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MANEJO DA VIOLÊNCIA NA PRÁTICA CLÍNICA

Autores: Luísa Fernanda Habigzang, Priscila Lawrenz, Júlia Carvalho Zamora, Julliane Quevedo de Moura, Beatriz Gross Curia
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  • Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMSOrganização Mundial da Saúde) reconhece a violência como um grave problema de saúde pública e uma violação dos direitos humanos.1

A violência se caracteriza como todo ato que tem o potencial de causar danos (por exemplo, sofrimento, ferimentos, morte) por meio do uso da força física ou do poder, seja na forma de ameaça ou na prática do ato. A violência pode ser direcionada a si próprio, a outra pessoa, a um grupo ou comunidade.1 Trata-se de um problema presente em todo o mundo e que atinge pessoas independentemente da idade, sexo, raça, religião, nacionalidade, nível de escolaridade, orientação sexual ou condição social.2

As violências que se configuram no cotidiano das relações familiares são denominadas de violência doméstica intrafamiliar, e crianças, adolescentes, mulheres e idosos são os mais vulneráveis ao fenômeno.1 Em decorrência da exposição à violência, esses grupos podem apresentar demandas para psicoterapia, como alterações de humor, desregulação emocional, percepção de culpa, isolamento, medo e ansiedade. Sendo assim, é necessário que os psicólogos estejam atentos e preparados para atuar nesses casos.

Compreender aspectos do acolhimento na prática clínica, bem como de avaliação e de notificação dos casos, contribui para o conhecimento das dimensões, formas, vítimas e agentes da violência, possibilitando o desenvolvimento de ações de prevenção e assistência adequadas e para a avaliação de seus resultados. O enfrentamento à violência exige a integração de esforços na construção de uma nova cultura, que promova, previna, vigie e recupere a saúde. Além disso, é fundamental que, na prática clínica, as intervenções voltadas a essas populações em situação de violência sejam regidas pelas práticas baseadas em evidências (PBEprática baseada em evidências). Dessa forma, profissionais atuam com base nos resultados de estudos científicos, visando planejar intervenções adequadas às necessidades dos pacientes.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • conceituar violência contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos;
  • avaliar as principais consequências da violência para a saúde e as demandas para psicoterapia;
  • refletir sobre aspectos do acolhimento, avaliação e notificação dos casos;
  • reconhecer intervenções baseadas em evidências para crianças, adolescentes, mulheres e idosos com histórico de violência.

 

  • Esquema conceitual
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