Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- conceituar a raiva;
- caracterizar as manifestações fisiológicas, corporais e comportamentais da raiva;
- mapear os estímulos que, geralmente, desencadeiam raiva;
- analisar os aspectos desenvolvimentais da raiva;
- distinguir os comportamentos agressivos isolados e associados à raiva;
- descrever a teoria do processamento da informação social (PIS);
- aplicar as técnicas de manejo da raiva em crianças.
Esquema conceitual
Introdução
A raiva é uma emoção básica, presente em todos os indivíduos, independentemente da sua cultura. Essa emoção permite ao indivíduo lidar com eventos importantes para a preservação da sua vida.1 A raiva envolve um estado afetivo transitório que varia em intensidade (desde a irritação até a fúria) e duração (de minutos a horas).2
No curso do desenvolvimento típico, isto é, na ausência de psicopatologia, essa emoção motiva o indivíduo a manter-se engajado em uma dada tarefa, buscando os objetivos por meio da persistência.3 No plano psicopatológico, a raiva apresenta-se associada a distorções perceptivas e cognitivas e a um forte aumento na estimulação fisiológica.4
Embora a raiva seja uma manifestação emocional normal, é comum ocorrerem dificuldades na maneira de expressá-la e de lidar com ela quando surge no contexto das relações interpessoais. Assim, é necessário utilizar técnicas que ensinem às crianças estratégias apropriadas para o manejo dessa emoção.