- Introdução
A incidência da pancreatite varia em diversas partes do mundo entre 4,9 e 73,4 casos por 100 mil pessoas, sendo responsável por mais de 333 mil admissões anuais, com mortalidade de aproximadamente 8%, podendo chegar a 30 a 40% nos casos mais graves. Em 2009, nos EUA, o custo com pancreatite aguda foi de $2,6 bilhões de dólares.1
As duas causas mais comuns de pancreatite aguda são a litíase biliar e o consumo de álcool, correspondendo a 40 a 70% e 25 a 35%, respectivamente.1 A pancreatite crônica tem incidência geral estimada em 4,4 a 11,9 por 100 mil pessoas por ano, e sua prevalência também está estimada entre 36,8 e 41,8 por 100 mil habitantes.2 Além disso, está associada à mortalidade de quase 50% em 20 a 25 anos após o diagnóstico.3
A endoscopia digestiva é a ferramenta fundamental no diagnóstico e tratamento das pancreatites e de suas complicações. É importante que os cirurgiões tenham esse conhecimento para estabelecer interface eficiente com os especialistas em endoscopia digestiva.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- diagnosticar pancreatite aguda biliar;
- classificar a pancreatite aguda biliar conforme a classificação de Atlanta;
- identificar os riscos de coledocolitíase;
- prescrever corretamente o tratamento endoscópico na pancreatite aguda biliar;
- identificar as complicações dos tratamentos endoscópicos;
- indicar exames endoscópicos para estabelecer o diagnóstico etiológico da pancreatite recorrente;
- identificar as complicações da pancreatite crônica.
- Esquema conceitual