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MANEJO DE FRATURAS ABERTAS

Tainara Micaele Bezerra Peixoto

epub-PROMEVET-PA-C8V1_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • classificar os diferentes tipos de fraturas abertas;
  • estabelecer os cuidados iniciais que devem ser tomados no manejo de fraturas abertas;
  • determinar critérios que possam influenciar no prognóstico das lesões;
  • adequar a conduta terapêutica de acordo com as individualidades de cada caso.

Esquema conceitual

Introdução

Fraturas traumáticas são uma causa comum de desordens musculoesqueléticas em pequenos animais e, entre elas, fraturas abertas (expostas) representam uma combinação desafiadora de lesões ortopédicas e de tecidos moles. A interrupção da integridade tecidual e do suprimento sanguíneo associada à contaminação do foco da fratura aumentam o risco de desenvolvimento de infecção, união tardia e não união óssea.1

Embora fraturas abertas não representem, na maioria dos casos, uma situação de risco de vida, são consideradas emergências ortopédicas e devem ser abordadas imediatamente após a estabilização do paciente politraumatizado. O manejo clínico apropriado, no momento da apresentação inicial e durante o curso do tratamento, não deve ser negligenciado, pois terapias inadequadas podem resultar em incapacidade significativa, perda de função e dor.1,2

O manejo inicial deve, obrigatoriamente, abranger uma avaliação completa do quadro de trauma do paciente, com considerações para hemorragia, choque, estabilização hemodinâmica e comprometimento neurovascular. Em seguida, é indispensável a implementação de um plano de ação efetivo, incluindo medidas como abordagem inicial correta da fratura, terapia antimicrobiana, analgesia e/ou sedação, tricotomia e limpeza da ferida, desbridamento e estabilização da fratura, mesmo que seja temporária. Outros procedimentos compreendem a realização de exames laboratoriais e de imagem.3

O objetivo do tratamento de fraturas abertas é obter um foco livre de infecção, estável, com cicatrização de tecidos moles, consolidação óssea e consequente retorno normal à função. Portanto, a adoção dessas medidas de forma precoce e eficaz aumenta significativamente as chances de sucesso na terapêutica dessas afecções.1,3

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