Entrar

NOVOS ASPECTOS NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM HIPOPITUITARISMO

Autores: Manoel Ricardo Alves Martins , Eveline Gadelha Pereira Fontenele, Ana Rosa Pinto Quidute
epub_All_Artigo1
  • Introdução

A reposição hormonal no hipopituitarismo continua sendo um desafio. Como em toda reposição hormonal, o objetivo do tratamento é tentar mimetizar a fisiologia. No entanto, no hipopituitarismo ocorre uma dificuldade adicional — a interação entre as diferentes reposições, observada, por exemplo, na influência do estado somatotrófico na reposição com levotiroxina (LT4levotiroxina).

A adeno-hipófise produz seis hormônios:

 

  • o hormônio do crescimento (GHhormônio do crescimento);
  • o hormônio folículo-estimulante (FSHhormônio folículo-estimulante);
  • o hormônio luteinizante (LHhormônio luteinizante);
  • o hormônio adrenocorticotrófico (ACTHhormônio adrenocorticotrófico);
  • o hormônio estimulante da tireoide (TSHhormônio estimulante da tireoide);
  • a prolactina.

O hipopituitarismo é a deficiência de um ou mais hormônios hipofisários, podendo ser secundário à doença hipofisária direta, com redução da liberação hormonal, ou à lesão hipotalâmica, com diminuição da liberação dos fatores estimulatórios para a hipófise. Na prática clínica, essa distinção entre doença hipofisária ou hipotalâmica pode ser difícil e geralmente não é necessária para o tratamento.

A prevalência do hipopituitarismo é de cerca de 45 casos/100.000, e a incidência de 4 casos/100.000/ano.1 É provável que esses dados estejam subestimados, uma vez que a doença pode ter início insidioso e o seu quadro clínico pode ser inespecífico.

O hipopituitarismo está associado a aumento da mortalidade,2,3 principalmente secundária às doenças cardiovascular e respiratória. Os estudos que analisaram as causas desse aumento da mortalidade mostraram resultados variáveis, incluindo relação desse aumento com idade ao diagnóstico (pacientes mais jovens), causa do hipopituitarismo, deficiência de ACTHhormônio adrenocorticotróficohormônio adrenocorticotrófico, de GHhormônio do crescimento ou diabetes insípido, sexo feminino e tipo de tratamento.4–7

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar, clinicamente, os pacientes com doença hipotálamo-hipofisária que apresentem clínica compatível com deficiências hormonais;
  • distinguir os métodos diagnósticos para identificar cada deficiência hormonal;
  • tratar os pacientes com as reposições hormonais apropriadas, não apenas no contexto das deficiências isoladas, como também quando houver múltiplas deficiências.
  • Esquema conceitual
×
Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
Já tem uma conta? Faça login