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MANEJO ANESTÉSICO DA ISQUEMIA MIOCÁRDICA TRANSOPERATÓRIA

José de Brito Magalhães Neto

Fabio Escalhão

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • estratificar o paciente cirúrgico de alto risco e traçar estratégias para seu atendimento;
  • definir os cuidados necessários ao paciente cirúrgico de alto risco;
  • reconhecer um evento de isquemia miocárdica intraoperatória;
  • manejar o evento de isquemia miocárdica intraoperatória do ponto de vista farmacológico e não farmacológico;
  • garantir os cuidados no pós-operatório (PO) do paciente cirúrgico de alto risco.

Esquema conceitual

Introdução

A constante evolução da medicina, somada ao envelhecimento da população, traz maior complexidade aos procedimentos cirúrgicos, implicando novos desafios ao médico anestesiologista quanto ao manejo anestésico de pacientes cada vez mais graves e com maiores riscos de eventos adversos (EAs) no transoperatório.

Atualmente, são realizadas no mundo cerca de 300 milhões de cirurgias não cardíacas por ano, sendo que, aproximadamente, 3% de todos esses procedimentos evoluem com alguma complicação cardíaca grave.1 Esses eventos resultam em aumento de morbidade e de mortalidade em curto e em longo prazos, além de envolverem enormes custos. O amplo conhecimento de tais eventos e de seu manejo se impõe na prática anestésica.

Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na isquemia miocárdica no perioperatório ainda não estão totalmente esclarecidos, mas acredita-se que a doença arterial coronariana (DAC) associada ao desbalanço enérgico do miocárdico seja o principal causador deles. Sabe-se, ainda, que o trauma cirúrgico per se leva a um estado de inflamação e de hipercoagulabilidade que, somado às perturbações hemodinâmicas, torna-se o principal gatilho para eventos cardíacos adversos.

A avaliação do risco cardíaco e o manejo perioperatório adequados são os grandes pilares para buscar melhores desfechos nos pacientes cirúrgicos de alto risco. No cenário atual, de condutas conflitantes e, por vezes, confusas, busca-se, com este capítulo, sintetizar uma abordagem estrutural clara do manejo dos eventos cardíacos no perioperatório.

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