – geralmente 50-80 s).
  • Esquema para prevenção primária de TVPtrombose venosa profunda: 5.000 SC, a cada 8 ou 12 h. Administrar no período pré-operatório (última dose pelo menos 8 h antes da cirurgia) e após a cirurgia: reiniciar assim que possível, após 12-24 h, se não houver sangramento ativo.
  • Na síndrome coronariana aguda: 5.000 U em bolus IVintravenoso, seguida de 1.000U/h em infusão contínua por 48 h (controlar TTPatempo de tromboplastina parcial ativado e ajustar, se necessário). Em pacientes com mais de 80 kg, utiliza-se 1.200 U/h.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: infusão acima de 10 min em push diluída em soro. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%. IVintravenoso/ contínuo: diluir a dose em 250-500mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, alho, alprostadil, alteplase, arnica, aspirina, boldo, capsaicina, camomila, citalopram, clopidogrel, condroitina, desvenlafavina, enoxaparina, escitalopram, estreptoquinase, fluoxetina, ginkgo, kava-kava, paroxetina, sertralina, varfarina, venlafaxina, vitamina A: o uso concomitante poderá desencadear aumento de risco de sangramento.
  • Coenzima Q10, chá verde, hypericum: poderá reduzir o efeito anticoagulante.
  • Indometacina: poderá resultar em redução da eficácia de indometacina no tratamento dos ductos arteriais.
  • Nitroglicerina: decréscimo do tempo parcial de tromboplastina.

Lactação. Compatível.

 

Hidroxicloroquina

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Antimalárico.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 200 e 400mg.

Usos. Artrite reumatoide, LES, supressão e tratamento das crises de ma- lária aguda.

Contraindicações. Maculopatias ou retinopatias preexistentes.

Posologia.

  • Adultos: artrite reumatoide e LES: inicialmente, 400-600mg/dia, em doses divididas; a dose de manutenção é de 200-400mg/dia. Malária: 600mg, dose inicial, seguida de 300mg em 6, 24 e 48 h. Profilaxia da malária: 300mg/1x/semana, no mesmo dia da semana, iniciando 2 semanas após a exposição e mantendo até 4 semanas após o abandono da área endêmica.

Modo de administração.

  • Via oral: administrado com a presença de alimentos ou leite.
  • Via sonda: pode-se diluir o comprimido em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Digoxina, metoprolol: poderá ocorrer aumento nas concentrações desses medicamentos, monitorar efeitos adversos.

Lactação. Não recomendado.

 

Insulina regular

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100 U/mL em 10mL e refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DMdiabete melito tipo 1, DMdiabete melito tipo 2, UTI, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica, hipercalemia.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DMdiabete melito 1: 3 aplicações por dia, 40 min antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DMdiabete melito 2: dose inicial de 0,1 U/kg em aplicação 40 min antes das refeições. Em UTI, cetoacidose, síndrome hiperosmolar: uso endovenoso, em bomba de infusão, com dose inicial de 0,1 U/kg/h e com ajuste conforme glicemia capilar. Pode ser utilizado bolo de insulina regular de 0,15 U/kg.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, em infusão contínua, diluindo-se a dose em 0,05-1 UI/mL em SFsoro fisiológico 0,9%, SGsoro glicosado 5% ou SGsoro glicosado 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 min antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim (preferencial), em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, I norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Lidocaína

Grupo farmacológico. Anestésico local; antiarrítmico classe IB; atua blo- queando os canais de sódio.

Apresentações. Frasco-ampola com 10 ou 20mg/mL em 5 ou 20mL; pomada – gel 2% (20mg/g) 30g; creme (40 e 50mg/g) 5 e 30g; spray (100mg/mL) 50mL.

Usos. Arritmia ventricular decorrente de infarto agudo do miocárdio ou manipulação cardíaca (como em cirurgias cardíacas); infiltração local; bloqueio de nervo periférico, anestesia peridural ou subaracnoidea; neuralgia pós-herpética.

Contraindicações. Presença de ritmo de escape ventricular, doença severa do sistema His-Purkinje; síndrome de Wolff-Parkinson-White; síndrome de Adam-Stokes.

Posologia.

  • Adultos: Ataque: 1-1,5mg/kg, IVintravenoso; repetir bolo 0,5-0,75mg/kg a cada 5-10 min até 3mg/kg; ou 3mg/kg via endotraqueal com lidocaína 4%; manutenção: 1-4mg/min, IVintravenoso. A dose para infiltração local e para anestesia varia de acordo com o procedimento, o grau de anestesia necessária, a vasculatura do tecido, a duração necessária da anestesia e de acordo com as condições físicas do paciente (dose máxima: 4,5mg/kg/dose, não exceder 300mg, não repetir a dose em até 2 horas).

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: direto, sem diluição, ou diluído 20mg/mL em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrado em 2 minutos (ou 50mg/minuto). IVintravenoso/ contínua: diluir a dose na concentração máxima de 8mg/mL, em SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9%.
  • Via intramuscular: sim, no músculo deltoide.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via endotraqueal: diluir a dose em 5-10mL água destilada ou SFsoro fisiológico 0,9%.
  • Via intraperitoneal: diluir em 50mL de SFsoro fisiológico 0,9%.
  • Via tópica: aplicar fina camada no local desejado. Não deixar em contato com o local por mais de 2 horas, pois poderá desencadear efeitos adversos pela absorção.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amprenavir, atazanavir, cimetidina, fosamprenavir, dasatinib, ritonavir, metoprolol, nadolol: esses medicamentos poderão potencializar os efeitos da lidocaína (hipotensão, arritmia, ansiedade).
  • Ciprofloxacino, gatifloxacino, levofloxacino: risco de efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento QT, arritmias, torsade de pointes).
  • Tamoxifeno, salmeterol: os efeitos desses medicamentos poderão ser potencializados.
  • Tramadol: a lidocaína poderá reduzir seus efeitos.
  • Fenitoína, peginterferon, deferasirox: o efeito da lidocaína poderá ser reduzido na presença desses medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Loratadina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Comprimido de 10mg; xarope com 5mg/5mL em 60, 100, 120 e 150mL. Loratadina + pseudoefedrina: xarope com 1mg + 12mg/mL em 30, 60 e 120mL; drágea simples com 0,5mg + 120mg; comprimido revestido com 10mg + 240mg.

Usos. Rinite e conjuntivite alérgica, urticária crônica idiopática. Pouco efeito sobre a obstrução nasal.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 10mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, com ou sem a presença de água. Pode ser administrado logo antes dos alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar o xarope. Os comprimidos desintegram-se rapidamente em água, podendo ser administrados por essa via (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona: poderá desencadear efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, arritmias).
  • Cimetidina: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da loratadina, lenvando à efeitos de toxicidade.

Lactação. Não recomendado.

 

Metilprednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimido de 4 ou 16mg; frasco-ampola com 40mg, 125mg, 500mg e 1.000mg + diluente; frasco-ampola com 40mg/mL em 1, 2 ou 5mL.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes. Imunodepressão (pulsoterapia). Lesões medulares agudas.

Contraindicações. Lesões virais ou fúngicas, administração de vacinas de vírus vivos, infecções graves não controladas (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: anti-inflamatório ou imunossupressor: as doses habituais iniciais VOvia oral são de 4-60mg/dia, divididos em 1-4x/dia, com posterior redução gradual; e IVintravenoso (succinato) 10-40mg, em vários minutos. Pulsoterapia: 15 a 30mg/kg, IVintravenoso, 1x/dia (durante 3 dias). Lesões medulares agudas: IVintravenoso (succinato): 30mg/kg, 15 min, seguidos por 45 min de infusão contínua de 5,4mg/kg/h por 23 h. Asma grave: IVintravenoso, 30-60mg/dose, 4x/dia.

Modo de Administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos com ou sem a presença de alimentos. Pode ser antes ou logo após os alimentos, leite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do comprimido em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa (forma succinato somente): Bolo: doses menores (< 250mg) podem ser administradas em até 5 min, sem necessidade de diluir a dose em volume de soro (concentração máxima de 125mg/mL). IVintravenoso/intermitente: a administração IVintravenoso de altas doses (> 250mg) deve ser M feita lentamente, de 30-120 min; a dose deve ser diluída, na concentração máxima entre 2,5-20mg/mL (ou 50-200mL), em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% para a infusão. Pulsoterapia: administrar em tempo ≥ 30 min.
  • Via intramuscular (forma acetato e succinato): sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina lipossomal, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá desencadear hipocalemia.
  • Aprepitanto, diltiazem, itraconazol: poderá aumentar os efeitos da metilprednisolona; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá diminuir os efeitos da metilprednisolona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: risco aumentado de ruptura de tendão.
  • Ácido acetilsalicíclico: risco aumentado de hemorragia e irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá diminuir o efeito desses medicamentos, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina: poderá ocorrer diminuição no efeito da quetiapina.
  • Tacrolimus: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos do tacrolimus, que devem ser monitorados.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: risco de sangramento.
  • Vacinas: poderá provocar variações na resposta do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Paracetamol (ver acetaminofeno)

 

Poliestirenossulfonato de cálcio

Grupo farmacológico. Resina trocadora de íons de potássio.

Apresentações. Envelope de 30g.

Usos. Tratamento de hipercalemia.

Contraindicações. Hipocalemia, doença intestinal obstrutiva.

Posologia.

  • Adultos: 15-30g, dose única, ou repetida a cada 4-6 h. Doses menores, 5-10g, podem ser utilizadas no tratamento da hipercalemia crônica, 1-3x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: misturar bem em um copo com líquido antes de ingerir. Não deve ser administrado com suco de frutas.
  • Via sonda: a suspensão a partir da diluição do pó em água (20-100mL) pode ser administrada via sonda, preferencialmente nasogástrica. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Uso retal: pode ser utilizado na forma de enema, utilizando-se 50-75g dissolvidos em sorbitol, 50mL a 70%, mais 150mL de água (essa solução deve ser mantida no intestino por 30 a 60 min).

Interações medicamentosas.

  • Alcalose sistêmica tem sido relatada após administração oral de resinas permutadoras de cátion, em combinação com antiácidos não absorvíveis doadores de cátions e laxantes, como hidróxido de magnésio e carbonato de alumínio. Esse tipo de administração simultânea também pode reduzir a capacidade de troca da resina.
  • Levotiroxina, carbonato de lítio: o uso concomitante poderá diminuir a eficácia desses medicamentos.

Lactação. Contraindicado.

 

Rituximabe

Grupo farmacológico. Imunossupressor; anticorpo monoclonal direcionado contra o antígeno CD20 dos linfócitos B.

Apresentações. Frasco-ampola com 100mg em 10mL; frasco-ampola com 500mg em 50mL.

Usos. Linfoma não Hodgkin (LNH) de células B, CD20-positivo de baixo grau ou folicular; LNH de células B CD20-positivo difuso; artrite reumatoide moderada ou gravemente ativa, em combinação com metotrexato.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao rituximabe ou a algum produto murino.

Posologia.

  • Adultos: LNH de células B, CD20-positivo de baixo grau ou folicular, recidivante ou refratário: 375mg/m2, semanal, por 4 a 8 semanas. Re- tratamento seguindo progressão da doença: 375mg/m2, semanal, por 4 semanas. LNH de células B CD20-positivo difuso e LNH de células B, CD20-positivo folicular, previamente não tratado: 375mg/m2 no 1º dia do ciclo quimioterápico, por até 8 doses. Artrite reumatoide: 1.000mg no 1º e no 15º dias, em combinação com metotrexato.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: infusão inicial de 50mg/h; se não houver reação, pode-se aumentar a infusão 50mg/h a cada 30 min, chegando ao máximo de 400mg/h. Nas infusões subsequentes, se bem tolerado, iniciar com 100mg/h, aumentando a cada 30 min e podendo chegar até 400mg/h.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Natalizumabe: os níveis plasmáticos e os efeitos do natalizumabe poderão aumentar na presença do rituximabe.
  • Abciximabe, anti-hipertensivos, trastuzumabe: os níveis plasmáticos e os efeitos do rituximabe poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Atorvastatina: poderá diminuir os efeitos do rituximabe.
  • Cisplatina: poderá potencializar efeitos renais.
  • Vacinas: poderá ocorrer alteração na resposta do imunobiológico.

Lactação. Não recomendado.

 

Terbutalina

Grupo farmacológico. Broncodilatador; beta-2-agonista de ação intermediária.

Apresentações. Ampolas com 0,5mg/mL em 1mL; xarope com 0,3mg/mL em 100mL; comprimido com 2,5mg; solução para nebulização com 10mg/mL em 10mL.

Usos. Crises asmáticas graves. Também é indicado para o relaxamento uterino no trabalho de parto prematuro não complicado.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada com taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica, ou pacientes que apresentam resposta incomum às aminas simpaticomiméticas. Casos de infecção uterina, pré-eclâmpsia grave, placenta prévia, hemorragia antes do parto, compressão do cordão umbilical e qualquer outra condição da mãe ou do feto que contraindique o prolongamento da gravidez.

Posologia.

  • Adultos: 2,5-5mg/dose, 3-4xdia (máximo de 15mg/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos. Procurar administrar sempre na mesma forma para evitar variabilidade plasmática.
  • Via sonda: para a administração via sonda, utilizar o xarope. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: pode ser administrado direto, sem diluir, em 5-10min. EV/contínuo: em bomba de infusão, diluir 10 ampolas em 1.000mL de SGsoro glicosado 5% (5µg/mL) e administrar na velocidade de 20 a 30 gotas/min ou preparar a solução na concentração máxima de 1mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, no deltoide.
  • Via inalatória: diluir a dose em 1-2mL de SFsoro fisiológico 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, carvedilol, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, propanolol, sotalol: poderá ocorrer diminuição nos efeitos desses medicamentos; monitorar reações adversas.
  • Clorgilina, linezolida, moclobemida, rasagilina, selegilina: o uso concomitante poderá resultar em taquicardia, agitação, hipomania.
  • Teofilina: poderá resultar na redução dos níveis plasmáticos da teofilina, diminuindo os efeitos esperados.

Lactação. Compatível.

 

Valaciclovir

Grupo farmacológico. Antiviral.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 500mg.

Usos. Os mesmos do aciclovir oral.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: No CMV (profilaxia TMO alogênico) – 2g, 4x/dia. Herpes-zóster – 1g 3x/dia, por 7 dias. HSV ou VZV em pacientes com câncer: profilaxia 500mg, 2-3x/dia, tratamento 1g, 3x/dia. Herpes genital: primeiro episódio 1g, 2x/dia, por 10 dias. Episódio na recorrência: 500mg por 3 dias. Redução da transmissão (em caso de parceiro com herpes ativo): 500mg/ dia. Herpes labial recorrente: 2g, de 12/12 h, por 1 dia (logo no início dos sintomas). Tratamento supressivo – pacientes imunocompetentes – 1g, 1x/dia por pelo menos 6 meses (500mg/dia em pacientes com menos de 9 recorrências ao ano). Em pacientes infectados pelo HIV (CD4 > 100 cel/mm3) – 500mg, 2x/dia. Supressão durante a gestação – 500mg, 2x/ dia, a partir das 36 semanas de gestação até o parto.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente usar a suspensão oral a partir dos comprimidos. Os comprimidos também podem ser triturados e dissolvidos em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Micofenolato mofetil, ácido micofenólico: o uso concomitante poderá potencializar riscos de neutropenia.
  • Tenofovir, zidovudina, micofenolato: poderá resultar no aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Varfarina

Grupo farmacológico. Anticoagulante oral; antagonista da vitamina K (fatores II, VII, IX, X).

Apresentações. Comprimidos de 1; 2,5; 5 e 7,5mg.

Usos. Prevenção primária e secundária da TVPtrombose venosa profunda; prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese valvar cardíaca, fibrilação atrial crônica; prevenção de AVEacidente vascular encefálico, IAMinfarto agudo do miocárdio recorrente e pacientes com IAMinfarto agudo do miocárdio prévio e trombos intracardíacos.

Contraindicações. Pacientes com risco aumentado de hemorragias e discrasias sanguíneas (gravidez, úlcera ativa, hemorragia cerebrovascular, aneurisma cerebral, pericardite, endocardite bacteriana, aborto, eclâmpsia e pré-eclâmpsia), pacientes alcoólatras ou com psicopatias ou outro quadro de baixa cooperação, HAShipertensão arterial sistêmica maligna, gestação (categoria de risco X).

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 5mg/dia, por 5 dias, variando em função da idade e do peso corporal (doses mais baixas em idosos) e ajustada de acordo com os resultados do TP, até que seja obtido o nível desejado de atividade anticoagulante. A dose de manutenção pode variar de 1-20mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda nasogástrica, os comprimidos podem ser triturados e dissolvidos em volume adequado de água (uso imediato). Sugere-se administrar o medicamento 2 h antes da dieta enteral e irrigar a sonda com água destilada antes e após a administração. Esquecimento da dose. Em caso de esquecimento da dose, orientar o paciente a ingerir o medicamento assim que lembrar e seguir tomando a dose do horário normal. Não dobrar as doses para compensar a do esquecimento.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, paracetamol, alopurinol, alteplase, amiodarona, amitriptilina, amoxicilina, amprenavir, arnica, boldo, ácido acetilsalicílico, atazanvir, atenolol, azitromicina, betametasona, bicalutamida, capecitabina, capsaicina, carboplatina, celecoxibe, camomila, hidrato de cloral, cloranfenicol, condroitina, quitosana, ciprofloxacino, citalopram, claritromicina, clomipramina, clopidogrel, dalteparina, danazol, desvenlafaxina, diazóxido, diclofenaco, dicumarol, dipiridamol, dipirona, doxorrubicina, doxiciclina, drotrecogina, duloxetina, enoxaparina, erlotinibe, eritromcina, escitalopram, esomeprazol, fluconazol, fludrocortisona, fluorouracil, fluoxetina, flutamida, alho, ginkgo biloba, ginseng, glucagon, imatinibe, imipramina, indometacina, itraconazol, kava-kava, levofloxacino, tiroxina, lovastatina, metilfenidato, metronidazol, ácido nalidíxico, naproxeno, nilotinibe, norfloxacino, nortriptilina, omeprazol, orlistat, paroxetina, femprocumona, fenitoína, prednisolona, propanolol, quetiapina, ranitidina, sinvastatina, espironolactona, estreptoquinase, sulfametoxazol/trimetoprima, tenoxicam, ticlopidina, tramadol, trastuzumabe, vancomicina, venlafaxina: o uso concomitante poderá potencializar os riscos de sangramento.
  • Aprepitanto, azatioprina, chá preto, chá verde, carbamazepina, clorpromazina, colestiramina, coenzima Q10, ciclosporina, fenobarbital, primidona, rifampicina, hypericum: poderá ocorrer diminuição nos efeitos anticoagulantes da varfarina; monitorar INR.
  • Hipoglicemiantes orais: poderá resultar em hipoglicemia excessiva.

Lactação. Compatível.

 

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