Introdução
As últimas cinco décadas foram marcadas pelo aumento substancial na incidência de obesidade. Essa realidade está intimamente relacionada com a urbanização e a globalização de estilos de vida pouco saudáveis. O quadro não está limitado apenas aos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, visto que a doença tem caráter global e atinge também países em desenvolvimento, como o Brasil e o México.1
Um estudo coordenado por Jaacks, em 2019, apontou que a incidência da obesidade aumentou menos de 1% em 1975; já em 2016, cresceu de 6 a 8% entre meninas e meninos com idade ente 5 e 19 anos. No mesmo período, passou de 3 para 11% entre homens adultos e de 6% para 15% entre as mulheres.1
Seguindo essa mesma tendência, o Brasil apresenta aumento significativo no número de pessoas com sobrepeso e obesidade, com destaque especial ao aumento de casos de crianças nessa condição. Em 2014, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde (MS), apontou que, em 26 capitais brasileiras, pouco mais de 50% da população apresentava excesso de peso.2
O avanço da obesidade reverbera negativamente no custo da saúde pública, uma vez que esse agravo pode gerar inúmeras morbidades bastante onerosas para o Sistema Único de Saúde (SUS).3
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as técnicas cirúrgicas disponíveis relacionadas com o trato gastrintestinal (TGI);
- discutir o acompanhamento nutricional no pré e pós-operatório da cirurgia bariátrica (CB);
- reconhecer o impacto no comportamento alimentar e no estado nutricional de pacientes submetidos à CB.
Esquema conceitual
