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OSTEOTOMIA PERIACETABULAR: CONCEITOS E TÉCNICA CIRÚRGICA

Autores: Rodrigo Monari, Marcelo Cavalheiro de Queiroz, Leandro Calil de Lazari, Amadeu Lorga, Luis Felipe Moysés Elias, Carlos César Vassalo
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  • Introdução

A osteotomia periacetabular (OPA) é o procedimento cirúrgico que visa à correção de deformidades acetabulares. Os objetivos da cirurgia são aliviar os sintomas dolorosos e corrigir a alteração biomecânica, retardando a degeneração articular.1

A OPA é indicada para o tratamento de displasia do desenvolvimento de quadril (DDQ) sintomática em pacientes esqueleticamente maduros, com cartilagem articular preservada. As indicações mais comuns estão relacionadas aos casos de displasia com insuficiência da cobertura da cabeça femoral ou retroversão excessiva do acetábulo, que pode gerar o impacto femoroacetabular.

Ganz e colaboradores desenvolveram a técnica da OPA, publicando trabalhos com acompanhamento de longo prazo e relatando bons resultados para alívio da dor e função.2,3 A técnica cirúrgica passou por evolução, tornando-se mais reprodutível e com melhor posicionamento dos fragmentos, em especial, a anteversão, a fim de evitar o impacto femoroacetabular causado pela retroversão do fragmento. É realizada por meio de osteotomia completa do púbis e osteotomia incompleta de ísquio e coluna posterior acetabular, gerando um fragmento móvel e mantendo o suprimento vascular do segmento.4

A osteotomia é estabilizada com parafusos corticais e apoio do membro operado. É permitido, assim, que a osteotomia apresente sinais de consolidação.4 Os procedimentos de reorientação acetabular permitem a correção da biomecânica do acetábulo displásico,5 sem limitações existentes em técnicas de osteotomias tríplices.

A OPA permite bons a excelentes resultados, com sobrevida do quadril afetado acima de 61% em 20 anos de pós-operatório, e os fatores prognósticos são dependentes de sinais radiográficos de osteoartrose, idade e peso do paciente.3

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar a DDQ;
  • reconhecer a etiologia da DDQ;
  • descrever os sinais clínicos da doença e os exames radiológicos utilizados para seu diagnóstico;
  • indicar corretamente o tratamento de quadris displásicos por meio da OPA.
  • Esquema conceitual
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