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Pacientes complexos: quem são e como ajudá-los/intervir em uma perspectiva baseada em evidências

Autores: Wilson Vieira Melo, Débora C. Fava, André Luiz Moreno, Ramiro Figueiredo Catelan, Jan Luiz Leonardi, Lucianne Jobim Valdivia, Kátia Alessandra de Souza Caetano
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • definir casos complexos dentro de uma perspectiva baseada em evidências;
  • demonstrar o senso crítico necessário para a integração de diversos recursos terapêuticos fundamentais para a condução de casos de alta complexidade;
  • listar as principais ferramentas necessárias para o tratamento baseado em evidências de um caso clínico complexo a ser apresentado;
  • classificar a utilização de ferramentas das terapias cognitivas e contextuais para o tratamento de casos graves e difíceis;
  • usar o raciocínio clínico acurado para a condução de casos de média e grande complexidades.

Esquema conceitual

Introdução

A prática baseada em evidências (PBE) é um paradigma de atuação profissional proposto originalmente no campo da medicina no começo da década de 1990 como forma de contraposição ao modelo de trabalho vigente à época, que preconizava os interesses do clínico e a primazia da sua experiência clínica em detrimento do que os estudos científicos apontavam ser mais adequado como alternativa de tratamento para os pacientes.1

Os pacientes que configuram casos complexos são caracterizados geralmente por múltiplas comorbidades e têm maior gravidade também por fatores sociais, econômicos etc.

Para ilustrar a complexidade do trabalho em psicoterapia e, mais especificamente, a relevância da PBE com casos complexos, este capítulo irá apresentar a definição e as característica da PBE e de um caso clínico de uma família no qual vários membros da família apresentam sintomas que precisam ser considerados na formulação de caso para que a melhor escolha do plano de tratamento seja eleita.

Casos como esse são frequentes na prática de psicoterapeutas e são difíceis de serem encaixados em protocolos previamente estabelecidos. Por exemplo, quando um paciente busca terapia por ter frequentes ataques de pânico, o clínico irá se valer do conhecimento dos protocolos para tratamento do pânico. No entanto, se deixar de considerar as diferenças individuais do paciente, tais como problemas relacionais, conjugais ou outras comorbidades, muito provavelmente esse processo psicoterapêutico será fadado ao insucesso.

O caso apresentado no capítulo é ilustrativo, e a história contida nele é baseada em histórias reais de pacientes atendidos pelos autores.

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