- Introdução
O parto prematuro é uma das principais complicações da gestação. Nos Estados Unidos, a prevalência da prematuridade é de 11,4%1 e, no Brasil, em um estudo nacional,2 a prevalência é de 11,5%, sendo que 26% destes apresentam idade gestacional (IGidade gestacional) abaixo de 34 semanas.
Os recém-nascidos (RNrecém-nascidos) com IGidade gestacional abaixo de 34 semanas e/ou peso de nascimento abaixo de 1.500g, em geral, necessitam de internação prolongada em unidade de terapia intensiva neonatal (UTINunidade de terapia intensiva neonatal).
O nascimento de um recém-nascido pré-termo (RNPTrecém-nascido pré-termo) ou com problemas de saúde que impliquem internação na UTINunidade de terapia intensiva neonatal interrompe o processo de formação do vínculo pais–bebê. Os cuidados com esses RNrecém-nascidos de risco vêm se modificando ao longo do tempo, exigindo equipe multiprofissional com treinamento mais especializado e amplo, com a necessidade de tecnologia complexa e de tempo de internação mais longo.
Esses avanços vêm propiciando um aumento progressivo da sobrevida de RNrecém-nascidos cada vez mais imaturos, mas isso pode dificultar o contato da mãe com seu filho nos primeiros dias de vida, que é considerado crucial para o desenvolvimento do apego e do vínculo.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- reconhecer a internação do RNPTrecém-nascido pré-termo na UTINunidade de terapia intensiva neonatal como fator de estresse para os pais e fator importante para dificultar a formação do vínculo pais–bebê;
- identificar quais os fatores responsáveis pela separação dos pais e o bebê na UTINunidade de terapia intensiva neonatal;
- conduzir uma reflexão com a equipe de profissionais de saúde e os pais sobre as dificuldades que estão enfrentando e as propostas de abordagem, focando no atendimento personalizado e nas suas necessidades.
- Esquema conceitual
