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MECÂNICA RESPIRATÓRIA OU OXIGENAÇÃO: DEFINIÇÃO DE DESFECHOS NA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO

Autores: Luiz Alberto Forgiarini Junior, Ângelo Roncalli Miranda Rocha
Mecânica respiratória ou oxigenação - Secad

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • compreender o conceito de lesão pulmonar induzida por ventilação mecânica (LPIVM);
  • identificar as alterações impostas pela síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA);
  • conceituar ventilação mecânica (VM) protetora e seus desfechos;
  • conceituar recrutamento alveolar e avaliar seus resultados;
  • descrever a posição prona e avaliar seus resultados;
  • mensurar adequadamente os desfechos na SDRA.

Esquema conceitual

Introdução

A SDRA foi descrita pela primeira vez pelo Dr. Ashbaugh, em 1969. Posteriormente, houve a definição de Berlim, em 2012, que caracterizou a SDRA como um quadro de insuficiência respiratória aguda (IRpA), de início agudo, hipóxia, infiltrados difusos na radiografia de tórax e ausência de insuficiência cardíaca (IC) ou edema pulmonar de origem cardíaca.1,2

A gravidade da SDRA está relacionada às alterações da oxigenação, expressa pela relação pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio (PaO2/FIO2) de 100mmHg (grave), 200mmHg (moderada) e 300mmHg (leve).2 Nos pacientes que apresentam diagnóstico de SDRA, as estratégias ventilatórias desempenham um papel extremamente importante na correção da troca gasosa. Entretanto, nos últimos anos, houve importantes modificações relacionadas à VM protetora, à posição prona e às manobras de recrutamento alveolar (MRAs).3,4

A adequação da assistência ventilatória na população com SDRA é essencial, uma vez que as condutas ventilatórias podem resultar em aumento da lesão pulmonar nesses pacientes, ocasionando aumento da mortalidade.3,5

A estratégia de VM protetora tem por objetivo evitar ou minimizar a LPIVM.5 Já a MRA é o processo que induz aumento intencional e transitório da pressão transpulmonar, objetivando a reabertura de alvéolos não ventilados ou pobremente ventilados. O benefício esperado é o incremento da oxigenação e a melhora da complacência pulmonar. A posição prona é aquela na qual o paciente com SDRA moderada a grave é posicionado em decúbito ventral precocemente, objetivando-se a melhora da oxigenação.6

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