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PERSPECTIVAS DE NOVOS TRATAMENTOS PARA POLIPOSE NASAL

Rogério Pezato

Camila Freire de Vasconcellos

Andrea Goldwasser David

Debora Petrungaro Migueis

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a definição e a classificação da polipose nasal (PN);
  • descrever as bases teóricas do tratamento da rinossinusite crônica (RSC) com imunobiológicos (fisiopatogenia e indicações de uso desses medicamentos);
  • listar as opções de imunobiológicos disponíveis para o tratamento da RSC tipo 2;
  • discutir as perspectivas da utilização de imunobiológicos no tratamento dos pólipos nasais;
  • reconhecer outras aplicações dos anticorpos monoclonais e perspectivas nesse sentido a partir de um paralelo com sua aplicação no tratamento do câncer de mama;
  • identificar lacunas de conhecimento a serem preenchidas sobre o uso de imunobiológicos no tratamento da RSC;
  • citar possibilidades de tratamentos alternativos e futuros para a PN.

Esquema conceitual

Introdução

Este capítulo não tem a pretensão de prever o futuro do tratamento da PN, e sim ajudar a compreender melhor alguns temas que despertam muito o interesse de especialistas atualizados e ávidos por novidades na área. Os temas aqui abordados não fazem parte das formas clássicas de tratamento da PN, e há um potencial imenso de que o futuro desconstrua toda a argumentação aqui apresentada.

Neste capítulo, serão questionadas novas modalidades de indicação de tratamentos já incorporados à prática médica, mesmo que de forma recente, como os agentes biológicos. Além disso, serão mencionados tratamentos alternativos que não pertencem ao arsenal usual do manejo da PN, como o uso de probióticos. Serão apresentados, ainda, potenciais tratamentos que, muito provavelmente, de forma direta ou indireta, serão abordados no futuro, relacionados ao uso de células-tronco e progenitoras e à disfunção mecânica causada pelo processo de remodelação alterado na PN.

Ao longo deste capítulo, será adotado o termo polipose nasal (PN). Acredita-se que seja mais adequado do que RSC com pólipos nasais ou rinossinusite com PN (RSCcPN) para designar a doença com pólipos nasais bilateralmente, benigna, que se desenvolve geralmente na fase adulta, iniciando no meato médio, com diferentes endótipos e fenótipos.1

A sigla RSCcPN tem sido usada tanto para RSC com pólipo nasal (ou pólipos nasais) quanto para rinossinusite com PN, termos que vêm sendo utilizados sinonimicamente. Esse fato é errôneo, pois o pólipo nasal é um achado de exame, logo, um sinal; no descritor Medical Subject Headings (MeSH), ele engloba várias doenças, até malignas, e seu plural não é PN, e sim pólipos nasais. Assim, restringe-se o uso do termo PN para designar a doença específica citada.

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