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PERSPECTIVAS ATUAIS SOBRE A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

Autores: Paulo Ramos David João, Gabriela de Sio Puetter Kuzma , Arianne Ditzel Gaspar
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • diagnosticar precocemente as crianças com síndrome de Guillain-Barré (SGB);
  • identificar as variantes da SGB;
  • descrever as indicações de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e de imunoterapia;
  • indicar o tratamento multidisciplinar a fim de reduzir a morbidade.

Esquema conceitual

Introdução

Assista aqui a vídeo aula do capítulo.

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A SGB é uma condição imunomediada que se apresenta, de forma típica, como uma paralisia aguda de curso monofásico, rapidamente progressiva e, em geral, precedida por um quadro infeccioso.1,2

A SGB tem um início agudo ou subagudo e é caracterizada por diferentes níveis de fraqueza em membros ou de músculos inervados por pares cranianos, reflexos tendinosos profundos reduzidos ou abolidos, bem como dissociação albuminocitológica no líquido cefalorraquiano (LCR).3

Acreditava-se que a SGB era uma única entidade, mas hoje sabe-se que é uma síndrome heterogênea com diversas variantes, de modo que esse epônimo engloba as polineuropatias agudas imunomediadas.1

Em 1787, o médico suíço Zimmermann (1728–1795) foi provavelmente o primeiro a descrever o que poderia ser considerado um caso de polirradiculoneuropatia após um quadro de diarreia.4 Em 1856, Landry relatou um caso de paralisia progressiva generalizada que levou à morte de uma paciente. Landry também descreveu outros quatro casos e os comparou com outros cinco casos similares observados por outros médicos.4

Outros vários relatos de casos compatíveis com a SGB são encontrados, mas foi em 1916 que Guillain, Barré e Strohl a descreveram.4 Eles demonstraram a presença de arreflexia e déficit motor, com envolvimento sensitivo mínimo ou ausente, além de descrever a dissociação albuminocitológica no LCR.5,6

Cerca de 40% das crianças afetadas pela SGB terão inabilidade para deambular durante a fase aguda. Em casos graves, aproximadamente 25% dos pacientes precisarão de suporte ventilatório em UTI. Após a evolução natural da doença, cerca de 20% dos pacientes com SGB não conseguirão deambular sem suporte após 6 meses do início do quadro.5

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