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MANEJO DA SEDE NA CRIANÇA SUBMETIDA A PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: AVANÇOS E DESAFIOS

Autores: Isadora Pierotti, Carla Regina Lodi de Mello, Lígia Fahl Fonseca
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar o contexto e a problemática da sede na criança submetida a procedimento cirúrgico;
  • descrever os principais mecanismos fisiológicos do surgimento da sede e alcance da saciedade;
  • reconhecer os principais fatores que levam a criança a sentir sede;
  • listar mitos e avanços no manejo da sede pediátrica;
  • explicar, em seus quatro pilares, os pressupostos do modelo de manejo da sede na criança submetida a procedimento cirúrgico;
  • identificar estratégias efetivas para minorar a sede da criança submetida a procedimento cirúrgico.

Esquema conceitual

Introdução

A sede é uma das sensações mais imperiosas do ser humano. Tem como função preservar a vida, levando o indivíduo a uma necessidade inadiável de buscar água para restabelecer o equilíbrio hidreletrolítico. Quando essa sensação não pode ser satisfeita por impossibilidade de ingestão de água, gera sofrimento intenso.

Para que o sofrimento desnecessário não se prolongue, é muito importante que a equipe que cuida de uma criança submetida a procedimento cirúrgico compreenda que esse paciente compõe um grupo de elevado risco para apresentar sede tanto no pré quanto no pós-operatório (PO).

Para as crianças, passar sede é uma experiência mais complexa do que para os adultos, pois, muitas vezes, elas não compreendem os motivos de não poderem beber. Adicionalmente, têm medo de situações desconhecidas, como as experimentadas durante a hospitalização, e, quando muito pequenas, apresentam dificuldade de transmitir o que realmente as incomoda. Assim, dependem de um olhar atento da equipe que cuida, da identificação de sinais que indicam sede e do relato de pais e cuidadores, que as conhecem em sua intimidade.1,2

Neste capítulo, além de abordar a fisiologia e a saciedade da sede, será explicitado como identificar, mensurar, avaliar a segurança e utilizar estratégias efetivas para mitigar a sede da criança submetida a cirurgia. Essas informações são baseadas em evidências científicas e resultado de pesquisas do Grupo de Estudo e Pesquisa da Sede (GPS) da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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