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MANIFESTAÇÕES TORÁCICAS DAS VASCULITES

Autor: Cleverson Alex Leitão
epub-BR-PRORAD-C12V3_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever a classificação de Chapel Hill para as vasculites;
  • reconhecer as manifestações clínicas que permitem levantar a suspeita de uma vasculite;
  • identificar os achados de imagem relacionados à granulomatose com poliangeíte (GPA), granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEP), poliangeíte microscópica (PM), arterite de células gigantes, doença de Takayasu e doença de Behçet;
  • citar os achados ultrassonográficos da artéria temporal que sugerem arterite de células gigantes;
  • diferenciar os achados de imagem entre as principais vasculites que acometem a artéria pulmonar.

Esquema conceitual

Introdução

As vasculites compõem um grupo de doenças inflamatórias não infecciosas sistêmicas capazes de acometer múltiplos vasos do corpo humano.1 Podem ser divididas em vasculites primárias (idiopáticas) ou secundárias que, entre outras causas, são decorrentes de infeções, neoplasias, doenças do tecido conjuntivo ou toxicidade farmacológica.2

O envolvimento torácico, em geral, apresenta-se como parte do espectro do acometimento sistêmico da doença, sendo caracterizado por dano pulmonar, da aorta torácica ou de seus ramos.1 As vasculites pulmonares refletem a implicação da vascularização pulmonar, que pode ocorrer desde a artéria pulmonar principal até os capilares pulmonares. O dano ocorrido se configura histopatologicamente pelo infiltrado celular inflamatório agudo ou crônico, que leva à destruição do vaso pulmonar e à subsequente necrose do parênquima pulmonar adjacente.

Devido ao amplo espectro de doenças que compõem o grupo das vasculites com envolvimento torácico, as manifestações clínicas, laboratoriais e radiográficas são muito heterogêneas, portanto, não se pode esperar por achados de imagem completamente específicos. Contudo, a presença de sinais e sintomas sugestivos e de exames laboratoriais concordantes podem ajudar o radiologista a incluir essa hipótese entre os diagnósticos diferenciais.1 Dessa forma, é importante o profissional estar familiarizado com os achados de imagem que serão abordados a seguir.

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