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OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA

Autores: Sthefano Atique Gabriel, Maria Gabriela Silva Garcia, Camila Baumann Beteli, Gabriel Titoto, Ellen Lourencin
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  • Introdução

A oclusão arterial aguda é uma condição clínica comum, especialmente no ambiente de urgência e emergência, representando um importante tópico dentro da formação do cirurgião vascular e do profissional que atua na medicina de urgência, uma vez que seu não reconhecimento, diagnóstico tardio ou diagnóstico inadequado podem resultar na perda do membro acometido.1 Além disso, as oclusões arteriais agudas estão associadas a altas taxas de morbidade e de mortalidade, podendo ser a consequência clínica de uma arteriopatia desconhecida, ou uma fonte emboligênica ainda não diagnosticada e tratada.1,2

As oclusões arteriais agudas são definidas pela repentina deterioração do suprimento arterial do membro acometido, isto é, pela oclusão súbita de um segmento arterial com prejuízo imediato da perfusão e da nutrição do órgão ou do membro acometido, resultando em um quadro isquêmico de intensidade variável e potencialmente irreversível.1

A sintomatologia associada ao quadro isquêmico é variável de acordo com o segmento arterial e com a natureza e a resistência dos tecidos e dos órgãos acometidos pela isquemia.1,3 O quadro isquêmico agudo pode ocorrer em qualquer artéria do corpo humano, sendo, entretanto, mais frequente nas artérias dos membros inferiores, em especial na bifurcação das artérias femorais, nos casos de embolia, e na transição femoropoplítea, nos casos de trombose, seguido pela oclusão arterial aguda dos membros superiores, da região cervical, da região visceral e da própria aorta.1

Historicamente, os primeiros procedimentos cirúrgicos em pacientes com isquemia arterial aguda foram realizados em 1895, por meio de técnicas de lavagem ou de irrigação arterial retrógrada. O desenvolvimento do cateter de embolectomia, por Tomas Fogarty, em 1963, representou um momento ímpar no tratamento dos pacientes com oclusões arteriais embólicas, permitindo a resolução de quadros isquêmicos até então sem tratamento eficaz. A embolectomia com o uso do cateter de Fogarty tornou-se um procedimento conhecido e realizado diariamente por cirurgiões vasculares em todo o mundo.1

Ao contrário de outras patologias, a oclusão arterial aguda, por sua complexidade e alto risco de complicações e de mortalidade, apresenta uma importante variedade de opções terapêuticas que incluem tratamento clínico com anticoagulação, procedimentos cirúrgicos convencionais de revascularização dos membros inferiores com enxerto venoso ou protético, embolectomia com cateter de Fogarty e trombólise.4

A análise precoce e individualizada de cada paciente associada ao tratamento adequado para cada situação é de extrema importância no tratamento das oclusões arteriais agudas.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar o quadro clínico da oclusão arterial aguda, diferenciando suas possíveis etiologias;
  • diferenciar os principais aspectos associados à oclusão arterial aguda embólica e trombótica;
  • descrever os métodos diagnósticos e as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento da oclusão arterial aguda.

 

  • Esquema conceitual
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