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MANEJO DA VIA AÉREA DURANTE A RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR

Autor: José Sérgio Carriero Junior
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  • Introdução

Quando se atende uma vítima de parada cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREHparada cardiorrespiratória extra-hospitalar) ou intra-hospitalar (PCRIHparada cardiorrespiratória intra-hospitalar), sempre ocorre um dilema quanto ao manejo da via aérea durante a ressuscitação cardiopulmonar (RCPressuscitação cardiopulmonar).

Questiona-se qual dispositivo ou técnica utilizar — bolsa-válvula-máscara (BVMbolsa-válvula-máscara), dispositivo supraglótico (DSGdispositivo supraglótico) ou intubação traqueal (ITintubação traqueal) — e qual é o momento mais adequado para trocar o dispositivo ou a técnica, caso a primeira opção escolhida não esteja adequada. Questiona-se, também, se a forma como é manejada a via aérea durante a RCPressuscitação cardiopulmonar influencia na sobrevida dos pacientes em PCREHparada cardiorrespiratória extra-hospitalar e em PCRIHparada cardiorrespiratória intra-hospitalar.

Periodicamente, diretrizes internacionais de RCPressuscitação cardiopulmonar do Comitê Internacional de Ressuscitação (em inglês, International Liaison Committee on Resuscitation [ILCORComitê Internacional de Ressuscitação]) são publicadas e exibem recomendações sobre esse tópico, que é vinculado ao Suporte Básico de Vida e ao Suporte Avançado de Vida. As últimas diretrizes são de 2015.

Em 2018, foram publicados três grandes estudos que analisaram formas de manejo da via aérea durante a RCPressuscitação cardiopulmonar de pacientes em PCREHparada cardiorrespiratória extra-hospitalar e a associação dessas formas com desfechos clínicos, como a sobrevida com status neurológico favorável. Os ensaios clínicos randomizados em questão são os seguintes:

 

  • Cardiac Arrest Airway Management (CAAMCardiac Arrest Airway Management);
  • Airway Management in Cardiac Arrest Patients (AIRWAYS-2Airway Management in Cardiac Arrest Patients);
  • Pragmatic Airway Resuscitation Trial (PARTPragmatic Airway Resuscitation Trial).

Como será o horizonte do manejo de via aérea durante a RCPressuscitação cardiopulmonar de pacientes em PCREHparada cardiorrespiratória extra-hospitalar a partir dos resultados desses grandes estudos? Como definir a melhor estratégia inicial de manejo de via aérea de pacientes em PCREHparada cardiorrespiratória extra-hospitalar? E para os pacientes em PCRIHparada cardiorrespiratória intra-hospitalar? Intubar nos primeiros momentos da RCPressuscitação cardiopulmonar faz diferença ou não? Este capítulo discute dilemas como esses.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer as técnicas e os dispositivos básicos e avançados para o manejo da via aérea durante a RCPressuscitação cardiopulmonar;
  • rever as recomendações das diretrizes internacionais de RCPressuscitação cardiopulmonar, publicadas em 2015, sobre o manejo da via aérea durante a RCPressuscitação cardiopulmonar e as evidências por trás dessas recomendações;
  • identificar os resultados de estudos recentes sobre o manejo da via aérea durante a RCPressuscitação cardiopulmonar na PCREHparada cardiorrespiratória extra-hospitalar e que poderão embasar futuras recomendações na próxima atualização das diretrizes internacionais de RCPressuscitação cardiopulmonar;
  • inferir o papel atual da intubação durante a RCPressuscitação cardiopulmonar na PCRIHparada cardiorrespiratória intra-hospitalar.

 

  • Esquema conceitual
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