- Introdução
A pancreatite aguda é uma doença inflamatória do trato digestivo com prevalência e alta mortalidade, despertando, por isso, grande interesse entre os pesquisadores. Estudos mostram que sua incidência mundial varia de 4,9 a 73,4 casos/100.000 habitantes distribuídos ao redor do mundo. Gastam-se, atualmente, bilhões de dólares com pesquisas para seu diagnóstico e tratamento.1 A mortalidade da pancreatite aguda é de cerca de 5%, podendo alcançar valores de 20 a 30% em pacientes com quadros severos e necrose infectada.2
Mudanças importantes na definição e classificação da pancreatite aguda foram feitas desde os critérios estabelecidos em Atlanta em 1992. A evolução da doença foi dividida em 2 principais fases, sendo a inicial caracterizada pela síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRSsíndrome da resposta inflamatória sistêmica), e/ou falência orgânica; e uma fase tardia que acontece a partir da primeira semana de evolução e caracteriza-se por complicações locais. Essas complicações incluem coleções peripancreáticas, necrose do órgão (estéril ou infectada) e pseudocistos infectados ou não.3
- Objetivos
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor possa:
- compreender a fisiopatologia da pancreatite aguda;
- rever os critérios clínicos e diagnósticos (clínico/laboratorial) da pancreatite aguda;
- identificar os aspectos radiológicos, os escores de gravidade e a classificação da pancreatite aguda;
- entender as complicações da pancreatite aguda;
- fazer a abordagem terapêutica da pancreatite aguda.
- Esquema conceitual