- Introdução
O câncer é atualmente um problema relevante de saúde pública mundial. Com o aumento da expectativa de vida populacional, há incremento da incidência de neoplasias, que tendem a se tornar uma causa relevante de mortalidade. No mundo, o câncer colorretal é o terceiro tipo mais frequente de câncer e a quarta causa de mortalidade por câncer.1,2 No Brasil, as neoplasias colorretais classificam-se entre os três tipos de tumores com maior incidência e as três causas mais frequentes de mortalidade por câncer.3
Entre os principais fatores de risco, destacam-se:1
- idade;
- antecedente familiar de câncer colorretal;
- doença inflamatória intestinal;
- hábitos alimentares com ingesta de grande quantidade de carne vermelha.
No entanto, em alguns casos, é difícil estabelecer um único fator de risco para desenvolver a doença.1 Algumas doenças genéticas, como a polipose adenomatosa familiar e o câncer colorretal hereditário sem polipose, estão fortemente associadas ao desenvolvimento de neoplasias colorretais.
O tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma, que frequentemente se origina a partir de pólipo adenomatoso, seguindo a sequência adenoma-carcinoma. A remoção de pólipos precursores por colonoscopia pode diminuir a incidência de neoplasias colorretais.4,5
Clinicamente, os tumores de reto manifestam-se com
- alteração do hábito intestinal;
- sangramento nas fezes;
- tenesmo.
A maioria dos tumores de reto é tocável, portanto, acessíveis ao exame clínico. O diagnóstico é realizado por meio de colonoscopia com biópsia. A partir do diagnóstico, os métodos de imagem têm papel fundamental para estadiar a neoplasia e guiar o tratamento.
- Objetivos
Ao final da leitura do artigo, o leitor será capaz de
- revisar a anatomia relevante no diagnóstico e no tratamento da neoplasia de reto;
- destacar a necessidade de utilizar protocolo de exame dirigido para estadiar a neoplasia de reto;
- listar os aspectos relevantes no estadiamento inicial do adenocarcinoma do reto;
- avaliar o exame de reestadiamento do adenocarcinoma do reto após o tratamento neoadjuvante;
- discutir o papel do radiologista na equipe multidisciplinar para o tratamento da neoplasia do reto;
- estabelecer um laudo estruturado.
- Esquema conceitual