Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os princípios do exame de tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada (PET/CT) e seus ligantes, especialmente o antígeno de membrana específico da próstata (PSMA), e reconhecer o protocolo do estudo;
- reconhecer armadilhas (pitfalls) do PET/CT PSMA e patologias malignas e benignas não relacionadas ao câncer de próstata (PCa) que expressam PSMA;
- reconhecer as indicações do PET/CT PSMA e seu papel no estadiamento, recidiva bioquímica e resposta terapêutica;
- reconhecer algumas das classificações utilizadas para categorização dos achados do PET/CT PSMA;
- identificar o papel dos teranósticos no PCa.
Esquema conceitual
Introdução
O PCa é a malignidade mais conhecida entre os homens e uma das principais causas de morte relacionadas ao câncer.1 O diagnóstico do PCa é principalmente baseado nos resultados da histopatologia após a biópsia da próstata, que também ajuda a estratificar os pacientes em grupos distintos de risco (baixo, intermediário e alto) de acordo com Escore de Gleason, níveis de antígeno específico da próstata (PSA) e estadiamento clínico.
O estadiamento preciso do PCa, tanto local quanto sistêmico, é um procedimento diagnóstico importante para a estratificação dos pacientes e é essencial para elaborar a melhor estratégia de tratamento personalizado para cada indivíduo. 2
Apesar da seleção cuidadosa dos pacientes antes de tratamentos com intenção curativa, como cirurgia e radioterapia, a recorrência da doença não é incomum, o que pode ser parcialmente explicado pela falta de precisão dos exames de imagem convencionais, como a CT e a cintilografia óssea, para detecção de doença metastática. 2
O PETO PET/CT PSMA representa uma técnica de imagem inovadora. Ele fornece informações mais precisas e detalhadas sobre a extensão da doença, com destaque na avaliação de pequeno volume de doença linfonodal e metástases ósseas. Ao longo do tempo, esse procedimento tem progredido e ampliado seu papel na avaliação de pacientes com PCa.2