Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer as apresentações clínicas das diferentes formas da neurossífilis;
- descrever os principais achados de anatomopatologia na neurossífilis;
- identificar os recursos diagnósticos empregados para o correto diagnóstico da neurossífilis;
- discutir o tratamento clínico da neurossífilis.
Esquema Conceitual
Introdução
A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), que pode ser transmitida por contato sexual, transfusão de sangue contaminado, transplante de órgãos sólidos e por via transplacentária.1
Desde o ano 2000, o número de casos de sífilis primária e secundária tem crescido tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Esses dados reforçam ainda mais a necessidade de se conhecer o assunto. Assim o diagnóstico da doença pode ser estabelecido o mais rapidamente possível, e o tratamento, iniciado antes que surjam sequelas neurológicas.1
Os sinais e sintomas da neurossífilis podem ocorrer precocemente (semanas a meses em até um ano) ou tardiamente (anos ou décadas) após a infecção inicial. Na neurossífilis precoce, estão incluídas a forma assintomática, a meningite sifilítica, a goma sifilítica e a sífilis meningovascular. Nas formas tardias da condição, incluem-se a demência sifilítica e a tabes dorsalis.1