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LUXAÇÃO FEMOROPATELAR

Autores: David Sadigursky, Ronald Bispo Barreto
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  • Introdução

A incidência média anual de luxação patelar primária (LPP) foi relatada em 5,8 casos por 100 mil, e a taxa é maior em populações mais jovens e mais ativas. A recorrência relatada varia de 15 a 80%.1–3 Após um segundo deslocamento, o risco de episódios contínuos de instabilidade femoropatelar (IFP) é superior a 50%.1 A LPP pode ocorrer em qualquer década de vida, mas é vista principalmente nos jovens adolescentes.4

A LPP pode estar associada a danos na cartilagem articular da patela e novos episódios de deslocamento podem ocorrer. Mesmo aqueles sem lesão condral geralmente têm uma qualidade de vida reduzida.5

A instabilidade recidivante da patela (IRP) é um problema multifatorial, já que a estabilidade da patela depende do alinhamento dos membros inferiores (MMII), da estrutura óssea da patela e da tróclea e da integridade dos tecidos moles reconhecidos como restritores estáticos e dinâmicos.

Neste capítulo, pretende-se fornecer um roteiro para ajudar o ortopedista a entender o cenário atual, bem como os desafios diagnósticos e cirúrgicos enfrentados no tratamento dos pacientes com história de luxação recidivante da patela.

De acordo com Dejour e Walch,6 os três grupos principais nos quais é possível classificar os pacientes com diagnóstico de IFP são os seguintes:

 

  • instabilidade objetiva — pacientes que sofreram, pelo menos, um episódio de deslocamento da patela (de modo geral, apresentam pelo menos um fator anatômico associado);
  • instabilidade patelar potencial — pacientes que apresentam queixas de dor e, ao exame físico e de imagem, há alterações anatômicas associadas (o lado contralateral geralmente apresenta desalinhamento e história de subluxação);
  • síndrome dolorosa da patela — pacientes se queixam de dor, mas não apresentam alterações nos fatores anatômicos nem história de subluxação ou deslocamento.
  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • explicar os fatores predisponentes da LPP;
  • elencar os principais sinais e testes do exame físico;
  • identificar os parâmetros radiográficos da IFP;
  • indicar o tratamento cirúrgico com a técnica adequada e optar pelo procedimento isolado ou combinado;
  • planejar o tratamento cirúrgico por meio dos parâmetros radiográficos.
  • Esquema conceitual
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